domingo, 5 de julho de 2009




O autor do presente trabalho, Raul Fernando Camelo Almeida

sábado, 25 de abril de 2009

Raul Fernando Camelo Almeida


GÉNESIS

genealogia, heráldica e história de família

2009


Um hino à memória dos meus
saudosos pais.


Para os meus queridos filhos
e netos.



A visitação da raça.
E num cortejo lento, lento, passa,
se tu, visão humana, não me iludes,
o desfilar brumoso da Ascendência.
Figuras graves, graves atitudes,
deslizam com cadencia.

Deslizam, magestosas. Rompe à frente
o lavrador anónimo que outr’ora
nos deu um teto e nos ganhou raiz.
Seguem-n’o nobremente,
de toga ou de espadim, p’los tempos fora
esses que a minha Árvore bendiz.

(...) Que enquanto o Mundo for chamado Mundo,
não tenha nunca fim a minha gente !
Que ela proclame o Teu poder profundo
interminavelmente !


António Sardinha, “A epopeia da planície”.






































PREFÁCIO


Serei talvez a pessoa mais suspeita para escrever este prefácio. Sou assumidamente parcial, declaradamente interessado e, acima de tudo, um admirador incondicional do meu pai.
Nunca me preocupei com heranças porque, desde muito pequeno, percebi que a única herança que realmente interessa é a educação e os valores que nos são transmitidos dia a dia na vivência familiar.
A primeira e maior riqueza que possuo é ser fruto de uma família onde o respeito, o amor e a sinceridade não eram princípios invocados, são uma forma de vida.
Sem snobismos, nem qualquer tipo de arrogância, fui educado pelos vivos da família e, posso dizê-lo, por muitos que já tinham partido. A família Camelo tem o dom da imortalidade; acredito que a dimensão humana da imortalidade é o que fica de cada um que parte no coração e na memória dos que ficam. Assim, fui criado com o avô João Camelo e a avó Prazeres, invocados a cada passo, vivos nos actos dos que ficaram. Tive um avô sempre presente que era o “avô do céu”, cuja partida, uns vinte e seis anos antes da minha chegada, não interferiu com a presença do seu exemplo, a evocação da sua personalidade, o fascínio pela sua vida, e que, de alguma forma, me ajudou a ser como sou. Hoje, a avó Aldina e a tia Lu continuam a alegrar-nos os dias, ou a ajudar-nos nas decisões difíceis, com o exemplo, os ensinamentos e os conselhos amigos e sábios que nos deixaram e nos acompanham. Dos que cá continuamos fisicamente, com a irregularidade própria dos almoços solenes, sabemo-nos parte dum verdadeiro clã, no melhor dos sentidos; temos todos a noção desta ideia maior de família que nos une e, desculpem-me a presunção, nos torna realmente especiais.
Este livro tem a virtude de formalizar, dar nomes e datas, tornar claras as linhas que nos ligam ao passado e nos situam na história e no tempo. Foi um esforço bem sucedido do meu pai, com a ajuda valiosa do seu grande amigo e nosso primo Mário Pedro Abreu Almeida Gonçalves.
A partir de agora, com esta sólida base de trabalho, temos todos a obrigação de manter o registo da nossa família, porque, a manter-se o espírito tão especial de que falei, não é justo negar aos nossos vindouros um conhecimento mais concreto e factual de quem realmente foram estes Camelos.


Porto, 13 de Fevereiro de 2009

Raul Mário Carvalho Camelo de Almeida





INTRODUÇÃO


O presente livro, mais que um tratado de genealogia, pretende ser a materialização do que considero a mais significativa herança que podemos receber e transmitir:

a nossa história familiar.

Tendo entrado tarde nestas andanças, optei, tendo em conta critérios de proximidade geográfica e social, por reconstituir a ascendência da família Camelo. Não será alheio também o facto do nome, pela sua peculiaridade, ter-se-me colado, desde muito cedo, como uma segunda pele. Na infância, na juventude, na guerra e na vida adulta, fui Fernandinho, Nando e Raul Fernando, mas sempre e invariavelmente Camelo.
Desta jornada, fica-me a enorme vontade de empreender ou colaborar com quem queira e possa iniciar a empresa de ir reconstituindo os laços ascendentes da família de meu pai, os Rodrigues de Almeida. É uma história de amor que ainda falta passar a letra de forma.
Este livro, encontra-se dividido por títulos, correspondendo cada um a uma das famílias ou ramos, ordenados cronologicamente dos mais antigos para a actualidade, com excepção dos “Reis de Portugal” e dos “Camelos”. Aquele colocado em primeiro lugar. Este deixado propositadamente para o final, já que, como tive oportunidade de referir, da minha segunda pele se trata !
Tive como objectivo deixar aos meus filhos, netos e sobrinhos e aos meus primos Camelo um ponto de partida com a solidez possível, para que a partir daqui cada um possa ir completando os elos e particularizando a sua própria história. Às minhas noras fica, em jeito de desafio, o registo da ascendência até à terceira geração.
Concluindo, sem pretensões históricas ou científicas, arrisco esta história de família, esperando suscitar nos nossos, mais curiosidade, discussão e investigação.
O meu propósito inicial está satisfeito, sinto-me mais enquadrado, esclarecido e, não menos importante, responsabilizado pela herança que é a história desta família.
Boa leitura !

Ovar, 12 de Fevereiro de 2009

Raul Fernando Camelo Almeida
























Título

“REIS DE PORTUGAL”


1 – D. AFONSO HENRIQUES “o Conquistador”, Rei de Portugal de 1128 a 1185.



D. Afonso Henriques (1)




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(1) ZUQUETE, Afonso Eduardo Martins (dir.), “Nobreza de Portugal e do Brasil”, 2ª. Edição, Lisboa, Representações Zairol.
Nasceu talvez em Guimarães em 1109 e faleceu em Coimbra a 8 de Dezembro de 1185, ficando sepultado no Convento de Santa Cruz, nesta cidade. Senhor do poder, após a vitória contra sua mãe na batalha de S. Mamede, D. Afonso Henriques, como resposta ao cerco de Guimarães e no desejo sempre crescente de alcançar a independência, invadiu a Galiza e derrotou os leoneses na batalha de Cerneja (1137). Notando, porém, que os mouros atacavam pelo sul os seus domínios, viu-se obrigado, no mesmo ano, a pedir a paz a D. Afonso VII, aceitando-a em condições desvantajosas. Em seguida, organizou as suas tropas e correu ao Alentejo a defender as suas fronteiras, ameaçadas pelos sarracenos. A 25 de Julho de 1139, encontrou-se em Ourique com um poderoso exército de infiéis, comandado por cinco reis mouros. Mas tudo isto não evitou que a derrota dos mulçumanos fosse completa, tendo alcançado uma retumbante vitória. D. Afonso Henriques – que já se intitulava Rei de Portugal – marchando em seguida sobre o norte, invadiu novamente a Galiza (1140) para anular a paz de Tui. D. Afonso VII, respondendo a esta afronta, invadiu por sua vez os territórios do Condado, avançando até junto de Arcos de Valdevez. Travou-se logo um torneio, de que os portugueses sairam vencedores. Seguidamente foi o próprio Rei de Leão e Castela que propôs a paz, tendo então combinado um convénio ou armistício, de que resultou o Tratado de Samora (1143). Com a protecção do cardeal Guido de Vico, representante do Papa, D. Afonso VII reconhecia por esse tratado o título de Rei a D. Afonso Henriques, e o Condado era, por fim, declarado reino independente com o nome de Portugal. Para melhor garantia da independência nacional e firmeza da coroa, D. Afonso Henriques ofereceu ao Papa Inocêncio II uma pensão ou tributo anual de quatro onças de ouro. Desembaraçado das lutas com o Rei de Leão e Castela, o fundador de Portugal voltou-se contra os mouros. Assim, dilatando a fé cristã e o reino, conquistou-lhes Santarém e Lisboa, sendo nesta última conquista auxiliado peloa cruzados (1147); Sintra, Almada, Palmela (1148); Alcácer do Sal (1158); Beja (1162); Évora (1165); Moura, Serpa e Juromenha (1166). D. Afonso Henriques, que estava em paz com seu genro D. Fernando II, Rei de Leão, quebrou-a, por tentar a conquista de Badajoz. Foi infeliz nesta empresa, tendo partido uma perna de encontro a uma das portas da cidade, pelo que ficou prisioneiro. O genro, porém, querendo ser generoso para com ele, soltou-o pouco tempo depois, mediante o compromisso de restituição de todas as terras que o nosso Rei havia conquistado na Galiza (1169). Neste reinado foram fundados o mosteiro de Alcobaça, o de Santa Cruz, em Coimbra, e as igrejas de S. João Baptista, em Tarouca, e de S. Vicente de Fora, em Lisboa.



Igreja de Santa Cruz, em Coimbra (2)



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(2) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.

Túmulo de D. Afonso Henriques (3)



Casou em 1145 – 1146 com D. MAFALDA DE SAVOIA (nasceu cerca de 1125, filha de D. Amadeu II, Conde de Savoia; faleceu em Coimbra a 4 de Novembro de 1157); jaz no mausoléu de seu marido.
Tiveram os seguintes filhos:


1.1 – D. Henrique, Infante (n. a 5 de Março de 1147; f. jovem);

1.2 – D. Sancho, que herdou a coroa; (segue)


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(3) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.

Raínha D. Mafalda (4)



1.3 – D. João, Infante (n. e f. em data incerta);

1.4 – D. Urraca, Infanta (n. em Coimbra, por volta de 1150; f. em ano incerto); casou com D. Fernando II, Rei de Leão;

1.5 – D. Mafalda, Infanta (n. em Coimbra em ano incerto; noiva do Conde D. Raimundo de Berenguer, filho do Conde de Barcelona, em 1160; f. pouco depois);



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(4) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.
A bula “Manifestis Probatum” (5)



1.6 – D. Teresa, Infanta (n. em ano incerto; casou com D. Filipe de Alsácia, Conde de Flandres, cerca de 1177; f. depois de 1211, em Furnes);

1.7 – D. Sancha, Infanta (n. e f. em datas incertas).


O monarca teve os seguintes filhos bastardos:


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(5) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a imagem da bula concedida pelo Papa Alexandre III, a 23 .05.1179, em que se reconhece D. Afonso Henriques como Rei de Portugal.
1.8 – D. Fernando Afonso, (referido em documentos de 1166 a 1172);

1.9 – D. Pedro Afonso, (n. e f. em data incerta), considerado também irmão do monarca, pois tomou parte na conquista de Santarém e esteve em Claraval antes de 1153;

1.10 – D. Afonso, (n. em ano incerto; mestre da Ordem de S. João de Rodes, de 1203 a 1206; f. a 1 de Março de 1207);

1.11 – D. Urraca, (n. e f. em data incerta).


2 – D. SANCHO I “o Povoador”, Rei de Portugal de 1185 a 1211; nasceu em Coimbra, em 1154 e faleceu nesta cidade a 26 de Março de 1212, ficando sepultado, como seu pai, no Convento de Santa Cruz, em Coimbra.
Embora D. Sancho I se preocupasse mais com o povoamento e pacificação do país, ainda assim tomou aos infiéis os castelos de Alvor e Albufeira, a cidade de Silves (1189) e outras terras. Com o exército enfraquecido e cansado por um longo período de guerras, D. Sancho I perdeu não só todas as terras que havia conquistado mas também as que lhe tinham ficado de seu pai, situadas para o sul do Tejo, com excepção de Évora. Mandou vir colonos estrangeiros que fez distribuir por bastantes terras e a quem entregou o cultivo dos campos. Com essa gente e com muitos cruzados que, passando pelos nossos portos, por cá iam ficando, conseguiu aumentar e fomentar a população e a riqueza do país. No seu tempo foram concedidos forais a muitas terras, construídos alguns castelos, criadas e restauradas várias povoações: Covilhâ, Belmonte, Azambuja, Guarda, etc.
Casou em 1174 com D. DULCE, filha do Conde de Barcelona, D. Raimundo de Berenguer IV, Rei de Aragão, e de D. Petronilha, que nasceu em 1152 e faleceu em Coimbra a 01.09.1198; jaz no mausoléu de seu marido.
Tiveram os seguintes filhos:



D. Sancho I (6)



2.1 – D. Teresa, Infanta (n. em Coimbra c. 1175 e f. em Lorvão a 18 de Junho de 1250); casou com D. Afonso IX, de quem se separou em 1196; entrou em religião c. 1228; beatificada pela bula “Sollicitudo Pastoralis Offici” de 13 de Dezembro de 1705;



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(6) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.
Túmulo de D. Sancho I (7)



2.2 – D. Sancha, Infanta (n. em ano incerto, anterior a 1182; f. no Mosteiro de Celas, a 13 de Março de 1229, sendo o seu corpo levado para Lorvão; beatificada em 1705);

2.3 – D. Constança, Infanta (n. ao redor de 1182; f. solteira a 3 de Agosto de 1202);

2.4 – D. Afonso II, que herdou a coroa; (segue)


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(7) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.
2.5 – D. Pedro, Infante (n. em Coimbra a 23 de Fevereiro de 1187; residiu em Leão; foi Conde de Urgel e Rei das Baleares; f. a 2 de Junho de 1258);

2.6 – D. Fernando, Infante (n. em 24 de Março de 1188; foi Conde de Flandres pelo seu casamento com D. Joana, filha do Conde Balduíno; esteve na batalha de Bouvines; f. em Noyen a 4 de Março de 1233);

2.7 – D. Henrique, Infante (n. em 1189; f. a 8 de Dezembro de ano incerto, sendo ainda jovem);

2.8 – D. Raimundo, Infante (n. em ano incerto; f. depois de 1189);

2.9 – D. Mafalda, Infanta; n. em ano incerto, cerca de 1190; casou, sem consumar o matrimónio, com D. Henrique, filho do Rei D. Afonso VIII, que faleceu de acidente em 1217; freira em Arouca; f. em Rio Tinto / Amarante a 1 de Maio de 1256; beatificada por breve papal a 27 de Junho de 1793;

2.10 – D. Branca, Infanta (n. cerca de 1192; f. solteira em 17 de Novembro de 1240, estando sepultada em Santa Cruz de Coimbra);

2.11 – D. Berengária, Infanta (n. cerca de 1195; Raínha da Dinamarca em 1214, pelo seu casamento com D. Valdemar II; f. em 1221).


O monarca teve os seguintes filhos bastardos:


a) De D. Maria Aires, de Fornelos:
2.12 – D. Martim Sanches, (n. em data incerta; passou a Leão; f. em 1229);

2.13 – D. Urraca Sanches, (casou com D. Lourenço Soares, tenente de Viseu e Lamego, neto de Egas Moniz; f. depois de 1256);


b) De D. Maria pais Ribeira, a célebre Ribeirinha, filha de D. Paio Moniz:


2.14 – D. Rodrigo Sanches, (n. em data incerta; f. em 1245, no combate de Gaia; sepultado no mosteiro de Grijó);

2.15 – D. Gil Sanches, (n. em data incerta ; f. em 14.09.1236);

2.16 -. D. Nuno Sanches, (morreu de tenra idade);

2.17 – D. Maior Sanches, (morreu de tenra idade);

2.18 – D. Constança Sanches; (n. em Coimbra no ano de 1204; professou no Convento das Donas; f. em 1129; sepultada em Santa Cruz);

2.19 – D. Teresa Sanches, (n. em data incerta; f. em 1230). (segue no título “Meneses”, ponto 2, página 136)


3 – D. AFONSO II “o Gordo”, Rei de Portugal de 1211 a 1223; nasceu em Coimbra a 12 de Abril de 1185 e faleceu na mesma cidade a 25 de Março de 1223; foi sepultado no Mosteiro de Alcobaça, na capela dedicada a S. Bernardo (não está visível).

D. Afonso II (8)



Logo que subiu ao trono, convocou as Cortes de Coimbra (1211), as mais antigas de que há notícia exacta, onde se tomaram providências tendentes à protecção da coroa e das classes populares, e a regularizar as relações com o clero. Com o fim de auxiliar o sogro, que andava em guerra com os mouros, mandou o Rei de Portugal a Castela um corpo de tropas a combater os infiéis; estes sofreram uma grande derrota na batalha de Navas de Tolosa (1212). Em 1217, auxiliado pelos cruzados, reconquistou aos mouros a praça de Alcácer do Sal. D. Afonso II teve importantes desavenças com os irmãos, por se negar a ceder os senhorios e bens que seu pai lhes havia deixado em testamento.

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(8) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.
Casou com D. URRACA, filha de D. Afonso VIII de Castela, que faleceu em Coimbra a 3 de Novembro de 1220 e está sepultada no Mosteiro de Alcobaça.
Tiveram os seguintes filhos:




Raínha D. Urraca (9)



3.1 – D. Sancho II, que herdou a coroa; Rei de Portugal de 1223 a 1248; n. em Coimbra pelo ano de 1209 e f. em 1248. Neste reinado continuaram as reconquistas portuguesas. O Rei empenhou-se vigorosamente na guerra contra os mulçumanos, tendo-se apoderado
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(9) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.
de Elvas e Juromenha (1229); Moura e Serpa (1232); Aljustrel (1234); Mértola, Cacela, Tavira e outras terras (1238). As violências praticadas por uma parte da nobreza contra o clero e os municípios (povo) envolveram o reino em desordens constantes. D. Sancho II, apesar de enérgico na luta contra os mouros, mostrava-se irresoluto e incapaz de reprimir, como era preciso, semelhantes abusos, que vinham enfraquecendo a disciplina e o poder real. Os prelados portugueses, aproveitando o descontentamento que, por isso, lavrava em quase todo o país, queixaram-se ao Papa Inocêncio IV. Este pontífice, por bula firmada em Julho de 1245, depôs o monarca, entregando o governo de Portugal a seu irmão D. Afonso III. O Rei deposto tentou ainda opor-se às determinações do Papa e aos partidários de seu irmão, mas, por fim, teve de desistir, retirando-se para Toledo, onde faleceu a 4 de Janeiro de 1248 e em cuja Catedral se encontra sepultado. Casou com D. Mécia Lopes do Haro, filha de Lopo Dias do Haro, por alcunha o “Cabeça Brava”, fidalgo da Biscaia; (s.g.)

3.2 – D. Afonso III, que herdou a coroa de seu irmão; (segue)

3.3 – D. Leonor, Infanta (n. em 1211; Raínha da Dinamarca em 1229, pelo seu casamento com D. Valdemar III da Dinamarca; f. após 1231);

3.4 – D. Fernando, Infante (n. depois de 1217; foi senhor de Serpa; esteve em Roma, cerca de 1239, para implorar perdão a Gregório IX, por desacatos cometidos; f. cerca de 1243).


4 – D. AFONSO III “o Bolonhês”, Rei de Portugal de 1248 a 1279; nasceu em Coimbra a 5 de Maio de 1210 e faleceu nesta cidade a 16 de Fe-


D. Afonso III (10)



vereiro de 1279; foi sepultado no Mosteiro de Alcobaça. Foi nomeado, primeiro, defensor e procurador do reino (1245).
Só por morte de seu irmão D. Sancho II é que foi aclamado rei de Portugal. Durante o seu reinado os portugueses conquistaram todas as terras que estavam ainda na posse dos mouros, como: Faro (1249), Albufeira, Perches e demais localidades algarvias. Com tal sucesso, ficou a metrópole mais ou menos delimitada pelas fronteiras que actualmente possui, havendo ainda terminado as lutas entre cristãos e infiéis dentro do território nacional.

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(10) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.
Portugal entrou então em uma nova fase de organização política e administrativa, que muitas prosperidades lhe trouxe. D. Afonso III teve lutas com o Rei de Castela que alegava direitos sobre a posse do Algarve (1250). Mas o tratado de Badajoz (1267), entre os dois monarcas, pôs termo àquelas lutas, dando-nos a posse definitiva desta província. Os monarcas portugueses começaram a usar o título de Reis de Portugal e dos Algarves. No desejo de conquistar as simpatias das classes populares, D. Afonso III convocou as chamadas Cortes de Leiria (1254), em que, pela primeira vez, tomaram lugar representantes do povo (procuradores dos concelhos).
Casou, em primeiras núpcias, em França com D. Matilde, Condessa de Bolonha e viúva de D. Filipe, o Crespo, que faleceu em 1258, não tendo havido descendência.
Casou, em segundas núpcias, em S.Estêvão, termo de Chaves, no ano de 1253, com D. BEATRIZ, filha natural de D. Afonso X, Rei de Castela ; jaz no Mosteiro de Alcobaça.
Tiveram os seguintes filhos:


4.1 – D. Branca, Infanta (n. em Guimarães a 25 de Fevereiro de 1259; f. em Burgos a 17 de Abril de 1321, onde era “Senhora e Guardadora” do Convento das Huelgas);

4.2 – D. Fernando, Infante (n. em 1260; f. em 1262; sepultado em Alcobaça);

4.3 – D. Dinis “o Lavrador”, que herdou a coroa; reinou de 1279 a 1325; nasceu a 9 de Outubro de 1261 e faleceu em Santarém a 7 de Janeiro de 1325; foi sepultado no convemto de Odivelas, por ele mandado construir. Casou com D. Isabel (a Rainha Santa Isabel) em 1288, que nasceu em Saragoça em 1270 e faleceu em Estremoz a 4 de Julho de 1336; foi sepultada no convento de Santa Clara, em Coimbra; era filha de D. Pedro III e de D. Constança, Reis de Aragão;

4.4 – D. Afonso, Infante (n. em 8 de Fevereiro de 1263; f. em Lisboa a 2 de Novembro de 1312; casou com D. Violante, filha do Infante D. Manuel. senhor de Escalões, em Castela);



Tumúlo de D. Afonso III (11)




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(11) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.
4.7 – D. Vicente, Infante (n. em 22 de Janeiro de 1268; f. em Lisboa em ano incerto, sendo sepultado no Mosteiro de Alcobaça).


O monarca teve, de várias mulheres, os seguintes filhos bastardos:


4.8 – D. Leonor Afonso, (n. em data incerta; casou com D. Estêvão Anes, e, em segundas núpcias, com D. Gonçalo Garcia de Sousa, alferes-mor; viveu quase sempre em Santarém, onde f. a 26 de Fevereiro de 1291, sendo enterrada na Igreja de Santa Clara, onde ainda se guarda o seu túmulo);

4.9 – D. Gil Afonso, (n. em data incerta; cavaleiro da Ordem do Hospital, foi sepultado na igreja de S. Brás, em Lisboa);

4.10 – D. Martim Afonso, por alcunha o “Chichorro”; (segue no título “Chichorro”, ponto 1, página 153)

4.11 – D. Afonso Dinis, (n. e f. em data incerta);

4.12 – D. Urraca Afonso, (n. e f. em data incerta, sendo enterrada em São João de Tarouca; casou duas vezes, a primeira com D. Pêro Eanes, tenente do distrito da Guarda, que faleceu antes de 1286, e a segunda com D. João Mendes de Briteiros, cerca de 1290). (12)





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(12) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.
Título

“TÁVORA”


1 – D. ALBOAZAR RAMIRES, Infante, filho de D. Ramiro II, Rei de Leão e das Astúrias, a quem chamavam Cide Alboazar, porque naquele tempo fez e ganhou muitas batalhas com os mouros. Juntamente com sua mulher fundou o mosteiro de São Nicolau, mais tarde designado por Santo Tirso de Riba d’Ave. Tinha como seus vassalos D. Guter Telez, D. Savarigo e D. Traitosende Torquides, bons cavaleiros.
Casou com D. HELENA GODINS, filha de D. Godinho das Astúrias.
Tiveram os seguintes filhos:


1.1 – D. Hermiges Alboazar; (segue)

1.2 – D. Trastamiro Alboazar, que casou com D. Eomeldola Gonçalvez, irmã do Conde D. Gonçalo Muniz.


2 – D. HERMIGES ALBOAZAR.
Casou com D. DÓRDIA OSORES.
Tiveram os seguinte filhos:


2.1 – D. Rosendo Hermiges; (segue)

2.2 – D. Thendon Hermiges. (s.m.n.)


3 – D. ROSENDO HERMIGES, famoso guerreiro, povoador e senhor da beétria de Távora e de outros bens; fundou a Ermida de Nossa Senhora de Calfão e o castelo de Cabriz, entre dois rochedos, onde fundou o seu Solar.
Casou com D. URRACA AFONSO.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


3.1 – D. Tedon Rosendes. (segue)


4 – D. TEDON ROSENDES, 2º. senhor da Casa de Távora, que teve terras até então incultas, onde fez uma Quinta em que se originou a povoação da Granja do Tedo.
Casou com D. SANCHA MENDES, filha do segundo casamento de D. Mendo Gonçalves da Maia.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


4.1 – D. Ramiro Tedóniz. (segue)


5 – D. RAMIRO TEDÓNIZ, 3º. senhor da Casa de Távora.
Casou com N.N..
Tiveram os seguintes filhos:


5.1 – D. Pedro Ramires; (segue)

5.2 – D. João Ramires; (s.m.n.)

5.3 – D. Dórdia Ramires.


Mosteiro de S. Pedro das Águias, em Távora (13)



Mosteiro de S. Pedro das Águias, em Távora (14)

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(13) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.
(14) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.
6 – D. PEDRO RAMIRES, 4º. senhor da Casa de Távora, foi o fundador do Mosteiro de S. Pedro das Águias.
Casou com D. SANCHA.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


6.1 – D. Ramiro Pires. (segue)


7 – D. RAMIRO PIRES, 5º. senhor da Casa de Távora.
Casou com D. LOURENÇA ESTEVES.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


7.1 – D. Pedro Ramires. (segue)


8 – D. PEDRO RAMIRES, 6º. senhor da Casa de Távora.
Casou com N.N..
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


8.1 – Lourenço Pires de Távora. (segue)


9 – LOURENÇO PIRES DE TÁVORA, 7º. senhor da Casa de Távora, das vilas de Paradela, Valença e Castanheiro e do couto de S. Pedro das Águias, cujo padroado pertencia à família.
Casou com D. GUIOMAR RODRIGUES DA FONSECA, filha de Rui Paes de Gares.
Tiveram os seguintes filhos:

9.1 – Lourenço Pires de Távora; (segue)

9.2 – Lourenço Pires “o Corvo”; (s.m.n.)

9.3 – D. Lourença de Távora, que casou com Martim Gonçalves de Morais, senhor de Vinhais.


10 – LOURENÇO PIRES DE TÁVORA, nasceu cerca de 1350; foi 8º. senhor da Casa de Távora; El-Rei D. Pedro I doou-lhe o Minhocal, confiscado ao célebre Diogo Lopes Pacheco, e El-Rei D. Fernando fez-lhe doação de Paredes, Cedovim, Numão, etc.; data desta altura, verdadeiramente, a grandeza dos filhos de algo de Távora, não só pelos seus haveres (tiveram o próprio senhorio de Mogadouro) como pelos cargos desempenhados.
Casou com D. ALDA GONÇALVES DE MORAIS, que nasceu cerca de 1350.
Tiveram os seguintes filhos:


10.1 – Pedro Lourenço de Távora; (segue)

10.2 – Rui Lourenço de Távora, frade franciscano;

10.3 – Estêvão Mendes de Távora, senhor do Vimioso; (c.g.)

10.4 – Martim Lourenço de Távora;

10.5 – D. Aldonça Gonçalves Morais, que casou com Afonso Pires de Antas;

10.6 – Fernão Lourenço de Távora, que casou com N. ... da Veiga.
11 – PEDRO LOURENÇO DE TÁVORA, nasceu cerca de 1370; foi 9º. senhor da Casa de Távora e 1º. senhor do Mogadouro; El-Rei D. Fernando doou muitas terras e deu-lhe muitas mercês; doou-lhe de “juro e herdade” para seus filhos as vilas de S. João da Pesqueira e Ranhados.
Casou com D. BRITES ANES DE ALBERGARIA, que nasceu cerca de 1370.
Tiveram os seguintes filhos:


11.1 – Álvaro Pires de Távora, 10º senhor da Casa de Távora; (c.g.)

11.2 – Lourenço Pires de Távora ;

11.3 – Martim de Távora, que casou com D. Beatriz de Ataíde; (c.g.)

11.4 – D. Violante Lopes de Távora; (segue no título “Chichorro”, ponto 5, página 157)

11.5 – D. Teresa de Távora, que casou com Rui Vaz Pereira; (s.g.)

11.6 – D. Catarina de Morais de Távora, que casou com Luís Álvares de Madureira. (c.g.) (15)







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(15) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.
Título

“CASTRO”


1 – D. GOTERRE, Conde.
Casou com N.N..
Tiveram a seguinte filha:


1.1 – D. Gontrode Goterrez, Condessa. (segue)


2 – D. GONTRODE GOTERREZ, Condessa.
Casou com D. NUNO ALVAREZ D’AMAIA, Conde.
Tiveram, pelo menos, a seguinte filha:


2.1 – D. Exemena Muniz. (segue)


3 – D. EXEMENA MUNIZ.
Casou com D. FERNAM LAINDIZ.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


3.1 – D. Alvar Fernandiz de Menaia. (segue)


4 – D. ALVAR FERNANDIZ DE MENAIA, Conde; porque teve a terra de Castro Xarez (hoje denominada Castrojeriz) e havia aí um solar de sua família (que fora do Conde D. Goterre), chamou-se de Castro. Teve muitas terras doadas por o Rei, foi fidalgo muito assaz, homem honrado e morreu de velho.
Casou com D. MELLIA ANSOREZ, Condessa, filha do Conde D. Pero Ansorez de Catom.
Tiveram, pelo menos, a seguinte filha:


4.1 – D. Maria Alvarez de Castro. (segue)


5 – D. MARIA ALVAREZ DE CASTRO.
Casou com D. FERNANDO SANCHEZ, filho de D. Sancho I Ramirez, Rei de Aragão e de Navarra.
Tiveram os seguintes filhos:


5.1 – D. Fernam Fernandez de Castro; (s.m.n.)

5.2 – D. Rodrigo Fernandez de Castro “o Calvo”; (segue)

5.3 – D. Goterre Fernandez de Castro, homem muito bom e honrado; foi tutor do Rei D. Afonso, o que venceu a batalha de Navas de Tolosa. Foi sepultado no mosteiro de S. Cristóvão d’Oveas; (s.g.)

5.4 – D. Sancha Fernandez de Castro. (s.m.n.)


6 – D. RODRIGO FERNANDEZ DE CASTRO “o Calvo”.
Casou com D. ESTEVAINHA PIREZ, Condessa, filha do Conde D. Pedro de Trava.
Tiveram os seguintes filhos:



Castelo de Castrojeriz, em Espanha (reconstrução/animação) (16)



6.1 – D. Guter Rodriguez de Castro “o Escalavrado”; teve esta alcunha porque foi muito ardido e forte em armas; (segue)

6.2 – D. Alvar Rodriguez de Castro, casado com a filha do Conde D. Vela; (c.g.)

6.3 – D. Pero Rodriguez de Castro, monge;

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(16) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.
6.4 – D. Fernam Rodriguez de Castro, o maior nos feitos e mais honrado e vencedor em todas as lides. Casou com D. Estevainha, filha de D. Afonso VII, Rei de Castela e Leão; (c.g.)

6.5 – D. Aldonça Rodriguez de Castro, mãe de D. Diego “o Bom”;

6.6 – D. Orraca Rodriguez de Castro; casou, em primeiras núpcias, com D. Rodrigo Froiaz, e, em segundas núpcias, com D. Alvar Rodriguez de Gozmam.


7 – D. GUTER RODRIGUEZ DE CASTRO “o Escalavrado” esteve preso em terra dos mouros quarenta anos, tendo conseguido ir para a Galiza, donde era natural, por parte da sua mãe. Lutou com D. Nuno Fernandez e D. Rodrigo Fernandez de Toronho, venceu-os, prendeu-os e tomou-lhes Oyzelho e Toronho, por terra.
Casou com D. ELVIRA OSOREZ.
Tiveram os seguintes filhos:


7.1 – D. Fernam Guterrez de Castro; (segue)

7.2 – D. Maria Guterrez de Castro. (segue no título “Meneses”, ponto 1.2, página 135)


8 – D. FERNAM GUTERREZ DE CASTRO foi muito bom guerreiro, quer na Península, quer em terras de além mar; venceu e prendeu o Conde D. Ramiro, tendo reavido Lemos e Sara, que este lhe tinha usurpado.
Casou com D. MILIA ENHEGUEZ, filha de D. Enhego de Mendoça.
Tiveram os seguintes filhos:

8.1 – D. Andreu Fernandez de Castro (c.g.); (s.m.n.)



Vista do Castelo e do Convento Beneditino de San Vicente Del Pino,
em Monforte de Lemos, Espanha (17)



8.2 – D. Estevam Fernandez de Castro; (segue)

8.3 – D. Guter Fernandez de Castro; faleceu jovem; (s.g.)

8.4 – D. Inês Fernandez de Castro;

8.5 – D. Sancha Fernandez de Castro; faleceu donzela.


__________

(17) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.

Pazo Condal, actualmente Parador Nacional de Turismo,
conjuntamente com o Convento Beneditino de San Vicente Del
Pino, em Monforte de Lemos,Espanha. Por cima da porta de entrada
vêm-se as armas dos Castros. (18)



9 – D. ESTEVAM FERNANDEZ DE CASTRO, muito bom fidalgo e muito honrado.
Casou com D. ALDONÇA RODRIGUEZ, filha de D. Rodrigo Afonso, que nasceu em 1200, por sua vez filho de D. Afonso IX, Rei de Leão.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


9.1 – D. Fernam Rodriguez de Castro. (segue)


__________

(18) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.
10 – D. FERNAM RODRIGUEZ DE CASTRO, muito bom mancebo e de grandes feitos.
Casou com D. VIOLANTE SANCHEZ, filha de D. Sancho IV, Rei de Castela e Leão.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


10.1 – D. Pedro Fernandes de Castro “o da Guerra”. (segue)


11 – D. PEDRO FERNANDES DE CASTRO “o da Guerra”, senhor de Monforte de Lemos.
Casou com D. Isabel, filha de D. Pero Ponço e de D. Sancha Gil.
Tiveram os seguintes filhos:


11.1 – D. Fernando de Castro; (s.m.n.)

11.2 – D. Joana de Castro, casou, em primeiras núpcias, com D. Diego da Bizcaia (c.g.), filho de D. Fernam Diaz de Haro, senhor da Bizcaia, e, em segundas núpcias, com o Rei D. Pedro I de Castela.


De D. ALDONÇA LOURENÇO DE VALADARES (ver título “Valadares”, ponto 5.4, página 58), teve os seguintes filhos bastardos:


11.3 – D. Álvaro Pires de Castro; (segue)

11.4 – D. Inês de Castro, que casou com El-Rei D. Pedro I.













Brasão de armas dos Castros “bastardos” (19)



Escudo: de prata adamascada, seis arruelas de azul. T.: leão nascente de oiro, saíndo de uma coroa de espinhos de vermelho. E.: de prata, aberto, guarnecido de oiro, forrado de vermelho e correias do mesmo. P. e V. de oiro e azul.




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(19) Livro de nobreza e perfeição das armas, editado em 1987.
12 – D. ÁLVARO PIRES DE CASTRO, 1º. Conde de Viana da Foz do Lima, em 1371, 1º. Conde de Arraiolos e 1º. Condestável de Portugal já em 1377; foi também alcaide-mor de Lisboa e um dos mais poderosoa fidalgos do seu tempo; veio para Portugal por se ter revoltado contra o Rei de Castela, D. Pedro I; morreu pouco depois de 01.06.1384.
Casou, com D. MARIA PONCE DE LEON, filha de D. Pedro Ponce de Leon, rico-homem, senhor de Marchena, e de D. Beatriz de Xerica.
Tiveram, pelo menos, os seguintes filhos:


12.1 – D. Pedro Álvares de Castro; (segue)

12.2 – D. Isabel de Castro, que casou com D. Pedro Enriquez de Castela, Conde de Trastamara;

12.3 – D. Afonso de Castro, 3º senhor de Castro Verde, que casou com D. Maria Ramires de Gusmão;

12.4 – D. Elvira de Castro, que casou com Fernão Gonçalves de Queirós;

12.5 – D. Brites de Castro, que casou com D. Pedro Nunes de Lara, Conde de Mayorga.


13 – D. PEDRO ÁLVARES DE CASTRO, senhor do Cadaval, por mercê de EL-Rei D. João I; nasceu cerca de 1350. (20)


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(20) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão os pontos 1 a 13, inclusivé, do presente título.
Casou com D. LEONOR TELES DE MENESES. (ver título “Meneses”, ponto 8.3, página 141)
Tiveram os seguintes filhos:


13.1 – D. Álvaro de Castro, solteiro; (s.g.)

13.2 – D. João de Castro, senhor do Cadaval, que casou com D. Leonor Acuña Giron;

13.3 – D. Guiomar de Castro; (segue)

13.4 – D. Isabel de Castro, que casou, em primeiras núpcias, com Álvaro Gonçalves Coutinho, “o Magriço”, e, em segundas núpcias, com Diogo Lopes de Sousa, 18º senhor da casa de Sousa;

13.5 – D. Fernando de Castro, que nasceu cerca de 1380; nobre ao serviço do Infante D. Henrique, foi por este enviado à conquista da Grã-Canária, em 1424 ou 1425, comamdando uma frota em que iam embarcados 2500 homens de infantaria e 120 cavaleiros, expedição que foi muito dispendiosa e de que não resultou ocupação efectiva, pois à operação militar opuseram os indígenas grande resistência e a expedição houve de retirar em vista de temer-se possibilidade de esgotamento das provisões. Casou, em primeiras núpcias, com D. Isabel de Ataíde, e, em segundas núpcias, com D. Mécia de Sousa. (c.g.)


14 – D. GUIOMAR DE CASTRO, que nasceu cerca de 1390.
Casou com D. ÁLVARO GONÇALVES DE ATAÍDE, 1º Conde de Atouguia.
Tiveram os seguintes filhos:
14.1 – D. Martinho de Ataíde, 2º Conde de Atouguia, que casou, em primeiras núpcias, com D. Catarina de Castro, e, em segundas núpcias, com D. Filipa de Azevedo.

14.2 – D. João de Ataíde, prior do Crato;

14.3 – D. Vasco de Ataíde, prior do Crato;

14.4 – D. Álvaro de Ataíde, senhor de Castanheira, Povos e Cheleiros, que casou, em primeiras núpcias, com D. Leonor de Melo, e, em segundas núpcias, com D. Violante de Távora;

14.5 – D. Joana de Castro, que casou com D. Fernando Coutinho, 4º marechal de Portugal;

14.6 – D. Filipa de Castro, que casou com D. João de Noronha, “o Velho”, alcaide-mor de Óbidos;

14.7 – D. Mécia de Castro; (segue no título “Chichorro”, ponto 6, página 157)

14.8 – D. Leonor de Meneses, que casou com Gonçalo de Albuquerque, 3º senhor da Vila Verde dos Francos. (21)






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(21) Geneall.net – foi retirado deste site (2008) os pontos 13.1 a 14.8, inclusivé, do presente título.



































Título

“SILVA”


1 – GUTERRE ALDARÊTE DA SILVA, que nasceu cerca de 1010, senhor de Aldarête e Silva.
Casou com D. MARIA PIRES DE AMBIA, que nasceu cerca de 1010.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


1.1 – Paio Guterres da Silva. (segue)


2 – PAIO GUTERRES DA SILVA, que nasceu cerca de 1055.
Casou com D. SANCHA ANES DE MONTOR, que nasceu cerca de 1065, filha de João Ramires, senhor de Montor.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


2.1 – Pedro Pais “o Escacha” da Silva. (segue)


3 – PEDRO PAIS “O ESCACHA” DA SILVA, que nasceu cerca de 1085.
Casou com D. ELVIRA NUNES, que nasceu cerca de 1100.
Tiveram, pelo menos, a seguinte filha:




3.1 – D. Maior Pires “a Perna”. (segue no título “Velho”, ponto 4, página 50) (22)
























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(22) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.
Título

“VELHO”


1 – SOEIRO GUEDES, que nasceu cerca de 1040,
Casou com D. ALDONÇA GUTERRES DA SILVA, que nasceu cerca de 1050.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


1.1 – Nuno Soares. (segue)


2 – NUNO SOARES, que nasceu cerca de 1070.
Casou com D. AUSENDA TODEREIS, que nasceu cerca de 1080.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


2.1 – Soeiro Nunes Velho. (segue)


3 – SOEIRO NUNES VELHO, que nasceu cerca de 1110.
Casou com D. ALDONÇA NUNES, que nasceu cerca de 1120.
Tiveram, pelo menos, os seguintes filhos:


3.1 – Nuno Soares Velho; (segue)

3.2 – D. Sancha Soares Velho, que nasceu cerca de 1150 e se casou com Paio Vasques de Bravães.
4 – NUNO SOARES VELHO.
Casou, em primeiras núpcias, com D. MÓR PIRES PERNA (ver título “Silva”, ponto 3.1, página 48), que nasceu cerca de 1160.
Tiveram, pelo menos, os seguintes filhos:


4.1 – Mem Soares Velho; (segue)

4.2 – Pedro Nunes Velho, que casou com D. Maria Anes de Baião;

4.3 – Soeiro Nunes Velho, que casou com D. Teresa Anes;

4.4 – D. Mor Nunes Velho; (s.m.n.)

4.5 – D. Urraca Nunes Velho, que casou com D. Gomes Pais da Silva;

4.6 – D. Elvira Nunes Velho, que casou com Soeiro Aires de Valadares;


Casou, em segundas núpcias, com D. Gontrode Fernandes de Montor.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


4.7 – João Nunes de Cerveira, que casou com D. Sancha Anes de Moeiro.


5 – MEM SOARES VELHO, que nasceu cerca de 1180.
Casou com N.N..
Tiveram, pelo menos, os seguintes filhos:
5.1 – Gomes Mendes Barreto; (segue no título “Barreto”, ponto 1, página 125)

5.2 – D. Sancha Mendes Barreto, que casou com Fernão Nunes Giela. (23)























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(23) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.




























Título

“VALADARES”


1 – AIRES NUNES DE VALADARES, natural da Galiza.
Casou com D. XIMENA NUNES, natural também da Galiza.
Tiveram, os seguintes filhos:


1.1 – Soeiro Aires de Valadares; (segue)

1.2 – João Aires de Valadares;

1.3 – Pero Aires de Valadares.(segue no título “Gravel - Gabere”, ponto 1, página 77)


2 – SOEIRO AIRES DE VALADARES, companheiro do Lidador na lendária lide de Ourique, encontra-se referido na corte de El-Rei D. Afonso Henriques entre 1169 e 1179, sendo tenente de Riba Minho em 1173.
Casou, em primeiras núpcias, com D. ELVIRA NUNES VELHO.
Tiveram os seguintes filhos:


2.1 – Paio Soares de Valadares; (segue)

2.2 – Lourenço Soares de Valadares, ignorado pelos livros de linhagens, foi alferes-mor e mordomo-mor do Rei D. Afonso IX de Leão. Em Junho deste último ano encontrava-se junto de EL-Rei D. Afonso II;
2.3 – Rui Soares de Valadares, também omitido pelos nobiliários medievais, foi rico-homem da corte de El-Rei D. Sancho I, como tenente de Gouveia (1194) e da Guarda (1196).


Casou, em segundas núpcias, com D. Maria Afonso de Leão.
Tiveram os seguintes filhos:


2.4 – João Soares de Valadares, que foi bom trovador, afirmação que levou à sua identificação com o trovador João Soares Somesso;

2.5 – Pero Soares Sarraça, que casou com D. Elvira Nunes Maldonado. (c.g.)


3 – PAIO SOARES DE VALADARES, foi rico-homem da corte de El-Rei D. Sancho I como tenente de Riba Minho, entre 1185 e 1190.
Casou com D. ELVIRA VASQUES DE SOVEROSA.
Tiveram os seguintes filhos:


3.1 – Lourenço Pais de Valadares, omitido pelos livros de linhagens, foi rico-homem de El-Rei D. Afonso II como tenente de Riba Minho (1221);

3.2 – Soeiro Pais de Valadares; (segue)

3.3 – Rui Pais de Valadares, cavaleiro referido pela primeira vez em Maio de 1240, doando então à Sé do Porto o direito que tinha no padroado da igreja de Sª. Cruz de Riba Leça. Criado na freguesia de Gondoriz (concelho de Arcos de Valdevez), herdou da mãe vários bens no concelho de Lousada e de Penafiel de Sousa. As inquirições de 1288 referem que fora senhor da honra de Bergonte, no julgado de Melgaço, então na posse dos seus filhos e netos.Casou duas vezes: em primeiras núpcias com D. Maria Pires de Azevedo (c.g.) e em segundas núpcias com D. Maria Gil Feijó (c.g.);

3.4 – D. Maria Pais de Valadares, que casou primeiro com Gonçalo Gonçalves da Palmeira, e depois com Martim Pais da Ribeira;

3.5 – D. Sancha Pais de Valadares, que casou com Mem Rodrigues Queiroga.


4 – SOEIRO PAIS DE VALADARES, armado cavaleiro por D. Gonçalo Anes da Nóvoa, irmão do mordomo-mor de El-Rei D. Afonso II, está documentado na corte deste monarca em 1222, como tenente de Riba Minho. Presença esporádica, uma vez que em 1225 surge como mordomo do Rei D. Afonso IX de Leão, em nome do Infante D. Pedro Sanches. No ano seguinte volta a Portugal onde reassume, até 1230, a referida tenência. Entretanto, e depois desta data, volta a desaparecer da corte, para só voltar a estar aí documentado entre 1248 e 1250, o que leva a supor que terá apoiado o partido de El-Rei D. Afonso III. Criado num lugar da freguesia de Fontão, no concelho de Ponte de Lima, teve bens em Sabrosa e em Torres Vedras. É possível que os bens agora referidos proviessem do seu casamento, como aconteceu com a aldeia e honra de Águas Belas, no concelho de Sortelha, honrada por seu sogro no tempo de El-Rei D. Sancho II, e que transmitiu ao seu filho mais velho.
Casou com D. ESTEVAINHA PONÇES DE BAIÃO.
Tiveram os seguintes filhos:


4.1 – Lourenço Soares de Valadares; (segue)
4.2 – Paio Soares de Valadares, que casou com D. Sancha Fernandes Delgadinha; (c.g.)

4.3 – Rui Soares de Valadares. (s.m.n.)


5 – LOURENÇO SOARES DE VALADARES, conselheiro régio de El-Rei D. Afonso III e de El-Rei D. Dinis, e rico-homem de ambos os monarcas como tenente de Riba Vouga, em 1273, e de Riba Minho, entre 1279 e 1287, é bem conhecida a sua “carreira” política. O mesmo não se poderá dizer quanto ao seu património. No entanto, a sua análise é bem interessante, uma vez que nos revela que o mesmo se ficou a dever bem mais às alianças matrimoniais e aos bens herdados da mãe do que os que obteve por herança dos Valadares. Com efeito, e para além do préstamo de Sá (julgado de Valadares), que trouxe até 1284, altura em que o teve de devolver ao Rei no âmbito da constituição da póvoa de Caminha, as únicas referências a terras do Alto Minho – onde supostamente deveria ter um património significativo – dizem respeito à criação dos seus filhos, nos julgados de Valadares e da Nóbrega, e apenas se lhe conhece alí a quintã honrada de Gerei (freguesia de S. Cosme e S. Damião, julgado de Valdevez). É certo que de seu pai também herdara bens em Panoias, mas a verdade é que este as recebera da mãe, ou seja, eram dos de Soverosa, como dela recebeu também a honra de Oliveira, no julgado de Gaia. Em contrapartida, eram bem mais volumosos os bens que tinha herdado pela parte de sua mãe, ou seja, dos de Baião: a norte do Douro, primeiro, nos julgados de Baião, de Mesão Frio, de Penaguião, de Santa Cruz de Riba Tâmega, de Soalhães, de Refóios de Riba de Ave, e bem mais para o oriente, em Vilarinho da Castanheira; a sul do Douro, depois, nos julgados de Castro Rei-Tarouca, da Covilhã e de Sortelha. Para além destes bens de herança, não podemos esquecer os que recebeu pelos seus dois casamentos, o primeiro com uma das herdeiras da riquíssima casa de Sousa, e o segundo


Brasão de armas dos Valadares (24)



Escudo: esquartelado: o I e IV de azul, leão de prata, armado e linguado de vermelho. O II e III enxequetado de prata e vermelho de seis peças em faxa e seis em pala. T.: leão de prata, armado e linguado de vermelho. E.: de prata, aberto, guarnecido de oiro, forrado de negro. P. e V. de azul e prata.


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(24) Livro de nobreza e perfeição das armas, editado em 1987.
com a filha do não menos poderoso mordomo-mor de El- Rei D. Dinis. O destino, porém, não permitiu que tão grande património se transmitisse, ou pelo menos parte dele, a um de Valadares, em virtude de apenas ter tido filhas.
Casou, em primeiras núpcias, com D. MARIA MENDES DE SOUSA.
Tiveram a seguinte filha:


5.1 – D. Inês Lourenço de Valadares; (segue no título “Chichorro”, ponto 1, página 153)


Casou, em segundas núpcias, com D. SANCHA NUNES DE CHACIM. (ver título “Chacim”, ponto 2.8, página 145)
Tiveram os seguintes filhos:


5.2 – D. Branca Lourenço de Valadares;

5.3 – D. Berengária Lourenço de Valadares; (segue no título “Meneses”, ponto 7, página 139)

5.4 – D. Aldonça Lourenço de Valadares; (segue no título “Castro”, ponto 11, página 41)

5.5 – D. Joana Lourenço de Valadares, freira no mosteiro de Santos;
5.6 – D. Constança Lourenço de Valadares, freira em Arouca;

5.7 – D. Beatriz Lourenço de Valadares, freira em Arouca.


De D. Sancha Pires de Mezelos, teve a seguinta filha bastarda:


5.8 – D. Fruilhe Lourenço de Valadares, que casou com João Esteves da Aldeia do Alcaide. (25)




























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(25) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.




































Título

“RIBA DE VIZELA”


1 – PERO FROMARIGUES DE GUIMARÃES, que nasceu cerca de 1080.
Casou com N.N..
Tiveram os seguintes filhos:


1.1 – Fernão Pires de Guimarães. (segue)

1.2 – Paio Pires de Guimarães; (segue no ponto 3, página 000)

1.3 – Pero Pires de Gimarães, referido em 1174 vendendo a seu irmão Fernão Pires, e a três filhos deste, o que tinha em Fareja e em Cerzedo , bens provenientes dos pais de ambos; casou com D. Maria Pais; (c.g.)


2 – FERNÃO PIRES DE GUIMARÃES, encontra-se documentado entre 1160 e 1178.
Casou com D. USCO GODINS DE LANHOSO. (ver título “Lanhoso”, ponto 2.3, página 80)
Tiveram os seguintes filhos:


2.1 – Martim Fernandes de Riba de Vizela;

2.2 - João Fernandes de Riba de Vizela; (segue)
2.3 – D. Elvira Fernandes de Riba de Vizela, é referida juntamente com os seus irmãos João e D. Maria, numa compra feita por seu pai em 1174;

2.4 – D. Maria Fernandes de Riba de Vizela, é também referida na já citada compra de 1174.


3 – JOÃO FERNANDES DE RIBA DE VIZELA, rico homem da Corte d’El-Rei D. Sancho I, sendo várias vezes referido como mordomo-mor entre 1190 e 1206, vindo a morrer antes de 1208. Tal como o seu irmão, também constituiu um importante património, quer a norte quer a sul do Douro.
Casou, em primeiras núpcias com D. Marinha Moniz (ou Maria Bermudes) Varela.
Tiveram os seguintes filhos:


3.1 – Fernão Anes Cheira (de Riba de Vizela), rico-homem da Corte d’El-Rei D. Sancho II, foi governador das terras da Feira (1229) e de Besteiros (1235-1236). Proprietário no concelho de Guimarães, é sobretudo a sul do Douro que concentra a maioria dos seus bens, nomeadamente nos concelhos de Tondela e de Sever do Vouga, destacando-se neste último a honra de Pessegueiro. Em 1228 já se encontrava casado com D. Maria Mendes da Silva; (c.g.)

3.2 – Afonso Anes de Cambra, rico-homem da Corte d’El-Rei D. Sancho II e tenente de Lafões (1242). Faleceu antes de Março de 1272. Casou com D. Urraca Pires Ribeiro;

3.3 – Pero Anes de Cambra; (c.g.)


Casou, em segundas núpcias, com D. MARIA SOARES DE SOUSA.
Tiveram os seguintes filhos:


3.4 – Martim Anes de Riba de Vizela;

3.5 – D. Maria Anes de Riba de Vizela, que casou com João Soares de Paiva;

3.6 – D. Teresa Anes de Riba de Vizela. (segue no título “Alvarenga”, ponto 2, página 122) (25)


















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(25) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.




































Título

“PINTO”


1 – PAIO SOARES PINTO, morador na sua quinta na terra da Feira.
Casou com D. MOR MENDES.
Tiveram, pelo menos, a seguinte filha:


1.1 – D. Maior Pais Pinto. (segue)


2 – D. MAIOR PAIS PINTO.
Casou com D. EGAS MENDES DE GUNDAR, que se achou na batalha de Ourique em 1132.
Tiveram os seguintes filhos:


2.1 – Rui Viegas Pinto; (segue)

2.2 – Pedro Viegas Pinto. (s.m.n.)


3 – RUI VIEGAS PINTO, possuiu vários casais na terra da Feira no tempo d’El-Rei D. Afonso Henriques e d’El-rei D. Sancho I.
Casou com D. EGAS MENDES.
Tiveram o seguinte filho:


3.1 – Gonçalo Rodrigues Pinto. (segue)
4 – GONÇALO RODRIGUES PINTO, viveu em Riba de Bastança na Torre da Chão, concelho de Ferreiros de Tendães.
Casou co N.N..
Tiveram o seguinte filho:


4.1 – D. Soeiro Gonçalves Pinto. (segue)


5 – D. SOEIRO GONÇALVES PINTO, morador na quinta de seu pai.
Casou com N.N..
Tiveram o seguinte filho:


5.1 – D. Gracia Soares Pinto. (segue)


6 – D. GRACIA SOARES PINTO, viveu junto à vila de Chaves, quando El-Rei D. Dinis mandou tirar as inquirições e nelas se nomeia seu vassalo.
Casou com D. MARGARIDA GOMES DE ABREU, filha de Rui Gomes de Abreu, senhor de Regalados.
Tiveram o seguinte filho:


6.1 – Vasco Gracez Pinto. (segue)


7 – VASCO GRACEZ PINTO, foi senhor da Torre da Chão e Paço de Cuvelas e padroeiro do convento de Tarouquela unido nessa data ao das freiras Bentas do Porto.
Casou com D. URRACA VASQUES DE SOUSA, filha de Rui Vasques de Panoias.
Tiveram os seguintes filhos:


7.1 – Rui Vaz Pinto, senhor da Torre da Chão; (s.m.n.)

7.2 – Aires Pinto; (segue)

7.3 – Estêvão Vasques Pinto, senhor da honra de Cubelas, que casou com D. Joana Gonçalves. (c.g.)


8 – AIRES PINTO, senhor de Ferreiros de Tendães.
Casou com D. CONSTANÇA RODRIGUES PEREIRA. (ver título “Pereira”, ponto 5.4, página 94)
Tiveram os seguintes filhos:


8.1 – Gonçalo Vaz Pinto; (segue)

8.2 – Álvaro Pinto; (s.m.n.)

8.3 – D. Briolanja Pinto; (s.m.n.)

8.4 – Vevião Pinto. (s.m.n.)


9 – GONÇALO VAZ PINTO, serviu os Duques de Bragança D. Fernando e D. Jaime, foi alcaide-mor de Chaves e está sepultado no mosteiro da Piedade.
Casou com D. MELIZA ou CATARINA DE MELO, filha de Martim Afonso de Melo e de sua mulher D. Brites de Sousa.
Tiveram os seguintes filhos:
9.1 – Gonçalo Vaz Pinto; (segue)

9.2 – Pedro Lopes Pinto; (s.m.n.)

9.3 – João Pinto; (s.m.n.)

9.4 – Nuno Álvares Pereira, casou em Vila Flor com D. Isabel Pereira de Sampaio;

9.5 – Aires Pinto; (s.m.n.)

9.6 – Francisco Pinto; (s.m.n.)

9.7 – Diogo Pinto, que casou com D. Brites Ferraz, filha de Afonso Ferraz e de sua mulher D. Isabel Ferraz;

9.8 – Vasco Rodrigues Pinto. (s.m.n.)


10 – GONÇALO VAZ PINTO. Como consta de uma doação feita pelo Duque de Bragança, D. Jaime, em 1505, foi um dos honrados fidalgos do seu tempo, achou-se na tomada de Azamor, em 1513, com seus filhos Rui e Fernão, onde se portaram com valor; foi senhor da casa de seu pai e de Ferreiros de Tendães e alcaide-mor de Chaves.
Casou com D. GUIOMAR DE CASTRO (ver título “Chichorro”, ponto 6.4, página 158)
Tiveram os seguintes filhos:


10.1 – Rui Vaz de Sousa; (s.m.n.)

10.2 – Fernão Pinto de Melo, serviu em África onde ganhou bom nome, foi comendador de Moimente, senhor da honra de Real e viveu em Vila Real; achou-se com seu pai na tomada de Azamor, onde ficou servindo; casado e com geração;

10.3 – Diogo Pinto; (segue no título “Miranda”, ponto 5, página 164)

10.4 – D. Cecília, que casou com Henrique de Figueiredo; (c.g.)

10.5 – D. Catarina de Ataíde, que casou com Martim Vaz de Sousa;

10.6 – João Pinto Souto Mayor. (s.m.n.) (26)















__________

(26) GAYO, Manuel José da Costa Felgueiras, “Nobiliário das Famílias de Portugal”, 3ª Edição, Braga, Edição de carvalhos de Basto, 1992 – foi retirada desta obra o genealogia do presente título.




































Título

“VILALOBOS”


1 – D. PEDRO OSÓRIO, o primeiro que veio do reino da Galiza para o de Leão, reinando o Rei D. Fernando “o Grande”, e povoou Vilalobos.
Casou com N.N..
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


1.1 – D. Martins Osores, Conde. (segue)


2 – D. MARTINS OSORES, Conde.
Casou com N.N..
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


2.1 – D. Osório Martins. (segue)


3 – D. OSÓRIO MARTINS, rico-homem do Rei D. Afonso VIII.
Casou com D. SANCHA, senhora de Vilalobos.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho.


3.1 – Rui Peres de Vilalobos. (segue)


4 – RUI PERES DE VILALOBOS, que esteve na batalha das Navas.
Casou com N.N..
Tiveram, pelo menos, a seguinte filha:


4.1 – D. Teresa Fernandes de Vilalobos. (segue)


5 – D. TERESA FERNANDES DE VILALOBOS.
Casou com D. GIL MANRIQUE.
Tiveram, os seguintes filhos:


5.1 – D. Alvar Gil de Vilalobos; (s.m.n.)

5.2 – D. Manrique Gil de Vilalobos; (s.m.n.)

5.3 – D. Gonçalo Gil de Vilalobos; (s.m.n.)

5.4 – D. Rui Gil de Vilalobos; (segue)

5.5 – D. Gomez Gil de Vilalobos; (s.m.n.)

5.6 – D. Gil Gomez de Vilalobos, abade;

5.7 – D. Toda Gil de Vilalobos; (s.m.n.)

5.8 – D. Milia Gil de Vilalobos. (s.m.n.)


6 – D. RUI GIL DE VILALOBOS, que esteve na tomada de Córdova.




Brasão de armas dos Vilalobos (27)



Escudo: de oiro, dois lobos passantes e sotopostos de azul anilado em vez de púrpura, armados e linguados de vermelho. T.: um dos lobos. E.: de prata, aberto, guarnecido de oiro, forrado de negro, correias de negro. P. e V. de oiro e azul anilado por púrpura.




__________

(27) Livro da nobreza e perfeição das armas, editado em 1987.
Casou com D. MARIA, filha de D. Lopo e de D. Biringueira Gonçalvez Giroa..
Tiveram, pelo menos, os seguintes filhos:


6.1 – D. Lopo Rodriguez de Vilalobos, que casou com D. Biringueira Pirez, filha de D. Pero Diaz de Castanheda e de D. Moor Afonso; (c.g.)

6.2 – D. Rui Gil (ou Gonçalvez) de Vilalobos. (segue)


7 – D. RUI GIL (ou GONÇALVEZ) DE VILALOBOS.
Casou com D. TERESA AFONSO, filha de D. Afonso Alvarez de Noronha e de D. Maria Rodriguez de Ribas.
Tiveram os seguintes filhos:


7.1 – D. João Rodriguez de Vilalobos; (s.m.n.)

7.2 – D. Maria Rodriguez de Vilalobos; (segue)

7.3 – D. Branca Rodriguez de Vilalobos. (s.m.n.) (000)


8 – D. MARIA RODRIGUEZ DE VILALOBOS.
Casou com o fidalgo português LOPO FERNANDES PACHECO, já viúvo, que faleceu em 1349.
Tiveram, pelo menos, a seguinte filha:



Túmulo de D. Maria Rodriguez de Vilalobos, na Sé de Lisboa (28)


Túmulo de Lopo Fernandes Pacheco, na Sé de Lisboa (29)

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(28) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.
(29) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.
8.1 – D. Guiomar de Vilalobos. (segue no título “Meneses”, ponto 8, página 140) (30)





























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(30) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.
Título

“GRAVEL – GABERE”


1 – PERO AIRES DE VALADARES (ou DE GARVA) (ver título “Valadares”, ponto 1.3, página 53). Sabe-se que teve bens na região de Coimbra, referidos no seu testamento sem data, mas que terá sido feito antes de casar e ter filhos, uma vez que só são beneficiados os seus irmãos e sobrinhos, bem como algumas instituições – Sé de Coimbra e mosteiro de S.ª Cruz de Coimbra e de Lorvão.
Casou com D. MOR PAIS DE BRAVÃES, neta do fundador do mosteiro de Bravães e filha de um mordomo-mor de D. Teresa.
Tiveram os seguintes filhos:


1.1 – Pero Pires Gravel;

1.2 – Gomes Pires Gravel; (segue)

1.3 – D. Maria Pires Gravel; (segue no título “Pereira”, ponto 3, página 90)

1.4 – D. Urraca Pires Gravel, casada; (s.m.n.)

1.5 – D. Mor Pires Gravel, casada. (s.m.n.)


2 – GOMES PIRES GRAVEL.
De N. N. teve o seguinte filho:

2.1 – Paio Gomes Gabere. (segue)


3 – PAIO GOMES GABERE.
Casou com D. SANCHA PAIS CARPINTEIRO, irmã do mestre da ordem do Templo, D. Gualdim Pais.
Tiveram os seguintes filhos:


3.1 – D. Estevainha Pais Gabere;

3.2 – D. Constança Pais Gabere. (segue no título “Barreto”, ponto 1, página 125) (31)
















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(31) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.
Título

“LANHOSO”


1 – D. FÁFILA LUCIDES DE LANHOSO, desde muito cedo ligado à Corte (século XI), como rico-homem.
Casou com D. DORDIA VIEGAS DE PENEGATE.
Tiveram os seguintes filhos:


1.1 – Godinho Fafes de Lanhoso; (segue)

1.2 – Egas Fafes de Lanhoso, confirmante de diplomas régios entre 1146 e 1160, e que se encontra documentado pela última vez em Março de 1162. Recebeu várias doações d’El-Rei D. Afonso Henriques nos concelhos de Póvoa de Lanhoso, Amares e Vila Verde. Casou com D. Urraca Mendes de Sousa; (c.g.)

1.3 – D. Maria Fafes de Lanhoso, que em 1118 comprou alguns bens em Santa Marta, concelho de Guimarães. Não se sabe com quem casou, mas teve descendentes;

1.4 – Gomes Fafes de Lanhoso, é citado juntamente com o seu irmão Paio Fafes num diploma régio de 1135; (c.g.)

1.5 – Paio Fafes de Lanhoso, documentado, como acima ficou dito, em 1135. (s.m.n.)


2 – GODINHO FAFES DE LANHOSO, rico-homem documentado entre 1132 e 1147, sucedeu a seu pai no governo da tenência de Lanhoso (1132).
Patrono do mosteiro de Vila Nova de Sande, obteve d’El-Rei D. Afonso Henriques a carta de couto do mosteiro de Fonte Arcada, cenóbio beneditino protegido pela sua linhagem.
Através do seu casamento acedeu a bens situados nos concelhos de Armamar, Tarouca, Marco de Canaveses e Felgueiras.
Casou, antes de 1141, com D. OUROANA MENDES DE RIBA DOURO, sobrinha do “Aio”.
Tiveram os seguintes filhos:


2.1 – Fáfila Godins de Lanhoso, documentado em 1162, a propósito de uma doação à Sé de Braga dos direitos sobre o mosteiro de Vila Nova de Sande que herdara do pai. Foi proprietário em Guimarães e também em Arganil. Casou com D. Sancha Geraldes Cabrão; (c.g.)

2.2 – D. Gontinha Godins de Lanhoso, que casou com Paio Soares Correia;

2.3 – D. Usco Godins de Lanhoso; (segue no título “Riba de Vizela”, ponto 2, página 61)

2.4 – D. Guiomar Godins de Lanhoso; (s.m.n.)

2.5 – Mem Godins de Lanhoso, documentado em 1186. (s.m.n.) (32)



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(32) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de comclusão a genealogia do presente título.
Título

“PORTOCARREIRO”


1 – D. RAIMUNDO GARCIA encontra-se documentado entre 1129 e 1152 como confirmante de diplomas régios, sendo referido num deles como alcaide de Sátão. Por outro lado, os mesmos livros de linhagens referem Dom Raimundo como o que deu “grand’algo a Mancelos”, o que de facto parece ser verdade, já que os seus descendentes eram naturais desse mosteiro, e mesmo muito depois da sua morte os monges de Mancelos ainda recordavam o nome do seu benfeitor.
Casou com D. GONTINHA NUNES VIDA (de Azevedo), que era filha de um antigo alferes do Conde D. Henrique.
Tiveram, pelo menos, a seguinte filha:


1.1 – D. Ouroana Raimundes. (segue)


2 – D. OUROANA RAIMUNDES, herdou de seus pais o couto e honra de Portocarreiro, origem do apelido dos seus descendentes.
Casou com HENRIQUE FERNANDES MAGRO.
Tiveram os seguintes filhos:


2.1 – Egas Henriques de Portocarreiro, documentado na corte de El-Rei D. Sancho I, como testemunha, em 1187. Quanto aos seus bens, detidos pelos seus filhos e netos aquando das inquirições de 1258, estavam situados no julgado de Portocarreiro e nos julgados vizinhos de Penafiel de Sousa e de Marco de Canaveses. Segundo as sentenças de 1290, também partilhara bens com o seu irmão João Henriques. Casou com D. Teresa Gonçalves de Curveira; (c.g.)

2.2 – João Henriques de Portocarreiro; (segue)

2.3 – D. Sancha Henriques de Portocarreiro (segue no título “Pereira”, ponto 2, página 89); casou, em segundas núpcias, com Paio Soares Romeu;

2.4 – D. Urraca Henriques de Portocarreiro, que casou com Gueda Gomes Romeu.


3 – JOÃO HENRIQUES DE PORTOCARREIRO, criado na freguesia de S. Pedro de Abragão, no julgado de Portocarreiro, encontra-se documentado em Outubro de 1209 como testemunha de compras feitas por D. Martim Fernandes de Riba de Vizela. Alguns dos seus filhos foram criados um pouco mais a norte, no julgado de Entre-Homem-e-Cávado. Para além dos bens que naturalmente possuiu em Portocarreiro, teve uma quintã no julgado de Paiva. O facto mais notável da sua vida, e por irónico que possa parecer, é o local do seu enterramento: falecido a 20.06.1234, encontra-se sepultado na real abadia de Alcobaça. Sabendo-se que o “Claustro do Silêncio” era um espaço funerário altamente restrito e privilegiado – a ponto de aí se encontrar um panteão dos Sousas – não deixa de ser estranha a localização da sua memória funerária, sobretudo porque os poucos dados biográficos conhecidos não permitem desvendar as razões de estranha honra; todavia, a sua presença em Alcobaça, não pode deixar de revelar, só por si, o elevado prestígio de João Henriques.
Casou com D. MOR VIEGAS CORONEL DE SEQUEIRA.
Tiveram os seguintes filhos:


Brasão de armas dos Portocarreiro (33)



Escudo: enxequetado de oiro e azul de três peças em faixa e cinco em pala, tudo adamascado. T.: cavalo nascente de oiro, bridado e enfreiado de azul. E.: de prata, aberto, guarnecido de oiro, forrado de vermelho, correias de negro. P. e V. de oiro e azul.



3.1 – Fernão Anes de Portocarreiro, cónego (1240-1245) e deão de
__________

(33) Livro de nobreza e perfeição das armas, editado em 1987.
Braga (1250-1257), reitor de diversas igrejas, capelão do Papa (1257) e prior de Guimarães (1263-1274/76), mas também conselheiro de El-Rei D. Afonso III (1250) e notário de D. Afonso X, Rei de Castela (1263), foi seguramente uma das figuras mais marcantes desta linhagem. Tendo feito o seu testamento em Burgos, em 1272, veio a falecer entre 1274 e 1276;

3.2 – Pero Anes de Portocarreiro; (segue)

3.3 – Martim Anes de Portocarreiro, criado na freguesia de S. Miguel de Fiscal, no julgado de Entre-Homem-e-Cávado, no tempo de El-Rei D. Sancho II, este mesmo monarca tinha-lhe doado metade da aldeia de S. Pedro de Daião no julgado de Geraz, com 12 casais, aos quais Martim Anes acrescentara mais um, segundo se apurou aquando da constituição da póvoa de Caminha, em 1284;

3.4 – Gonçalo Anes de Portocarreiro, criado como seu pai na freguesia de São Pedro de Abragão, no julgado de Portocarreiro, fez duas quintãs na freguesia de S.ª M.ª da Torre, no julgado de Entre-Homem-e-Cávado. Manteve-se fiel a El-Rei D. Sancho II, acompanhando-o no exílio e testemunhando o testamento do monarca, feito em Toledo em 1248. Nesse mesmo ano terá participado na conquista de Sevilha, vindo a ser beneficiado pelo respectivo “repartimiento”. Já antes (1240) tinha participado, ao lado do seu irmão Pero Anes, nas conquistas de Ayamonte e de Cacela, sendo testemunha da doação destas praças feita à ordem de Santiago. Casou com D. Teresa Gil Feijó; (c.g.)

3.5 – Lourenço Anes de Portocarreiro;(s.m.n.)

3.6 – Rui Anes de Portocarreiro, co-proprietário com o seu irmão Pero Anes de um herdamento na freguesia de S. Paio de Besteiros, no julgado de Entre-Homem-e-Cávado. Não se sabe se casou ou se teve filhos. Quer Rui Anes quer as suas duas irmãs a seguir mencionadas são ignorados pelos livros de linhagens;

3.7 – D. Maria Anes de Portocarreiro, monja em Arouca;

3.8 – D. Teresa Anes de Portocarreiro, monja em Arouca.


4 – PERO ANES DE PORTOCARREIRO, rico-homem de El-Rei D. Sancho II como tenente de Parada (1223-1248), em cuja corte aparece a partir de 1237. Participou nas campanhas militares daquele monarca, nomeadamente nas tomadas de Mértola, Alfajar da Pena, Ayamonte e Cacela (1239-1240). Durante a guerra civil deve ter passado para o partido de El-Rei D. Afonso III, surgindo em 1251 integrado no grupo de conselheiros régios, desaparecendo da documentação depois daquela data.
Casou com D. MARIA PIRES BRAVO. (ver título “Bravo”, ponto 2.5, página 150)
Tiveram os seguintes filhos:


4.1 – João Pires de Portocarreiro; (segue)

4.2 – Gonçalo Pires de Portocarreiro, cavaleiro que foi beneficiado no testamento do seu tio Fernão Anes, deão de Braga, fez partilhas com os seus irmãos em 1274 e em 1275. As inquirições de 1288 referem-se aos bens que teve nos julgados de Paiva e de Neiva. Já não devia ser vivo em 1293. Casou com D. Maria Martins da Cunha; (c.g.)

4.3 – Martim Pires de Portocarreiro, cónego de Braga, clérigo e privado d’El-Rei D. Afonso III, entre 1249 e 1276, e aio do Infante D. Afonso, foi o principal herdeiro de seu tio, o deão bracarense Fernão Anes. Também participou nas partilhas dos bens paternos, efectuadas em 1274 e em 1275. Veio a abandonar a vida eclesiástica e partiu para o reino vizinho, tendo falecido em combate como cavaleiro. Casou com D. Maria Gonçalves Coronel; (c.g.)

4.4 – Fernão Pires de Portocarreiro, cavaleiro presente na corte em 1265, em Lisboa. Em 1268 já estava próximo de Braga, sendo nomeado fiador de uma dívida. Tal como os seus outros irmãos, foi beneficiado pelo testamento de seu tio, em 1272, e fez partilhas com aqueles, em 1274 e 1275. Casou com D. Maria Martins de Baguim; (c.g.)

4.5 – D. Margarida Pires de Portocarreiro.


5 – JOÃO PIRES DE PORTOCARREIRO, cavaleiro referido pela primeira vez em 1272 no testamento de seu tio Fernão Anes, pelo qual recebeu , com os seus irmãos Fernão e Gonçalo, 500 libras. Em Janeiro de 1274 e em Janeiro de 1275 procedeu a partilhas com os seus irmãos e irmã, de todos os bens que foram de seus pais. Já tinha falecido em 1290.
Casou com D. MOR ANES COELHO. (ver título “Coelho”, ponto 6.3, página 111)
Tiveram os seguintes filhos:


5.1 – Martim Anes de Portocarreiro, que foi gafo e não teve semente;

5.2 – Fernão Anes de Portocarreiro, cavaleiro em 1295. Casou, em primeiras núpcias, com D. Maria Gonçalves de Pereira (s.g.), e, em segundas núpcias, com D. Berengária Rodrigues (Teles) Raposo; (s.g.)

5.3 – D. Guiomar Anes de Portocarreiro, que casou com João Anes de Zamora;

5.4 – D. Maria Anes (de Portocarreiro) Coelho, minoreta do mosteiro de S.ª Clara de Entre-os-Rios em 1295; monja em 1300, já era abadessa de Entre-os-Rios em 1312;

5.5 – D. Teresa Anes de Portocarreiro; (segue no título “Camelo”, ponto 1, página 253)

5.6 – D. Inês Anes de Portocarreiro, monja de Entre-os-Rios ignorada pelos livros de linhagens, também está documentada entre 1295 e 1312, sempre com a sua irmã. (34)















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(34) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.




























Título

“PEREIRA”


1 – GONÇALO RODRIGUES DA PALMEIRA.
Casou com N.N..
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


1.1 – Rui Gonçalves de Pereira. (segue)


2 – RUI GONÇALVES DE PEREIRA, confirmou, em 1177, a carta de couto concedida pelo seu pai ao mosteiro de Landim.
Casou, em primeiras núpcias, com D. Inês Sanches. (s.g.)
Casou, em segundas núpcias, com D. SANCHA HENRIQUES DE PORTOCARREI-RO. (ver título “Portocarreiro”, ponto 2.3, página 82)
Tiveram os seguintes filhos:


2.1 – Pero Rodrigues de Pereira; (segue)

2.2 – D. Fruilhe Rodrigues de Pereira, que casou com Pero Fernandes de Portugal;

2.3 – D. Maria Rodrigues de Pereira, que casou com Gomes Peixoto “o Velho”;

2.4 – Gonçalo Rodrigues de Pereira. (c.g.)

3 – PERO RODRIGUES DE PEREIRA, rico-homem, foi tenente de Trancoso e de Viseu entre 1180 e 1183; várias vezes referido no julgado de Vermoim pelas inquirições de 1258, é de salientar ali a quintã de Pereira, feita pelo seu pai e acrescentada por Pero Rodrigues no tempo de El-Rei D. Sancho I; também terá tido bens no julgado de Froião, onde um dos seus filhos foi criado.
Casou, em primeiras núpcias, com D. MARIA PIRES GRAVEL.(ver título “Gravel - Gabere”, ponto 1.3, página 77)
Tiveram os seguintes filhos:


3.1 – Pero Pires Homem; (s.m.n.)

3.2 – Martim Pires de Pereira, cavaleiro que participou na conquista de Sevilha, em 1248, tendo sido beneficiado pelo respectivo “repartimiento” de 1253. Regressado a Portugal, já em 1260 é aqui referido, no Porto, onde confirma uma doação feita à Sé portuense; citado pelas inquirições de 1258, por elas se sabe que tinha feito uma quintã num lugar da freguesia de S. Miguel de Custóias, no julgado de Vermoim, onde só tinha 1/5 de um casal; no mesmo julgado, mas em Requião, tentara fazer uma casa e honra, o que foi proíbido por sentença régia de 1273; não casou, mas teve descendência;

3.3 – Gonçalo Pires de Pereira; (segue)

3.4 – D. Mor Pires de Pereira;

3.5 – D. Elvira Pires de Pereira, que casou com Pero Martins Ervilhão;

3.6 – D. Ouroana Pires de Pereira, que casou, em primeiras núpcias, com Rui Gomes de Basto, e. em segundas núpcias, com Lopo Hermiges da Teixeira;

3.7 – D. Teresa Pires Pereira, que casou com Pero Pires Velho;

3.8 – D. Maria Pires de Pereira, que foi freira em Arouca;

3,9 – Rui Pires de Pereira, que foi freire do Hospital e comendador de Chavão, entre 1277 e 1281;

3.10 – D. Sancha Pires de Pereira, que casou com Rui Pires de Nogueira.


Casou, em segundas núpcias, com Estevainha Hermiges da Teixeira.
Tiveram os seguintes filhos:


3.11 – D. Beatriz Pires de Pereira, que casou primeiro com Pero Anes do Monte, e depois com N.... Molnes;

3.12 – Garcia Pires de Pereira, cavaleiro de Pereira, que casou com D. Teresa Esteves de Fermoselhe. (c.g.)


4 – GONÇALO PIRES DE PEREIRA, Conde, não se encontra tão bem documentado como seria de esperar de um tão “poderoso” senhor. Sabe-se apenas que em 1284 testemunhou uma inquirição feita no âmbito da constituição da póvoa de Caminha, e que as sentenças de 1290 devassaram dois casais do mosteiro de Santo Tirso e um do mosteiro de Landim que ele honrava, desde o tempo de El-Rei D. Afonso III, na freguesia de Lousada, julgado de Vermoim. Todavia, a sua identificação é muito mais complexa. Com efeito, se existe a convicção de que nunca foi “Conde”, também o há em relação à sua identidade com o “gram comendador na Espanha na ordem do Spital”. Documentado a partir de 1268, em Castela, como “grande comendador nos cinco reinos de Espanha”, manteve essas funções até, pelo menos, 1271. Entre 1280 e 1285 é referido como comendador de Lima, Toronho, Tavara e Faia. Em 1285, identificando-se claramente como filho de Dom Pero e Dona Maria, orientou o processo sobre as partilhas dos bens paternos, feitas com os seus irmãos e sobrinhos. Finalmente, sabe-se que também foi comendador de Panoias.Ignora-se em que data faleceu, mas seguramente antes de 1298.
Casou, em primeiras núpcias, com D. URRACA VASQUES PIMENTEL.
Tiveram os seguintes filhos:


4.1 – Vasco Gonçalves Pereira cavaleiro vassalo do Conde D. Pedro (1323), foi meirinho-mor de Entre-Douro-e-Minho entre 1324 e 1327. Por ocasião da guerra civil de 1319-24, combateu por El-Rei D. Dinis, tendo sido um dos fidalgos a quem o monarca apresentou o rol de queixas que tinha contra o Infante herdeiro. Este facto, porém, não impediu que El-Rei D. Afonso IV o tivesse mantido no exercício do meirinhado, e que em 1328 o indicasse para o grupo dos 40 fidalgos fiadores do tratado então assinado com Castela. Faleceu em finais de 1328. Casou com D. Inês Lourenço da Cunha; (c.g.)

4.2 – Gonçalo Gonçalves de Pereira, prior da igreja de S. Nicolau da Feira e cónego em Tui, em 1296, e deão do Porto a partir desse ano, bispo de Lisboa em 1322, coadjutor (1323) e depois arcebispo de Braga, desde 1326 até 1348. Figura incontornável para a história da diocese bracarense, foi-o também para a da sua própria linhagem.
Não admira, assim, que a sua vida e carreira tenham já sido objecto de múltiplos estudos. Teve de D. Teresa Pires Vilarinho um filho bastardo;

4.3 – D. Maria Gonçalves de Pereira, que casou, primeiro, com Fernão Anes de Portocarreiro, e, em segundo, com Estêvão Gonçalves de Vreiriz, e, em terceiro, com Gil Martins de Leiria;

4.4 – D. Teresa Gonçalves de Pereira, nonja de Arouca, omitida pelos livros de linhagens, está documentada desde 1298, data em que doou a seu irmão Gonçalo a parte que tinha herdado da mãe na quintã de Boução; também citada em 1314, a propósito das dívidas deixadas por seu pai, é muito possível que se identifique com a abadessa de Arouca Teresa Gonçalves;


Casou, em segundas núpcias, com D. Inês Lourenço Carnes, filha de Lourenço Anes Carnes I, Mestre de Santiago.
Tiveram os seguintes filhos:


4.5 – D. Estevainha Gonçalves de Pereira, que casou, em primeiras núpcias, com Vasco Anes de Soalhães, e, em segundas núpcias, com João Rodrigues Pimentel.


D. Gonçalo Pires de Pereira teve de D. MARIA VASQUES, o seguinte filho bastardo:


4.6 – Rui Gonçalves de Pereira. (segue)

5 – RUI GONÇALVES DE PEREIRA, legalizado por carta régia de 8 de Agosto de 1312. E, 1323, e tal como seu irmão Vasco, suge designado como cavaleiro vassalo do Conde D. Pedro de Barcelos, sendo depois tutor dos filhos daquele. Foi senhor do paço e couto de Covelas de Riba de Vouga, do qual perdeu a jurisdição crime em 1347, mantendo a cível. Foi bom cavaleiro e de grande fazenda.
Casou, em primeiras núpcias, com D. BERENGÁRIA NUNES BARRETO. (ver título “Barreto”, ponto 4.1, página 129)
Tiveram os seguintes filhos:


5.1 – Gonçalo Rodrigues de Pereira, escudeiro que, tal como o seu irmão Álvaro, testemunhou o juramento feito por El-Rei D. Pedro I sobre o casamento com D. Inês de Castro, feito a 12 de Junho de 1360. Não se sabe se casou ou se teve descendentes;

5.2 – Álvaro Rodrigues de Pereira; (segue)

5.3 – Rui Rodrigues de Pereira, que veio a falecer no cerco de Lisboa de 1384;

5.4 – D. Constança Rodrigues de Pereira, desconhecida pelos livros de linhagens, mas referida juntamente com seus irmãos, em 1365, como “natural” do mosteiro de Grijó; (segue no título “Pinto”, ponto 8, página 67)


Casou, em segundas núpcias, com D. ELVIRA GARCIA PINÇOA.
Teve a seguinte filha:


5.5 – D. Aldonça Rodrigues de Pereira. (segue no título “Camelo”, ponto 3, página 256)


Casou, em terceiras núpcias, com D. Leonor Rodrigues Alvelo, sem descendência. (35)

























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(35) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.




























Título

“LUMIARES”


1 – AFONSO VIEGAS DE RIBA DOURO, foi tenente de Baião (1134-1141 e 1150-1170), de Penaguião (1134-1144), e de Lamego (1147).
Casou com N. N..
Tiveram, pelo menos, os seguintes filhos:


1.1 – Pero Afonso de Riba Douro;

1.2 – Egas Afonso de Riba Douro. (segue no título “Alvarenga”, ponto 1, página 121) (36)















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(36) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.



































Título

“COGOMINHO”


1 – GUEDA GOMES.
Casou com N. N..
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


1.1 – Fernão Guedaz Guedeão. (segue)


2 – FERNÃO GUEDAZ GUEDEÃO.
Casou, em primeiras núpcias, com D. MARIA FOGAÇA.
Tiveram o seguinte filho:


2.1 – Fernão Fernandes Cogominho. (segue)


Casou, em segundas núpcias, com D. Mor Martins de Calvelo.
Tiveram a seguinte filha:


2.2 – D. Maria Fernandes Guedeão, que casou com o seu primo Pero Pires de Vides.


3 – FERNÃO FERNANDES COGOMINHO I, o primeiro a usar o apelido, foi trovador e frequentou a Corte do Bolonhês. Nascido por volta de 1200, e naturalmente criado em Trás-os-Montes, tomou o partido d’El-Rei D. Sancho II, pois se encontrava em Toledo em Janeiro de 1248, quando o monarca redigiu as suas últimas vontades. Ter-se-á mantido em Castela até finais de 1252, ou inícios do ano seguinte, encontrando-se na Corte portuguesa desde Junho deste último ano até 1277, quando faleceu. Durante esse período, é notória a sua privança com o monarca, que o refere mesmo como “dilectus et fidelis vassalus”, junto de quem testemunha, confirma ou redacta diversos diplomas, e ocupando cargos militares de confiança, tais como as tenências dos castelos de Chaves (1262) e de Coimbra (1266) e a alcaidaria-mor de Montemor-o-Velho (1266). Como elemento da Corte encontra-se também a testemunhar diplomas relativos a figuras destacadas da mesma, como é o caso de D. João de Aboim ou de Rui Garcia de Paiva. Em 1257 recebeu do Rei - que mais tarde (1262) lhe daria umas casas na freguesia de S. Cristóvão de Coimbra -, a herdade de Chacim, a qual venderia em 1265 a seu sobrinho Nuno Martins de Chacim. Depois do casamento terá passado a residir em Coimbra, onde adquiriu bens, assim como nos concelhos de Alvaiázere, Cantanhede, Mealhada, Pombal e Vila Nova de Ourém, sendo ainda proprietário em Santarém e nos julgados de Chaves, Lanhoso, Montalegre, Feira, Fermedo e Válega. Através de sua mulher foi ainda senhor de Atouguia (concelho de Vila Nova de Ourém), senhorio que após a morte daquela, em 28 de Março de 1301, passou para a Coroa depois de contenda entre o Rei e os seus herdeiros. Faleceu em 26 de Março de 1277.
Casou com D. JOANA DIAS DE COIMBRA, que possuía ainda outros bens na Terra de Santa Maria, nos julgados da Feira, de Fermedo e de Figueiredo de Rei.
Tiveram os seguintes filhos:

3.1 – Fernão Fernandes Cogominho II, que morreu na batalha de Chinchila ocorrida em 1290. Teve bens no julgado de Aguiar da Pena;

3.2 – Nuno Fernandes Cogominho; (segue)

3.3 – Afonso Fernandes Cogominho vendeu umas casas sitas em Santarém a seus pais em 1268. Anos mais tarde (1284), e na companhia de seu irmão Nuno, autorizou a mãe a fazer um escambo com o mosteiro de Alcobaça. Foi cónego e tesoureiro da Sé de Lisboa e cónego de Palencia, administrando o arcediagado de Cerato. Também foi cónego de Braga, a cujas prebendas terá renunciado quando ocupou lugar no cabido de Palencia, falecendo alguns anos antes de 1345;

3.4 – Gonçalo Fernandes Cogominho seguiu, como seu irmão, a carreira eclesiástica, sendo referido como clérigo e cónego de Lisboa pelo Conde D. Pedro. Como clérigo é indicado nas inquirições de 1288, honrando 2 casais no lugar de Outeiro (freguesia de S. Pedro de Espinho, julgado de Zurara da Beira). É citado como cónego a partir de 1304, ano em que, a 1 de Dezembro, o prior e mosteiro de S. Vicente de Fora lhe arrendaram, por 110 libras anuais, a granja do lugar de Água Livre, no termo de Lisboa, constituída por três casais e 2 azenhas;

3.5 – Martim Fernandes Cogominho, que talvez tenha sido criado em Santarém, em casa do alcaide Martim Martins Dade, pois a mulher deste, D. Urraca Lourenço da Cunha, tratando-o por “clientulo meo”, deixou-lhe 100 libras em testamento, o qual foi feito em 1269. A privança de seu pai na Corte do Bolonhês terá levado este último a escolhê-lo para membro da casa do Infante herdeiro, da qual já fazia parte em 13 de Novembro de 1278. Seguiu a carreira eclesiástica, sendo frade de S. Francisco;

3.6 – Pero Fernandes Cogominho já estava casado em 1282 com D. Maria Godins de Coimbra. Nesta cidade deve ter tido certa influência, pois presenciou reuniões da Câmara, e é referido como alvazil em 1292. Faleceu seguramente antes de 30 de Junho de 1306, quando foram vendidos bens que, com sua mulher, possuíra em Coselhas, no termo de Coimbra; mas se se identifica com o Pero Fernandes, alcaide de Alenquer, que foi mordomo-mor da Raínha viúva D. Beatriz, pelo menos em 1289, já em 1300 tinha falecido quando, a 14 de Maio, a referida Raínha deu ao filho do seu falecido mordomo o herdamento de Vale de Mem Aires, com a condição de o mesmo ficar para o mosteiro de Alcobaça, quando morresse;

3.7 – João Fernandes Cogominho era seguramente irmão dos anteriores, autorizando a mãe, D. Joana Dias, em 1 de Maio de 1285, a fazer uma doação ao mosteiro de Alcobaça. Se a identificação feita para seu irmão Pero está correcta, então é o João Fernandes que, em 1289, testemunha uma doação feita a D. Vataça por D. Beatriz, e o cavaleiro que, juntamente com a sua mulher D. Maria Rodrigues e sua irmã D. Urraca Fernandes, doa ao Rei, em 1296, um herdamento que possuíam a par de Alverca da Raínha, pelo muito bem que dele receberam. Em 1307 já tinha falecido, não lhe sendo conhecida descendência;

3.8 – D. Branca Fernandes Cogominho, foi monja do mosteiro de Celas de Coimbra, pelo menos desde 1286. Com sua irmã D. Sancha, também monja em Celas, tivera por préstamo de seu irmão Nuno a quintã de Monfalim, que a sua cunhada, viúva daquele, doou a Alcobaça em 1318. Foi padroeira da igreja de Azambujal, cujo padroado doou à Raínha D. Isabel em 1327; foi abadessa do seu mosteiro, certamente antes de sua irmã o ser (1335-1341), vindo a morrer antes de 1343;

3.9 – D. Sancha Fernandes Cogominho, também foi monja de Celas, abadessa entre 1335 e 1341, e já falecida em Fevereiro de 1343;

3.10 – D. Beatriz Fernandes Cogominho I, foi monja de Sª. Clara de Coimbra;

3.11 – D. Urraca Fernandes Cogominho, monja de Cister, assim é referida com sua irmã D. Sancha em 1318.


4 – NUNO FERNANDES COGOMINHO, que aparece pela primeira vez em 1282, detendo bens paternos no “familiar” julgado de Montalegre. Em 1284, juntamente com seu irmão Afonso, autorizou a mãe a fazer um escambo com o mosteiro de Alcobaça e em 1307, com todos os irmãos, foi declarado rebelde por não ter respondido à citação da Corte, que os obrigava a testemunhar a abertura da inquirição feita sobre os direitos de sua mãe, e dos seus como herdeiros dela, ao senhorio de Atouguia, o qual passaria para a Coroa. Coube-lhe, no tempo d’El-Rei D. Dinis, protagonizar o papel de ligação da sua família aos meios cortesãos, numa demonstração da grande importância que essas ligações tinham para o destino da linhagens. O seu percurso político inicia-se em 1295, quando foi enviado por El-Rei D. Dinis para tomar do representante de D. Fernando IV de Castela e guardar os castelos e vilas de Moura e Serpa, deixando neles por alcaides, respectivamente, a Martim Botelho e a seu primo Lourenço Martins de Arões. A privança com o monarca levou-o ao cargo de Almirante-mor do Reino, o primeiro que houve em Portugal, e que já ocupava a 3 de Março de 1314 quando El-Rei D. Dinis lhe doou uma horta em Salvaterra, juntamente com o de Chanceler do Infante D. Afonso. No exercício destas funções aparece a testemunhar uma compra feita pelo bastardo régio D. João Afonso, em 31 de Agosto de 1315; teve um casal de herdade em Monfalim, no termo de Lisboa, e também teve bens no termo de Coimbra, pelos quais entrou em conflito com o cabido coimbrão, e as rendas do que a ordem de Santiago tinha em Palma. Depois da sua morte, ocorrida em 1316, os seus testamenteiros, o Infante D. Afonso e o tesoureiro deste, João Anes Cota, fizeram partilhas de bens de avoenga, juntamente com seus irmãos e com suas primas.
Casou, em primeiras núpcias, com D. Aldara Vasques Pimentel, que faleceu antes de 1307. (s.g.)
Casou, em segundas núpcias, com D. MARGARIDA ALVERNAZ DE LISBOA.
Tiveram os seguintes filhos:


4.1 – Fernão Nunes Cogominho; (segue)

4.2 – D. Maria Nunes Cogominho, que com a mãe, em 1318, doou a quintã de Monfalim ao mosteiro de Alcobaça; em 1320 já estava casada com João Afonso Tição, de quem enviuvou antes de 1332, pois nesse ano já estava casada com D. Afonso Pires de Aragão;

4.3 – D. Inês Nunes Cogominho, que em 1326 era prioresa do mosteiro de Celas de Coimbra.


5 – FERNÃO NUNES COGOMINHO, referido a primeira vez em 1318, quando deu procuração para que fosse entregue ao mosteiro de Alcobaça a quintã de Monfalim, que fora de seu pai. Em 1320 o seu procurador, João Anes Cota, fez partilhas com suas primas, e outorgou as partilhas feitas dos bens de seu pai. Anos mais tarde (1328), e já casado doou à Raínha Santa o direito de padroado na igreja de Azambujal, o qual recebera por morte de seu pai. É referido nas inquirições de 1343, trazendo, “em soldada”, um casal do Rei na freguesia de S. Tomé de Abação (julgado de Guimarães), e juntamente com sua irmã D. Maria, a receber sentença do Rei para darem 100 libras anuais ao mosteiro de Celas, pela posse dos bens que ficaram de suas tias.
Casou com D. ISABEL FERNANDES PIMEMTEL.
Tivarem os seguintes filhos:


5.1 – D. Beatriz Fernandes Cogominho II, que casou com Gonçalo Nunes Camelo;

5.2 – D. Brites Fernandes Pimentel. (segue no título “Barreto”, ponto 5, página 130) (37)





















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(37) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de comclusão a genealogia do presente título.




























Título

“COELHO”


1 – D. MUNHO VIEGAS.
Casou com D. VALIDA TROITOSENDES, irmã de D. Pero Troitosendes de Pa[v]há.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


1.1 – D. Egas Moniz de Riba Douro. (segue)


2 – D. EGAS MONIZ DE RIBA DOURO, criou El-Rei D. Afonso Henriques.
Casou, em primeiras núpcias, com D. MAIOR PAES, filha de D. Suer [Gue]endes, que fez a Varzea.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


2.1 – D. Lourenço Viegas. (segue)


3 – D. LOURENÇO VIEGAS.
De D. ORTIGUEIRA teve o seguinte filho bastardo:


3.1 – Egas Lourenço de Riba Douro. (segue)


4 – EGAS LOURENÇO DE RIBA DOURO.
Casou com uma neta de D. Egas Paes de Penegate e de Boiro.
Tiveram os seguintes filhos:


4.1 – Soeiro Viegas Coelho ( de Riba Douro). (segue)

4.2 – Gomes Viegas Frade (de Riba Douro), que não se encontra documentado. Pelo contrário, a sua mulher, e parente, D. Teresa Gonçalves de Mós, é referida pelas inquirições de 1258 como compradora, no tempo d’El-Rei D. Sancho II, de uma herdade no termo de Tarouca. Possivelmente falecido ainda jovem, Gomes Viegas só teve uma filha, pelo que o apelido “Frade” pouco lhe sobreviveu;

4.3 – Gonçalo Viegas Magro (de Riba Douro), segundo o Conde D. Pedro teve três filhos de barregã;

4.4 – Pero Viegas (Magro ?) de Riba Douro, que casou com D. Esteves; (c.g.)

4.5 – D. Maria Viegas de Riba Douro, que casou com Pero Ourigues da Nóbrega;

4.6 – D. Marinha Viegas de Riba Douro, que casou com Fernão Ourigues da Nóbrega;

4.7 – D. Margarida Viegas de Riba Douro, que casou com Estêvão Pires de Cambra.


5 – SOEIRO VIEGAS COELHO (DE RIBA DOURO). Sabe-se que em 1232, juntamente com sua mulher, doou ao mosteiro de Tarouca alguns bens que possuíam em Várzea/Cinfães. Também parece ter tido bens no julgado de Canavezes, onde dois dos seus filhos foram criados.
Casou com D. MOR MENDES DE CANDAREI.
Tiveram os seguintes filhos:


5.1 – Pero Soares Coelho, que do seu casamento com D. Beatriz Anes Redondo não teve descendentes, parece ter possuído alguns bens no concelho de Cinfães, naturalmente herdados dos pais, e que partilhou com o seu irmão João Soares;

5.2 – João Soares Coelho; (segue)

5.3 – D. Maria Soares Coelho;

5.4 – D. Inês Soares Coelho, que casou com Gil Pires Feijó.


6 – JOÃO SOARES COELHO, cavaleiro, conselheiro e privado d’El-Rei D. Afonso III, e também trovador, é uma das figuras mais bem conhecidas da Corte do Bolonhês e, como tal, mereceu já a atenção de diversos autores. Nascido na primeira ou na segunda década do século XIII, aparece pela primeira vez em 1235, como vassalo do Infante D. Fernando de Serpa. Se, como se pensa, essa ligação se manteve até à morte de D. Fernando (1246), terá então vivido algum tempo em Castela, o que lhe proporcionou o contacto com a ambiência trovadoresca vivida na Corte do futuro Rei D. Afonso “o Sábio”. Regressado, entretanto, a Portugal, e desde a morte d’El-Rei D. Sancho II (1248), passou a fazer parte do grupo de privados d’El-Rei D. Afonso III, vindo a falecer, provavelmente, em finais de 1278. Prova significativa dessa “privança” é a doação régia de 1254, pela qual lhe é concedido o senhorio da vila de Souto de Riba de Homem. Para além dos bens situados entre o Lima e o Cávado, possuiu outros no julgado de Cinfães, e nas vilas de Leiria e de Beja.
Casou com D. MARIA FERNANDES D’ORDENS, natural da Galiza.
Tiveram os seguintes filhos:


6.1 – Pero Anes Coelho, cavaleiro que surge pela primeira vez em 1265, precisamente na Corte e ao lado do pai, a testemunhar um diploma relativo a D. Rui Garcia de Paiva, valido d’El-Rei D. Afonso III. Sendo o seu pai privado e conselheiro do mesmo rei, não espanta que Pero Anes tivesse sido escolhido para integrar a casa do Infante herdeiro, sendo referido em 1278, com uma soldada de 100 libras, como vassalo do Infante D. Dinis. A ligação ao novo monarca deu os seus frutos, uma vez que viria a exercer o importante cargo de meirinho-mor do Reino, entre 1296 e 1297. Quanto ao património, a sua localização não difere muito da de seu pai, ou seja, situado entre os rios Lima e Cávado, acrescido com o que herdara daquele em Cinfães, Leiria e Beja. As únicas variações referem-se a bens situados no julgado de Vermoim e da Feira, estes últimos seguramente obtidos pelo seu casamento. Pero Anes ainda vivia por ocasião das inquirições de 1307-11, mas em 1317 já falecera, ano em que Gil Fernandes, escudeiro, por dívidas suas, moveu um processo contra a sua mulher. Esta também não terá sobrevivido muitos mais anos, uma vez que é justamente daquele ano a última notícia que se conhece, relativa às partilhas que efectuou com uma irmã. Casou com D. Margarida Esteves da Teixeira; (c.g.)

6.2 – Fernão Anes Coelho, que foi clérigo;

6.3 – D. Mor Anes Coelho; (segue no título “Portocarreiro”, ponto 5, página 86)

6.4 – D. Maria Anes Coelho, que casou com Martim Afonso de Resende;

6.5 – D. Aldara Anes Coelho, que casou com Gonçalo Anes Correia;

6.6 – D. Urraca Anes Coelho, que casou com Soeiro Mendes Petite. (38)






















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(38) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.




































Título

“BRAGANÇA”


1 – PERO FERNANDES DE BRAGANÇA está documentado nas cortes d’El-Rei D. Afonso Henriques e d’El-Rei D. Sancho I entre 1169 e 1194, tendo sido mordomo-mor do primeiro desde 1169 até 1175. Várias vezes referido pelas inquirições de 1258, são de salientar as importantes doações com que beneficiou a ordem do Hospital, as quais foram feitas na companhia de sua mulher.
Casou com D. FRUILHE SANCHES DE BARBOSA.
Tiveram os seguintes filhos:


1.1 – Nuno Pires de Bragança; (segue)

1.2 – Fernão Pires de Bragança, que casou com uma dona das Astúrias; (c.g.)

1.3 – Vasco Pires de Bragança “o Veirão”;

1.4 – Garcia Pires de Bragança “o Ledrão”;

1.5 – D. Sancha Pires de Bragança, que casou com Hermígio Mendes de Riba Douro;

1.6 – D. Teresa Pires de Bragança, que foi barregã do Infante D. Afonso de Molina, casando depois com Afonso Hermiges de Baião.


2 – NUNO PIRES DE BRAGANÇA, que está muito pouco documentado, sabendo-se apenas que, antes de 1208, cedera a sua irmã D. Sancha a parte que detinha no couto de Anta, freguesia de S. Martinho de Anta, concelho de Sabrosa.
De D. MARIA FOGAÇA teve os seguintes filhos naturais:


2.1 – Rui Nunes de Bragança “Coldre”, que apenas surge referido através das inquirições, quer nas de 1258 quer nas Sentenças de 1290. Casou e teve descendência;

2.2 – Fruilhe Nunes de Bragança. (segue no título “Chacim”, ponto 1, página 143) (39)


















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(39) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi reirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.
Título

“CUNHA”


1 – LOURENÇO FERNANDES encontra-se documentado entre 1171 e 1225, período esse em que fez uma larga série de compras, reunindo um importante património fundiário situado nos actuais concelhos de Barcelos, Braga, Póvoa do Varzim, Vila do Conde, Guimarães, Santo Tirso, Coimbra, Tábua e Águeda. Grande parte deste património foi destruído, quer em 1210, por iniciativa d’El-Rei D. Sancho I, quer em 1214, por diversas violências perpetradas por parentes seus. Faleceu entre 1225 e 1228.
Casou com D. SANCHA LOURENÇO DE MACIEIRA.
Tiveram os seguintes filhos:


1.1 – Martim Lourenço da Cunha; (segue)

1.2 – Vasco Lourenço da Cunha, cavaleiro presente na corte em 1252, teve bens nos julgados de Faria e de Penafiel de Bastuço. Tal como seus irmãos, terá sido herdado em Tábua, e alguns daqueles deixaram-lhe a parte que ali tinham. Casou com D. Teresa Pires de Portugal; (c.g.)

1.3 – Gomes Lourenço da Cunha, que, segundo o Conde D. Pedro, “foi muito honrado e de gram fazenda, e foi padrinho d’El-Rei D. Dinis de Portugal”. Quanto à primeira informação, não é difícil de admitir, como se verá a propósito do seu património; quanto à segunda, e aceitando que o Conde saberia quem foi o padrinho do próprio pai, os dados não deixam antever relações muito amistosas entre Gomes Lourenço e os seus “comprade e afilhado”: assim, em 1275, El-Rei D. Afonso III ordenou ao seu juíz que averiguasse se as compras que Gomes Lourenço e os seus irmãos e sobrinhos faziam no couto de S. Simão da Junqueira não prejudicavam o mosteiro; em 1277, o mesmo monarca ordenou-lhe directamente que pusesse termo aos abusos e violências que Gomes Lourenço praticava contra o mosteiro de Celas e que indemnizasse a prioresa; em 1285, El-Rei D. Dinis condenou-o em 4 libras de custas por ter feito citar a prioresa do referido mosteiro sobre uma questão já anteriormente decidida contra si, e, nesse mesmo ano, perdeu para o Rei a posse de metade da igreja de S. Miguel da Cunha, mantendo a outra metade. Gomes Lourenço frequentou a Corte, conjuntamente com irmãos e sobrinhos.
Em 1265, em Coimbra, assistiu à perfilhação feita por D. Diogo Lopes de Baião de uma filha bastarda. Quanto ao património, é inegável que teve uma “grande fazenda”, a crer nas informações deixadas por alguns documentos avulsos e, acima de tudo, pelas inquirições de 1258 e de 1288-90. Composto por honras, quintãs e vários casais, localizava-se nos dois núcleos “familiares”, ou seja, em Coimbra e, em clara concentração, entre os rios Cávado e Douro, nos julgados de Neiva, Faria, Penafiel de Bastuço, Vimieiro, Guimarães, Felgueiras, Lousada, Penafiel de Sousa e Santa Cruz de Riba Tâmega.
Testamenteiro de vários indivíduos, entre os quais alguns dos seus irmãos, também por esta via recebeu alguns bens, para além, como é óbvio, através dos seus dois casamentos. Casou, em primeiras núpcias, com D. Teresa Gil de Arões (c.g.). Casou, em segundas núpcias, com D. Maria Martins do Vinhal (s.g.);

1.4 – João Lourenço da Cunha, cavaleiro criado no lugar da freguesia do Carvalhal, no julgado de Faria, e onde, segundo as inquirições de 1258, teve bens e cometeu usurpações e violências. Em 1266 foi testemunha de uma doação feita por Dom Diogo Lopes de Baião a favor da ordem do Templo. Ainda vivo em 1269, faleceu antes de 1275. Em data que se desconhece fez testamento, deixando por herdeiros os seus irmãos; (s.g.)

1.5 – Egas Lourenço da Cunha, privado d’El-Rei D. Sancho II e d,El-Rei D. Afonso III, foi tenente de Penafiel de Bastuço, confirmando diplomas régios entre 1245 e 1260. Tendo acompanhado aquele primeiro monarca até Toledo, onde testemunhou o seu testamento (1248), já em 1249 estava ao lado do Bolonhês, acompanhando-o na derradeira campanha de reconquista, testemunhando, em Faro, uma doação feita a favor de D. João de Aboim. Os seus bens distribuíam-se pelos concelhos de Braga, Vila Nova de Famalicão, Albergaria-a-Velha, Oliveira de Azeméis, Tábua e Coimbra. Teve uma filha de gaança;

1.6 – D. Mor Lourenço da Cunha, que casou com Estêvão Lavandeira Malhoo;

1.7 – D. Sancha Lourenço da Cunha, que foi freira de Vairam. Levou-a Pero Talvai, tendo sido deserdada pelo pai;

1.8 – D. Urraca Lourenço da Cunha, que casou com Martim Martins Dade;

1.9 – D. Maria Lourenço da Cunha; (c.g.)

1.10 – D. Marinha Lourenço da Cunha; (s.m.n.)

1.11 – Domingos Lourenço da Cunha. (c.g.)


Lourenço Fernandes teve dois filhos bastardos:


1.12 – Vicente Lourenço da Cunha, faleceu em 6 de Fevereiro de 1223, tendo vendido à Sé de Coimbra bens situados nos concelhos de Tábua, de Arganil e de Oliveira de Azeméis. Não parece ter tido descendência;

1.13 – D. Maria Lourenço da Cunha. (s.m.n.)


2 – MARTIM LOURENÇO DA CUNHA, cavaleiro presente em Toledo, em 1248, às últimas vontades d’El-Rei D. Sancho II, acompanhado pelo seu irmão Egas Lourenço, não parece ter frequentado, como este, a corte do Bolonhês. Regressando ao Reino, onde desde 1241, pelo menos, se encontrava, parece ter vivido nas terras de Faria, onde se concentrava a maior parte do seu património. De resto, as inquirições de 1258 são muito claras em afirmar que foi Martim Lourenço o fundador da honra de Cunha a Nova, na freguesia de Santo André de Parada, no julgado de Faria. No julgado de Refóios de Riba de Ave, na freguesia de S. Tomé de Negrelos, teve a quintã do Paço. Em 1276 comprou uma herdade na freguesia de Bagunte, concelho de vila do Conde. Em data desconhecida, mas anterior a 1282, fez testamento, pedindo para ser enterrado em S. Simão da Junqueira.
Casou com D. SANCHA GARCIA DE PAIVA.
Tiveram os seguintes filhos:


2.1 – João Martins da Cunha, cavaleiro da Cunha que em 1267, com os seus irmãos, confirmou a alforria concedida por seus pais, e que antes de 1282 foi, também com aqueles, nomeado testamenteiro por seu pai. Casou, em primeiras núpcias, com D. Maria Soares de Azevedo (c.g.), e, em segundas núpcias, com D. Sancha Vasques Pimentel; (c.g.)






















Brasão de armas dos Cunhas (40)


Escudo: de oiro, nove cunhas de azul com os gumes para cima. T.: grifo nascente de oiro, alado de azul e semeado de cunhas entrecambadas dos mesmos esmaltes. E.: de prata, aberto, guarnecido de oiro, forrado de vermelho e correia do mesmo. P. e V. de oiro e azul.

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(40) Livro da nobreza e perfeição das armas, editado em 1987.
2.2 – Lourenço Martins da Cunha; (segue)

2.3 – Gonçalo Martins da Cunha “o Camelo”; (segue no título “Camelo”, ponto 1, página 253)

2.4 – Fernão Martins da Cunha, cavaleiro e vassalo da casa do Infante D. Dinis, em 1278, também foi nomeado testamenteiro pelo seu pai. Teve bens no julgado de Entre-Homem-e-Cávado, em terras de Vouga e em Penacova. Teve a quintã de Bastuço, no julgado de Faria, que depois foi de seu sobrinho Rui Anes. Casou com D. Ouroana Pires Velho; (c.g.)

2.5 – D. Maria Martins da Cunha, que casou com Gonçalo Pires de Portocarreiro;

2.6 – D. Sancha Martins da Cunha, que foi monja em Celas, falecendo antes de 1309;

2.7 – D. Maria Viegas da Cunha, que casou com Aires Gomes de Encourados;

2.8 – D. Estevainha Viegas da Cunha, desconhecida pelos livros de linhagem, a quem D. Urraca Lourenço, irmã de seu pai, deixou todos os bens que restassem após o cumprimento das restantes doações testamentárias, bens que repartiria com Gomes Lourenço, também seu tio.(41)




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(41) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.
Título

“ALVARENGA”


1 – EGAS AFONSO DE RIBA DOURO (ver título “Lumiares”, ponto 1.2, página 97), rico-homem como seu pai, surge pela primeira vez na Corte em 1179, sendo depois tenente de Sanfins (1189) e de Lafões (1199).
Casou com D. SANCHA PAIS CURVO, filha do senhor de Toronho.
Tiveram os seguintes filhos:


1.1 – Lourenço Viegas de Alvarenga, que se deverá poder identificar com um homónimo, tenente da Guarda em 1203. Que era próximo d’El-Rei D. Sancho I, se pode deduzir do facto de o monarca se ter empenhado no seu casamento com D. Mor Pais, de linhagem desconhecida mas que tinha sido criada em casa do Rei, como este expressamente refere na doação que fez ao casal, em Outubro de 1205, da vila de Lourosa, no termo de Lafões. D. Lourenço Viegas e sua mulher, que as inquirições de 1258 referem pelos abusos cometidos na freguesia de Ribafeita, comarca de Viseu, tiveram geração;

1.2 – Paio Viegas de Alvarenga; (segue)

1.3 – Gomes Viegas de Alvarenga, surge em 1212 como vassalo da Raínha D. Sancha ou de D. Gonçalo Mendes de Sousa. Neste mesmo ano vendeu ao irmão, Lourenço Viegas, uma herdade no julgado de Sanfins. Em 1229, com o acordo da sua irmã D. Mor Viegas, doou à ordem de Calatrava um casal sito em Alvarenga;

1.4 – Pero Viegas de Alvarenga, que de uma barregã proveniente de Toronho, teve descendência;

1.5 – D. Aldara Viegas de Alvarenga, que casou com Lopo Afonso de Baião;

1.6 – D. Mor Viegas de Alvarenga, que se encontra documentada em 1229.


2 – PAIO VIEGAS DE ALVARENGA, que só se conhece através das inquirições de 1288, as quais referem que teve uma quintã em Sande, freguesia de Santiago de Sande, julgado de Lamego, que àquela data pertencia a Salzedas, à Sé de Lamego e a fidalgos.
Casou com D. TERESA ANES DE RIBA DE VIZELA. (ver título “Riba de Vizela”, ponto 3.6, página 63)
Tiveram os seguintes filhos:


2.1 – Pero Pais de Alvarenga, rico homem da Corte d’El-Rei D. Afonso III, foi tenente de Sanfins (1258). Data de 1248 o primeiro documento em que é referido, sendo então obrigado, por sentença, a entregar uma herdade ao cabido lamecense. Este terá sido um dos abusos cometidos por D. Pero Pais durante o conturbado reinado d’El-Rei D. Sancho II. Casou, antes de 1261, com D. Guiomar Afonso Gato, sua prima. Em 1270 fazem ambos um escambo com D. Mor Afonso, irmã de D. Guiomar, dando-lhe tudo o que tinham em Vila Verde, no termo de Paiva, em troca por tudo o que aquela recebera dos pais em S. Martinho de Mouros. Viviam ainda em 1284, e é possível que tenham sido sepultados, pelo menos Pero Pais, no mosteiro de Vila Nova do Bispo; (c.g.)

2.2 – Lourenço Pais de Alvarenga, que, tal, como seu primo Gomes Pires, esteve presente na conquista de Sevilha e é referido pelo respectivo “repartimiento”, foi tenente de Parada, pela mão do sogro, D. Pero Fernandes Portugal. Foi também autor de diversos roubos e malfeitorias – talvez alguns em parceria com o irmão – condenados pelo monarca: assim, em 1279, El-Rei D. Dinis ordenou ao juíz de Sanfins que o obrigasse a entregar ao mosteiro de Tarouquela 2 casais que trazia sonegados à força; no ano seguinte, a 8 de Outubro, foi a vez de o vigário de Lamego pronunciar uma sentença contra ele, por não cumprir um legado testamentário deixado pela mulher à Sé de Lamego, a qual foi enviada ao meirinho-mor do Reino, Vasco Martins Pimentel. Notável, porém, é o seu testamento, datado de 16 de maio de 1280, e no qual, para além de designar o mosteiro de Vila Boa do Bispo para local de sepultura, o próprio Lourenço Pais admite muitos desses roubos deixando mais de 900 libras para os remir. Lourenço Pais pouco tempo sobreviveu à sua “manda”, falecendo antes de 23 de Abril do ano seguinte. Foi casado com D. Mafalda Pires Portugal; (c.g.)

2.3 – D. Sancha Pais de Alvarenga, que casou, em primeiras núpcias, com Nuno Mendes Queixada. (segue no título “Barreto”, ponto 2, página 126) (42)









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(42) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.



































Título

“BARRETO”


1 – GOMES MENDES BARRETO (ver título “Velho”, pomto 5.1, página 51), criado no julgado de Faria, frequentou a corte de El-Rei D. Sancho I, onde se encontrava em 1208, sendo referido como alcaide de Leiria em 1211; várias vezes citado pelas inquirições de 1220 e 1258, teve bens situados, entre outros, nos julgados de Neiva, de Aguiar de Neiva e de Santo Estêvão da Facha.
Casou com D. CONSTANÇA PAIS GABERE. (ver título “Gravel – Gabere”, ponto 3.2, página 78)
Tiveram os seguintes filhos:


1.1 – João Gomes Barreto, que esteve presente na conquista de Faro, em 1249, e se encontra documentado na corte do Bolonhês entre aquele ano e 1258, deve ter falecido antes de 1265. Neste ano a sua mulher, D. Sancha Pires de Vasconcelos, com quem se encontrava casado, pelo menos desde 1251, fez um escambo com a abadessa de Arouca, Dona Mor Martins, sem o referir. A presença de João Gomes na corte coincidia com a presença desta em Santarém, onde aquele residia e teve bens, ou em diplomas relativos a Dom João de Aboim. (s.g.)

1.2 – Fernão Gomes Barreto; (segue)

1.3 – Paio Gomes Barreto, foi freire da ordem do Templo, onde ingressou pela mão do próprio mestre Dom Gualdim Pais, seu tio-avô, e foi comendador de Castelo Branco, entre 1261 e 1267;
1.4 – D. Sancha Gomes Barreto, que casou com Soeiro Pires Carnes;

1.5 – Nuno Gomes Barreto, jurista e mestre-escola da Sé de Lisboa, foi criado pelo arcebispo D. Estêvão Soares da Silva.


2 – FERNÃO GOMES BARRETO, cuja presença na corte, entre 1248 e 1259, foi praticamente contemporânea da do irmão, também partilhou vários bens que já foram referidos a respeito de João Gomes; deteve bens da ordem do Templo, bens que devolveu em 1265. A última notícia sobre Fernão Gomes, ainda vivo, data de 1266 quando, juntamente com o seu filho João Fernandes e o seu primo Lopo Afonso Gato, testemunhou uma doação feita por Diogo Lopes de Baião aos Templários. Faleceu antes de 1272.
Casou com D. SANCHA PAIS DE ALVARENGA. (ver título “Alvarenga”, ponto 2.3, página 123)
Tiveram os seguintes filhos:


2.1 – Martim Fernandes Barreto; (segue)

2.2 – Gil Fernandes Barreto, que foi freire do Templo, mas onde só ingressou depois de 1290, já que até esse ano é sempre referido como “miles” ou como cavaleiro. Em 1293 já é referido como freire do Templo e depois, entre 1294 e 1305, alternadamente como comendador de Soure e de Castelo Branco; a última notícia sobre Gil Fernandes é de 1324, já como freire da ordem de Cristo;

2.3 – Estêvão Fernandes Barreto, cavaleiro entre 1277 e 1290, foi também trovador – e contemporâneo de João Pires Velho e de Fernão Rodrigues Redondo, seus primos e também trovadores – sendo conhecida uma cantiga de escárnio da sua autoria. A referência mais tardia que se conhece para Estêvão Fernandes data de 1294, quando testemunhou a doação do paul de Magos, feita ao Rei pelo concelho de Santarém, Deve ter vivido nesta vila, aí casando, mas “nom como devera”, com D. Joana Esteves de Santarém. O fraco “brilho” desta aliança estará espelhado na escassez de elementos apurados sobre os seus numerosos filhos;

2.4 – João Fernandes Barreto, omitido pelos nobiliários e que só se conhece por ter testemunhado, junto do pai, uma doação feita por Dom Diogo Lopes de Baião, em 1266, à ordem do Templo;

2.5 – D. Estevainha Fernandes Barreto, que casou com João Pires de Barbosa;

2.6 – D. Constança Fernandes Barreto, que casou com Gil Fernandes Cogominho.


3 – MARTIM FERNANDES BARRETO, “miles” referido pela primeira vez em 1277 quando, com a mãe e o irmão Estêvão Fernandes, foi intimado pelo Rei a propósito de um pleito que mantinham com a ordem de Avis. E, 1284, Martim Fernandes, por ele, e em nome da mãe e da mulher, surge envolvido numa disputa com o concelho de Santarém pela posse das lezírias da Valada, decidida a favor do dito concelho por carta régia de 25 de Abril desse ano. Os litígios em que se envolveu, porém, não ficaram por aqui. Com efeito, dez anos depois, o bispo do Porto deu uma sentença contra ele e o cavaleiro Estêvão Raimundes de Potocarreiro, ambos acusados de terem forçado as portas do mosteiro de Pedroso e de ali terem roubado várias coisas – a pretexto de serem padroeiros, o que se provou ser falso – obrigando-os a pagar os prejuízos sob pena de excomunhão. Filho de um nobre da corte de El-Rei D. Afonso III e casado, já em 1284, com uma neta de um mordomo-mor de El-Rei D. Dinis (que a tivera antes por barregã), não é de estranhar a presença de Martim Fernandes na corte dionisina, onde se encontrava em 1298. Pouco se sabe sobre o seu património, para além da posse de parte da quintã de Vila Châ, no julgado de Vila Chã de Riba de Cávado, que herdara do pai de quem, naturalmente, também terá recebido bens em Santarém.
Casou com D. MARIA RODRIGUES DE CHACIM. (ver título “Chacim”, ponto 3.2, página 147)
Tiveram os seguintes filhos:


3.1 – Nuno Martins Barreto; (segue)

3.2 – Gil Martins Barreto, que casou, em primeiras núpcias, com D. Alda Rodrigues de Azambuja, e, em segundas núpcias, com D. Elvira Gonçalves de Alvelos; teve apenas uma filha do primeiro matrimónio;

3.3 – Afonso Martins Barreto, que casou com D. Leonor Fernandes Bugalho;

3.4 – Álvaro Martins Barreto, provavelmente emigrado para Castela, já que a única informação disponível refere-o casado em Sevilha e sem filhos;

3.5 – D. Sancha Martins Barreto;

3.6 – D. Constança Martins Barreto, que casou com Raimundo Anes Bochardo;

3.7 – D. Beatriz Martins Barreto.


4 – NUNO MARTINS BARRETO, cavaleiro que ficou conhecido, sobretudo, pela activa participação nos conflitos que opuseram El-Rei D. Dinis ao Infante D. Afonso, de quem Nuno Martins foi vassalo. A sua presença na corte dionisina é natural, atendendo aos antecedentes familiares, como é normal que pertencesse à casa do Infante herdeiro. No entanto, a primeira notícia que se conhece a seu respeito não faria suspeitar os excessos que, depois, viria a cometer. Com efeito, ainda em Julho de 1319 – ano em que começa a guerra civil – Nuno Martins recebeu uma prova do apreço régio, quando o monarca ordenou que fossem vendidos bens de Gil Fernandes Cogominho, casado com D. Constança Esteves Barreto, prima de Nuno, até ao valor de 150 libras, quantia que estes lhes emprestara. Mas, o certo é que, no ano seguinte, já Nuno Martins acompanhava o bando do Infante, sendo por este enviado a El-Rei D. Dinis para apresentar na corte as provas – falsas – que demonstravam que o bastardo D. Afonso Sanches tinha mandado envenenar o herdeiro da coroa. Seria no ano seguinte, porém, que Nuno Martins protagonizaria um dos gestos mais violentos e escandalosos da guerra civil de 1319-24. Acompanhado por Afonso de Novais assassinou, a 5 de Março na vila de Estremoz, o bispo de Évora D. Geraldo, de acordo com o rol de queixas apresentado na corte pelo monarca, contra o filho, a 15 de Maio de 1321. Pouco se sabe sobre o seu património, para além de uma herdade que em 1330 detinha, a meias com a filha, no julgado de Faria.
Casou, em primeiras núpcias, com D. MARIA ANES da Aldeia do Alcaide, neta materna de Dom Lourenço Soares de Valadares.
Tiveram a seguinte filha:


4.1 – D. Berengária Nunes Barreto; (segue no título “Pereira”, ponto 5, página 94)


Casou, em segundas núpcias, com D. BERENGÁRIA RODRIGUES (TELES) RAPOSO, prima dos Condes de Barcelos.
Tiveram os seguintes filhos:


4.2 – Gomes Nunes Barreto; (s.m.n.)

4.3 – Álvaro Nunes Barreto; (s.m.n.)

4.4 – Gonçalo Nunes Barreto. (segue)


5 – GONÇALO NUNES BARRETO, foi fidalgo muito honrado no tempo dos Reis D. Afonso IV, D. Pedro I e D. Fernando I, senhor de Sarnache dos Alhos, alcaide-mor de Montemor-o-Velho, por mercê Del-Rei D. Pedro I, no ano de 1359.
Casou com D. BRITES FERNANDES PIMENTEL. (ver título “Cogominho”, ponto 5.2, página 105)
Tiveram os seguintes filhos:


5.1 – Diogo Gonçalves Barreto; (c.g.)

5.2 – Gil Barreto. (segue)


6 – GIL BARRETO.
Casou com D. JÚLIA PESSANHA. (ver título “Pessanha”, ponto 2.3, página 159)
Tiveram os seguintes filhos:


Brasão de armas dos Barretos (43)



Escudo: de prata semeado de arminhos. T.: busto de donzela de encarnação, sem braços, vestida de arminhos, com os cabelos loiros caídos. E.: de prata, aberto, guarnecido de oiro, forrado de castanho e correias do mesmo. P. e V. de prata e negro.


6.1 – Gonçalo Nunes Barreto; (s.m.n.)


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(43) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.
6.2 – André Gil Barreto. (segue)


7 – ANDRÉ GIL BARRETO foi dos principais fidalgos do Infante D. Pedro, Regente do Reino, Duque de Coimbra e senhor de Aveiro, filho d’El-Rei D. João I, e vedor das obras do Reino. Trazia as armas dos Barretos (conforme constava do livro de Luís da Gama Ribeiro Rangel de Quadros e Maia) e vivia em 1457, conforme consta da instituição da capela de S. Brás, em Aveiro, por Fernão Vaz Agomide; contador dos Reis D. João I, D. Duarte e D. Afonso V, a quem serviu durante mais de 65 anos (consta da dita instituição da capela, que está no tombo da Provedoria de Esgueira, fl. 88 vsº, livro 1). O Infante D. Pedro fez mercê a este André Gil Barreto das Vessadas de Paradela para ele e sua segunda mulher e para todos os seus filhos, netos ou herdeiros que estavam no concelho de Recardães e no Casal da Orta e lugar de Ancas, tudo no dito concelho.
Casou, em primeiras núpcias, com D. ANTÓNIA DE MELO, filha de Pedro Lourenço Ferreira, senhor de Povolide e Castro Verde, por alcunha “o mata judeus”, e de sua mulher D. Maria de Melo, filha de Martim Afonso de Melo, guarda-mor d’El-Rei D. João I, alcaide-mor de Évora e Olivensa, senhor de Arada e Barbacena e de outras terras, filho de Vasco Martins de Melo, rico-homem, senhor de Castanheira e Povos, e de D. Maria Afonso de Brito, filha de Martim Afonso de Brito.
Tiveram os seguintes filhos:


7.1 – Nuno Gil Barreto; (segue no título “Quadros”, ponto 3, página 172)

7.2 – D. Brites Gil Barreto.


Casou, em segundas núpcias, com D. Teresa Anes.
Tiveram o seguinte filho:


7.3 – Diogo Barreto, que casou com outra Teresa Anes. (44)





























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(44) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.




































Título

“MENESES”


1 – D. TEL PIREZ, sucedeu na casa de seu pai, foi rico-homem, senhor do castelo de Magalon, que trocou com o Rei de Castela D. Afonso VIII, pelas vilas de Meneses, Vila Nova, S. Romão, outras muitas terras e umas casas em Cuenca, no ano de 1188. Serviu D. Afonso IX, foi um dos ricos-homens que assistiram às pazes feitas no ano de 1195 com o Rei de Aragão e enviado a França para buscar a Raínha D. Leonor, mulher do mesmo Príncipe, e fundador do hospital de Villamartim, onde fez vida santa.
Casou com D. URRACA GARCIA D’OREA.
Tiveram, os seguintes filhos:


1.1 – D. Afonso Telez (de Meneses) “o Velho”; (segue)

1.2 – D. Suer Telez de Meneses, casou com D. Maria Guterrez de Castro (ver título “Castro”, ponto 7.2, página 38). (c.g.)


2 – D. AFONSO TELEZ (DE MENESES) “o Velho”, que povoou Albuquerque; faleceu em Espanha no ano de 1230.
Casou, em primeiras núpcias, com D. Elvira Rodrigues Girão, filha de Rui Gonçalves Girão.
Tiveram os seguintes filhos:


2.1 – D. Afonso Telez de Córdova, casou com D. Maria Anes, filha
de D. João Fernandes de Lima e de D. Maria Pais Ribeira, que fora
antes barregã de El-Rei D. Sancho I de Portugal; (c.g.)

2.2 – D. Telo Afonso (de Meneses), casou com D. Teresa Rodrigues Girão; (s.g.)

2.3 – D. Mor Afonso (de Meneses); (s.m.n.)

2.4 – D. Teresa Afonso (de Meneses). (s.m.n.)


Casou, em segundas núpcias, com D. TERESA SANCHES (ver título “Reis de Portugal”, ponto 2.19, página 21).
Tiveram os seguintes filhos:


2.5 – D. João Afonso Telo (de Meneses); (segue)

2.6 – D. Afonso Telez Tizom (de Meneses); (c.g.)

2.7 – D. Martim Afonso Telo (de Meneses);

2.8 – D. Maria Afonso (de Meneses), abadessa de Guadafez.


3 – D. JOÃO AFONSO TELO (DE MENESES), 2º. Senhor de Albuquerque.
Casou com D. ELVIRA GONÇALVES GIRÃO, filha de D. Gonçalo Rodrigues Girão.
Tiveram os seguintes filhos:


Igreja de Nª. Senhora de Tovar, em Meneses
de Campos, Espanha. (45)



3.1 – D. Rodrigues Eanes (de Meneses); (segue)

3.2 – D. Gonçalo Eanes (de Meneses) “Raposo”; casou com D. Urraca Fernandes, filha de D. Fernão Anes de Lima e de D. Teresa Anes; (c.g.)



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(45) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem e a seguinte informação: a igreja de Nª. Senhora de Tovar, em Meneses de Campos (Palencia), Espanha, consta de duas partes: uma do século XI (românica), que formou parte do palácio dos Tellez de Meneses, e outra do século XVI (gótica).
4 – D. RODRIGUES EANES (DE MENESES), 3º. Senhor de Albuquerque.
Casou com D. TERESA MARTINS DE SOVEROSA.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


4.1 – D. João Afonso Telo de Meneses. (segue)


5 – D. JOÃO AFONSO TELO DE MENESES, 1º. Conde de Barcelos (08.05.1298 – El-Rei D. Dinis), faleceu em 05.05.1304, sendo sepultado em Pombeiro; foi 4º. Senhor de Albuquerque, Medellin e Alconchel, a quem El-Rei D. Dinis doou a vila de Barcelos e seu termo, concedendo-lhe o título de Conde. Foi este o primeiro condado territorial que houve em Portugal; foi mordomo-mor do Rei, nomeado em Estremoz a 20.03.1302.
Casou com D. TERESA SANCHES.
Tiveram os seguintes filhos:


5.1 – D. Teresa Martins (de Meneses);

5.2 – D. Violante Sanches (de Meneses), casou com D. Martim Gil de Sousa, 2º. Conde de Barcelos, título concedido e doação correspondente, por El-Rei D. Dinis a 15.04.1304, filho de Martim Gil “de Riba de Vizela” e de D. Emília;

5.3 – D. Margarida Anes Afonso de Meneses.

5.1 – Rui Gonçalvez (de Meneses) “Raposo”, casou com D. Nuniz d’Aça; (c.g.)

6.2 – João Gonçalvez (de Meneses) “Raposo”, casou com D. Teresa Álvares; (c.g.)

6.3 – D. Afonso Martins Telez (de Meneses); (segue)

6.4 – D. Beatriz Gonçalvez (de Meneses), casou com João Pires da Nóvoa; (c.g.)

6.5 – D. Sancha Gonçalvez (de Meneses), casou com João Fernandes Coronel; (s.m.n.)

6.6 – D. Maria Gonçalvez (de Meneses) , casou com Gonçalo Eanes de Aguiar. (c.g.)


7 – D. AFONSO MARTINS TELEZ (DE MENESES).Foi rico-homem de Castela e depois de Portugal e alcaide de Marvão; faleceu em 1307.
Casou com D. BERENGUELA LOURENÇO DE VALADARES. (ver título “Valadares”, ponto 5.3, página 58)
Tiveram os seguintes filhos:


7.1 – D. João Afonso Telo de Meneses; (segue)

7.2 – D. Martim Afonso Telo (de Meneses), que nasceu cerca de 1310 e faleceu em Toro a 25.01.1356; foi mordomo-mor da Raínha D. Maria de Castela. Casou com D. Aldonça Anes de Vasconcelos. (c.g.)

7.3 – D. Maria Afonso Telo de Meneses.


8 – D. JOÃO AFONSO TELO DE MENESES, 4º. Conde de Barcelos a 10.10.1357 (D. Pedro I) e 1º. Conde de Ourém, entre 1370/1371 (D. Fernando I); faleceu pelo Natal de 1381, sendo sepultado na Igreja da Graça, em Santarém. Foi alferes-mor do Reino, por carta de 10.10.1357, senhor donatário da jurisdição da honra de Britiande, do padroado de S. Lourenço do Bairro, dos direitos reais de Óis da Ribeira, da vila do Peral, da vila do Cadaval, das de Ançã, Torres Novas e seu termo.Fundou em 1376 o convento de Santo Agostinho, em Santarém.
Casou com D. GUIOMAR LOPES DE VILALOBOS (ver título “Vilalobos”, ponto 8.1, página 76), que morreu depois de 22.08.1404. Estão sepultados na igreja da Nossa Senhora da Graça, em Santarém.
Tiveram os seguintes filhos:


8.1 – D. João Afonso Telo (de Meneses), 1º. Conde de Viana do Alentejo, título dado por El-Rei D. Fernando I antes de 19.03.1373; sucedeu em parte da casa de seu pai, mas não nos condados de Barcelos e de Ourém, que mudaram de dono. Tomou voz por D. João I de Castela, após a morte de El-Rei D. Fernando I, tendo este monarca dado-lhe as alcaidarias de Miranda do Corvo e Penela. Veio a morrer miseravelmente nas cercanias desta última vila, nos princípios de 1384; (c.g.)


8.2 – D. Afonso Telo de Meneses, 5º. Conde de Barcelos, por carta de 20.03.1372, com doação das terras e julgados de Refóios, Santo Tirso, Aguiar de Sousa, Lousada, Felgueiras, Vila Boa, Rosas, Vieira, Lanhoso, Entre Homem-e-Cávado e Regalados. Nesta data, seu pai passou a usar apenas o título de Conde de Ourém. Faleceu em vida de seu pai, solteiro e sem geração, pelo que o título reverteu a este;
8.3 – D. Leonor (de Meneses); (segue no título “Castro”, ponto 13, página 44)

8.4 – D. Telo (de Meneses). (s.m.n.)




Brasão de armas dos Meneses (46)





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(46) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a presente imagem.
Escudo: escudo de justa, de oiro adamascado. T.: donzela nascente de encarnação, toucada de azul, vestida de oiro, tendo um escudete das armas suspenso da mão dextra por um cordão de vermelho e amparado inferiormente pela mão sinistra. E.: de prata aberto, guarnecido de oiro, forrado de azul, correias de azul. P. e V. de oiro. (47)





























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(47) Livro da nobreza e perfeiçãi das armas, editado em 1987.
Título

“CHACIM”


1 – MARTIM PIRES DE CHACIM.
Casou com D. FRUILHE NUNES DE BRAGANÇA. (ver título “Bragança”, ponto 2.2, página 114)
Tiveram os seguintes filhos:


1.1 – Nuno Martins de Chacim; (segue)

1.2 – Álvaro Martins de Chacim; (s.m.n.)

1.3 – D. Maria Martins de Chacim, que casou com Rui Pires Rebotim;

1.4 – D. Sancha Martins de Chacim, que casou com Nuno Garcia de Touro; depois de enviuvar entrou para o mosteiro de Santos, sendo referida como comendadeira entre 1278 e 1283.


2 – NUNO MARTINS DE CHACIM, rico-homem, tenente de Bragança (1265-1284), meirinho-mor (1261-1276) d’El-Rei D. Afonso III e mordomo-mor (1279-1284) muito honrado e privado d’El-Rei D. Dinis e seu adeantado entre Douro e Minho e na Beira, e também seu aio. Os seus bem concentravam-se maioritariamente em terras transmontanas, desde Chaves a Bragança. Armado cavaleiro por D. Fernando Garcia de Bragança, por volta de 1237-38, Nuno Martins acabaria por controlar uma boa parte das propriedades da família materna, sobretudo através de esbulhos e de usurpações, atitudes facilitadas pela situação de anarquia que se viveu no país durante o reinado d’El-Rei D. Sancho II mas não menos, seguramente, pelas posições de destaque que ocupou durante os reinados d’El-Rei D. Afonso III e d’El-Rei D. Dinis. Deverá ter falecido pouco depois de Janeiro de 1284, e está sepultado no mosteiro beneditino de Castro de Avelãs, centro espiritual e simbólico dos velhos Bragançãos.
Casou, em primeiras núpcias, com D. Sancha Pires Correia.
Tiveram os seguintes filhos:


2.1 – D. Maria Nunes de Chacim, que casou com Fernão Esteves Pintalho;

2.2 – D. N. Nunes de Chacim, senhora da qual os livros de linhagens desconheciam o nome;

2.3 – Gomes Nunes de Chacim, que foi “creligo mui boo e muito honrado”.


Casou, em segundas núpcias, com D. TERESA NUNES QUEIXADA.
Tiveram os seguintes filhos:


2.4 – Heitor Nunes de Chacim, cavaleiro que surge como meirinho-mor de Entre-Douro-e-Minho em 1299; casou com D. Marquesa Gil de Soverosa; (s.g.) (deixou um filho bastardo de D. Maria Fernandes)

2.5 – Álvaro Nunes de Chacim, que em 1278 fazia parte da casa do Infante D. Dinis. Segundo os nobiliários medievais, foi casado e não teve descendência;
2.6 – Gil Nunes de Chacim, que como seu irmão também fez parte da casa do Infante herdeiro; casou com D. Maria Martins Zota; (c.g.)

2.7 – Sancho Nunes de Chacim, cavaleiro que casou com D. Teresa Vasques Zagomba, com quem surge em 1284 a conceder uma carta de aforamento colectivo sobre a herdade da Veiga, no termo de Panoias. Nos anos seguintes, o casal procedeu à venda de alguns bens de D. Teresa Vasques a favor de D. Sancho Pires Froião, deão e depois bispo do Porto. Quanto aos bens de Sancho Nunes, as Sentenças de 1290 registam alguns casais e duas quintãs nos julgados de Baião e Panoias. Falecido antes de 1302, a sua mulher ainda lhe sobreviveu alguns anos; (c.g.)

2.8 – D. Sancha Nunes de Chacim; (segue no título “Valadares”, ponto 5, página 58)

2.9 – D. Urraca Nunes de Chacim, que casou com Martim Anes do Vinhal; depois de enviuvar entrou para o mosteiro de Santos, onde já se encontrava em 1293, chegando a ocupar o cargo de comendadeira entre as anos de 1314 e de 1319;

2.10 – D. Teresa Nunes de Chacim, que casou com Fernão Pires de Barbosa;

2.11 – Pero Nunes de Baião (Chacim), que só se conhece através de documentos relativos a seu neto, os quais afirmam que era tio de Branca Lourenço de Valadares;

2.12 – D. Berengária Nunes de Chacim, dona do mosteiro de Santos omitida pelos nobiliários. Falecida antes de 1293, a sua irmã D. Urraca, por si nomeada como herdeira e testamenteira, doou àquele mosteiro a sua terça dos bens paternos;

2.13 – D. Branca Nunes de Chacim, monja do mosteiro de Arouca, também esquecida pelos livros de linhagens. A única referência diz respeito aos bens que o mosteiro recebeu por sua morte e que foram entrgues, através de escambo, à sua sobrinha D. Branca Lourenço de Valadares;

2.14 – Martim Nunes de (Chacim), freire da ordem de Santiago igualmente ignorado pelos textos linhagísticos e, na referida ordem, comendador de Parada (1288), de Além Douro (1293) e, finalmente, de Santos (1301-24);

2.15 – D. Fruilhe Nunes de Chacim, também desconhecida, dividia com D. Sancha e D. Urraca Nunes metade da quintã de Gosende, na freguesia de S.ª M.ª de Gove, julgado de Baião.


De D. MARIA GOMES DE BRITEIROS teve o seguinte filho bastardo:


2.16 – Rui Nunes de Chacim. (segue)


3 – RUI NUNES DE CHACIM, legalizado por carta de 18 de Novembro de 1265, comprou, juntamente com seu pai, dois casais foreiros do Rei na freguesia de S.ª M.ª de vale Benfeito, no julgado de Bragança, trazendo-os depois por honra.
Casou com D. ALDONÇA MARTINS TAVAIA, sua parente.
Tiveram os seguintes filhos:
3.1 – Nuno Rodrigues Bocarro, que casou com D. Maria Miguéis de Lisboa (s.g.); é possível que tenha falecido novo, já que a mesma fonte afirma que o mataram “em Riba Doiro, sobre Miranda, a par de uns moinhos u andava em companha de dom Alvaro Nuniz de Lara, e ia em partimento de uma peleja”,

3.2 – D. Maria Rodrigues de Chacim. (segue no título “Barreto”, ponto 3, página 128) (48)






































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(48) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.




























Título

“BRAVO”


1 – SOEIRO NUNES VELHO.
Casou com D. TERESA ANES DE PENELA.
Tiveram os seguintes filhos:


1.1 – Pero Soares (Velho) Escaldado; (segue)

1.2 – D. Maria Soares Velho, que casou com Pero Nunes Ribeiro;

1.3 – D. Mor Soares Velho, que casou com Paio Pires de Novais.


2 – PERO SOARES (VELHO) ESCALDADO é referido nas inquirições de 1258. Falecido anos antes, aquela fonte aponta-lhe bens nos julgados de Neiva, de Ponte de Lima e de Caminha. As inquirições de 1288 acrescentam-lhe, ainda, outros bens nos julgados da Vinha e de Penafiel de Bastuço.
Casou com D. MARIA VASQUES (CARPINTEIRO) DE COIMBRA.
Tiveram os seguintes filhos:


2.1 – João Pires Redondo; (s.m.n.)

2.2 – Pero Pires Velho que esteve, como seus irmãos, na conquista de Sevilha de 1248, foi igualmente contemplado no respectivo “repartimiento” de 1253. Regressado ao reino, encontra-se abundantemente referido pelas inquirições de 1258, nos julgados de Caminha, de Cerveira, de Ponte de Lima, de Penela, de Neiva e de Aguiar de Neiva. Anos depois encontra-se Pero Velho na companhia de sua mulher, D. Teresa Pires de Pereira, fazendo ambos, em 1264, um escambo com El-Rei D. Afonso III. Talvez nesta altura andasse próximo dos meios cortesãos, já que no ano seguinte àquele escambo, em Maio, estava em Lisboa, presenciando uma doação feita por D. Pero Anes Gago e sua mulher, à bastarda régia D. Urraca Afonso. Falecido antes de 1280, as inquirições de 1288, de 1307-11 e de 1343 permitem fazer uma ideia do que foi o seu património, disperso pelos julgados de Froião, Valdevez, da Vinha, de Aguiar de Neiva, de Penela, de Braga e de Vermoim, e que se estendeu mesmo até Montalegre e à Covilhâ;

2.3 – Martim Pires Zote;

2.4 – Pero Pires Bravo aparece diversas vezes referido nos textos das inquirições, quer nas de 1258 quer nas de 1288, mas com variações geográficas. Assim, nas primeiras, apenas é referido no julgado de Neiva, enquanto que nas segundas, e tendo já falecido, não se lhe registam quaisquer bens, mas sim nos julgados de Faria e de Penafiel de Bastuço. Esteve, na companhia dos irmãos, no cerco de Sevilha de 1248, vindo depois a ser contemplado no respectivo “repartimiento” de 1253, assim como no de Arcos de la Frontera de 1264. Só deve ter regressado a Portugal depois desta última data; (c.g.)

2.5 – D. Maria Pires Bravo; (segue no título “Portocarreiro”, ponto 4, página 85)


2.6 – D. Sancha Pires Velho, que foi abadessa de Vairão, mas teve uma filha de Godinho da Pousada da Tamal. (49)



























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(49) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.



































Título

“CHICHORRO”


1 – D. MARTIM AFONSO CHICHORRO (ver título “Reis de Portugal”, ponto 4.10, página 28), filho de uma moura, foi seu amo João Pires de Lobeira. Surge referido a primeira vez no testamento de seu pai, em 1271, onde é contemplado com a quantia de 1000 libras. No ano seguinte o Rei doou-lhe os bens que tinha recebido por morte de seu irmão D. Rodrigo, sitos no termo de Santarém. Teve ainda bens no termo de Torres Vedras, que vendeu ao pai por 1500 libras. D. Martim Afonso foi rico-homem da Corte de seu meio-irmão, El-Rei D. Dinis, confirmando diversos diplomas régios entre 1288 e 1300. Ainda vivia em 1313, quando doou a D. João Afonso, bastardo d’El-Rei D. Dinis, tudo o que tinha na Lousã.
Casou com D. INÊS LOURENÇO DE VALADARES. (ver título “Valadares”, ponto 5.1, página 58)
Tiveram os seguintes filhos:


1.2 – Martim Afonso Chichorro (de Sousa); (segue)

1.2 – D. Maria Afonso Chichorro;

1.3 – D. Constança Afonso Chichorro, já falecida em 1341, ano em que D. Margarida Afonso, sua irmã e testamenteira, inquiriu sobre os bens que ela deixara para a constituição de uma capela;

1.4 – D. Margarida Afonso de Sousa, dona de S.ª Clara de Santarém encontra-se referida em 1341 como testamenteira da irmã.
2 – MRTIM AFONSO CHICHORRO (DE SOUSA), foi rico-homem da Corte de seu tio El-Rei D. Dinis e, como tal, em 1320, foi ouvido aquando da apresentação que aquele fez das queixas que tinha contra o Infante herdeiro. No ano seguinte, contudo, talvez já se encontrasse ligado ao partido de D. Afonso, uma vez que foi um dos ricos-homens que juraram, pela parte do Infante, as pazes celebradas em Pombal entre este e o monarca. Em 1322, fez uma doação ao mosteiro de Pombeiro, do qual este “rico-homem de Sousa” era “natural e padroeiro”, pelo muito que recebera do dito mosteiro e por 1000 libras, que o respectivo abade lhe dera; no ano seguinte, por composição feita com o Conde D. Pedro, ficou com as honras e os coutos de Freixieiro, Travaços, Amarante, Barroso, Andrães e Galegos, bem como com o lugar de Mouçãos. É provável que ainda estivesse vivo em 1341 sendo, então, referido no compromisso matrimonial assumido por seu filho Vasco Martins.
De D. ALDONÇA ANES DE BRITEIROS, abadessa de Arouca.
Teve os seguintes filhos:


2.1 – Vasco Martins de Sousa; (segue)

2.2 – Martim Afonso de Sousa (Chichorro), rico-homem omitido pelos livros de linhagens; casou com D. Margarida Gonçalves de Sousa (Briteiros). (c.g.)


3 – VASCO MARTINS DE SOUSA, rico-homem e figura destacada da Corte ao longo da segunda metade do século XIV. Íntimo, desde infância, de D. Pedro I, foi por este nomeado para o cargo de chanceler-mor, ocupando-o entre 1357 e 1360, e beneficiado com algumas doações. O monarca seguinte doou-lhe vários senhorios, entre os quais se destacam os de Mortágua, de Penaguião e de Gestaçô, confirmados em 1385 por D. João I, tendo falecido em 1387.
Casou, em primeiras núpcias, com D. INÊS DIAS MANUEL. (50)


3.1 – Martim Afonso de Sousa; (segue)

3.2 – D. Beatriz de Sousa, que casou com D. Afonso Gomes da Silva, senhor de Celorico de Basto;

3.3 – D. Isabel Vasques de Sousa, que casou com Diogo Gomes da Silva, 1º senhor da Chamusca;

3.4 – D. Violante Vasques de Sousa, que casou com Afonso Vasques Correia; (s.g.)


Casou, em segundas núpcias, com D. Estefânia Garcia.
Tiveram o seguinte filho:


3.5 – Afonso Vasques de Sousa, o “Cavaleiro”, que casou com D. Leonor Lopes de Sousa.


4 – MARTIM AFONSO DE SOUSA, o “da Batalha Real”, 2º senhor de Mortágua, que nasceu cerca de 1341; participou na batalha de Aljubarrota e na tomada de Ceuta.
Casou com D. Maria de Briteiros
Tiveram os seguintes filhos:

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(50) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão os pontos 1 a 3, inclusive do presente título.
4.1 – Gonçalo Anes de Sousa Chichorro, 3º senhor de Mortágua, que casou, em primeiras núpcias, com D. Filipa de Ataíde, e, em segundas núpcias, com D. Maria Coelho da Silva;

4.2 – D. Inês de Sousa, que casou, em primeiras núpcias, com Álvaro Gonçalves Camelo, 3º senhor de Baião (segue no título “Camelo”, ponto 5, página 247), e, em segundas núpcias, com Pedro Peixoto, alcaide-mor de Sabugal;

4.3 – D. Briolanja de Sousa, que casou com Martim Afonso de Melo, senhor de Arega e Barbacena;

4.4 – D. Catarina de Sousa, que casou com João Freire de Andrade, 2º senhor de Bobadela;


Teve N.N. ainda os seguintes filhos bastardos:


4.5 – Pedro de Sousa; (s.m.n.)

4.6 – D. Brites de Sousa, que casou com Martim Gonçalves de Macedo;

4.7 – Afonso Martins; (s.m.n.)


Teve ainda de D. ALDONÇA RODRIGUES DE SÁ, abadessa de Rio Tinto:


4.8 – Martim Afonso de Sousa. (segue)
5 – MARTIM AFONSO DE SOUSA, que nasceu cerca de 1385.
Casou com D. VIOLANTE LOPES DE TÁVORA (ver título “Távora”, ponto 11.4, página 34), que nasceu cerca de 1390.
Tiveram os seguintes filhos:


5.1 – Fernão de Sousa; (segue)

5.2 – D. Rui de Sousa, 1º senhor de Beringel e Sagres, que casou, em primeiras núpcias, com D. Isabel de Siqueira, e, em segundas núpcias, com D. Branca de Vilhena;

5.3 – Pedro de Sousa, 1º senhor de Prado, que casou com D. Maria Pinheiro;

5.4 – Vasco Martins de Sousa Chichorro, que casou, em primeiras núpcias, com D. Violante Nunes, e, em segundas núpcias, com D. Isabel Osório;

5.5 – João de Sousa, 4º senhor de Gouveia, que casou com D. Branca de Ataíde;

5.6 – D. Brites de Sousa, que casou, em primeiras núpcias, com D. Afonso, 4º Conde de Ourém e 1º Marquês de Valença. (segue no título “Camelo”, ponto 6, página 248)


6 – FERNÃO DE SOUSA, 1º senhor de Gouveia de Riba de Tâmega, alcaide-mor de Montalegre e alcaide-mor de Piconha e Portela, que nasceu cerca de 1410.
Casou com D. MÉCIA DE CASTRO (ver título “Castro”, ponto 14.7, página 45)
Tiveram os seguintes filhos:


6.1 – Martim Afonso de Sousa, não casou; (s.g.)

6.2 – António de Sousa, 3º senhor de Gouveia, que casou com D. Branca de Vilhena;

6.3 – D. Maria de castro, que casou com João Pereira, senhor de Castro Daire;

6.4 – D. Guiomar de Castro; (segue no título “Pinto”, ponto 10, página 68)

6.5 – D. Isabel de Castro, que casou com Martim de Salzedo;

6.6 – D. Joana de Castro, que nasceu cerca de 1450, não casou, mas teve descendência do bispo D. João de Azevedo;


Teve de N.N. os seguintes filhos:


6.7 – Martim Afonso de Sousa, 2º senhor de Gouveia, que casou com D. Francisca Rodrigues;

6.8 – João de Sousa, que casou com D. Beatriz Pereira. (51)


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(51) Geneall.net – foi retirada deste site (2008) os pontos 3.1 a 6.8 do presente título.
Título

“PESSANHA”


1 – MANUEL PESSANHA, almirante de Portugal, por nomeação d’El-Rei D. Dinis.
Casou com D. GENEBRA PEREIRA, filha de Gomes de Alpuim e de D. Ximana (Genebra) Pereira.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


1.1 – Carlos Pessanha. (segue)


2 – CARLOS PESSANHA, almirante de Portugal.
Casou com D. GENEBRA.
Tiveram, pelo menos, os seguintes filhos:


2.1 – Álvaro Pessanha; (segue)

2.2 – D. Genebra Passanha;

2.3 – Júlia Pessanha. (segue no título “Barreto”, ponto 6, página 130) (52)



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(52) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de conclusão a genealogia do presente título.




































Título

“MIRANDA”


1 – AFONSO PIRES DA CHARNECA, fidalgo castelhano no tempo d’El-Rei D. Fernando fez assento na Charneca; fez-lhe D. João I mercê de Alcovaca e outras terras por serviços prestados e foi escolhido por Lisboa para acompanhar o Conde Nuno Álvares Pereira quando foi fronteiro-mor do Alentejo.
Casou com D. CONSTANÇA ESTEVES, natural de Lisboa.
Tiveram os seguintes filhos:


1.1 – Martim Afonso da Charneca; (segue)

1.2 – Afonso Pires da Charneca; (s.g.)

1.3 – D. Margarida Afonso, que casou com o Contador Diogo Aires;

1.4 – D. Constança Gil, casada; (c.g.)

1.5 – Diogo Gonçalves de Castro. (s.m.n.)


2 – MARTIM AFONSO DA CHARNECA, a quem El-Rei decidiu ser ele o sucessor da sua casa, nas dúvidas que surgiram com seus irmãos; foi pessoa de grande autoridade, pelo que o mandou El-Rei por embaixador a França; vindo para Portugal se fez clérigo, tendo sido bispo do Porto e depois de Braga. Seus filhos tomaram o apelido de Miranda por serem herdados em Miranda e alcaides-mores daquela cidade.
Teve de D. MARIA GONÇALVES DE MIRANDA os seguintes filhos:


2.1 – Martim Afonso de Miranda; (segue)

2.2 – Fernão Gonçalves de Miranda, foi rico-homem e senhor de outro morgado que seu pai lhe fez; casou com D. Branca de Sousa, filha de Afonso Vasques de Sousa e de sua mulher D. Leonor de Sousa; (c.g.)

2.3 – D. Maria de Miranda, que casou com o 1º Conde de Viana, D. Afonso de Meneses;

2.4 – D. Leonor de Miranda, que casou com Aires Gomes da Silva;

2.5 – D. Brites ou Constança; (s.m.n.)

2.6 – D. Guiomar Dias, que casou com Diogo Jacome.


3 – MARTIM AFONSO DE MIRANDA, sucedeu no morgado da Patameira e Rico Homem.
Casou com D. GENEBRA PEREIRA, filha de Aires Gonçalves de Figueiredo.
Tiveram os seguintes filhos:


3.1 – Gomes de Miranda, senhor do morgado de Patameira, casou com D. Violante, filha de Nuno Martins da Silveira, 2º escrivão da Puridade d’El-Rei D. Duarte, e de sua mulher D. Leonor Gonçalves de Abreu; (c.g.)

3.2 – Afonso de Miranda, porteiro-mor d’El-Rei D. Afonso V, casou com D. Violante de Sousa, filha de Diogo Gomes da Silveira; (c.g.)

3.3 – Aires de Miranda, alcaide-mor de Vila Viçosa, casou com D. Briolanja Henriques, filha de Fernão Henriques, senhor de Alcacovas; (c.g.)

3.4 – Vasco de Miranda, clérigo;

3.5 – D. Isabel de Miranda; (segue)

3.6 – D. Leonor de Berredo, que casou com Vasco Pereira, filho de João Pereira, senhor da Torre da Feira; (c.g.)

3.7 – D. Brites Gonçalves de Miranda, que casou com Fernão de Sá, filho de João Rodrigues de Sá, senhor de Sever; (c.g.)

3.8 – D. Maria de Miranda, que casou com Diogo de Azevedo; (s.m.n.)

3.9 – D. Afonsa Vidal de Miranda. (s.m.n.)


4 – D. ISABEL DE MIRANDA.
Casou com VASCO PEREIRA, senhor de Fermedo.
Tiveram, pelo menos, a seguinte filha:


4.1 – D. Mécia Pereira. (segue)


5 – D. MÉCIA PEREIRA.
Casou com DIOGO PINTO. (ver título “Pinto”, ponto 10.3, página 69)
Tiveram os seguintes filhos:


5.1 – Aires Pinto de Miranda, foi senhor da quinta de Vilar Maior na terra da Feira e viveu na quinta de Travanca; casou com D. Inês da Fonseca, filha do senhor de Leomil, Estêvão Rodrigues da Fonseca e de sua mulher D. Inês Dias Botelho; (c.g.)

5.2 – Fernão Pinto de Miranda; (segue)

5.3 – D. Guiomar Pinto, que casou com Jorge Pereira, filho de João Pereira, comendatário do mosteiro de Cucujães; (c.g.)

5.4 – D. Violante Pinto; (c.g.)

5.5 – Jorge Pinto Alcoforado; (s.m.n.)

5.6 – Duarte Pinto. (s.m.n.)


6 – FERNÃO PINTO DE MIRANDA.
Casou com D. ANTÓNIA DA SILVA.
Tiveram os seguintes filhos:


6.1 – António Pereira Pinto, morador no Campo do Imperador;

6.2 – Aires de Miranda; (segue no título “Camelo”, ponto 9, página 253)

6.3 – D. Margarida, que foi para Castela com a filha d’El-Rei D. João III e se casou com D. Fradique Manrique. (s.g.) (53)
























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(53) GAYO, Manuel José da Costa Felgueiras, “Nobiliário das Famílias de Portugal”, 3ª Edição, Braga, Edição de carvalhos de Basto, 1992 – foi retirada desta obra o genealogia do presente título.





























Título

“GOUVEIA CARDOSO”


1 – RUI VAZ DE MELO, senhor de Gouveia, por mercê d’El-Rei D. Fernando, no ano de 1382.
Casou com D. TERESA ANES.
Tiveram, pelo menos, a seguinte filha:


1.1 – D. Brites de Melo. (segue)


2 – D. BRITES DE MELO.
Casou com FERNÃO NUNES.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


2.1 – Nuno Francisco de Gouveia. (segue)


3 – NUNO FRANCISCO DE GOUVEIA foi o primeiro que usou este apelido e foi senhor da quinta do Tilhado, em Vale de Besteiros.
Casou com D. ALDONSA VAZ CARDOSO DE VASCONCELOS, filha de Luís Vaz Cardoso, senhor de Cardoso, e de D. Leonor de Vasconcelos.
Tiveram os seguintes filhos:


3.1 – Fernão Nunes Cardoso de Gouveia; (segue)

3.2 – João Nunes Cardoso; (s.m.n.)

3.3 – N. Nunes Cardoso; (s.m.n.)

3.4 – D. Maria Nunes Cardoso; (segue)

3.5 – D. Brites Álvares Nunes. (s.m.n.)


4 – D. MARIA NUNES CARDOSO.
Casou com FERNANDO AFONSO DA COSTA, vassalo aposentado d’El-Rei D. Afonso V, que viveu na sua quinta de Frágoas, concelho de Besteiros, comarca de Viseu.
Tiveram os seguintes filhos:


4.1 – Fernão Nunes Cardoso “o de Frágoas”; foi pai de D. Violante Nunes Cardoso mulher do grande Gonçalo Pires Bandeira, o restaurador do pendão real na batalha de Toro, que se deu a 1 de Março de 1476; foi-lhe passada carta de armas em 1483, por El-Rei D. João II;

4.2 – Nuno Fernandes Cardoso, de quem ficou um filho e uma filha legítimos e outro bastardo;

4.3 – João Fernandes Cardoso; (segue)

4.4 – D. Maria Fernandes Cardoso, que casou com João Gil de Atéro.


5 – JOÃO FERNANDES CARDOSO.

Brasão de armas dos Gouveias (54)




Escudo partido: o I de vermelho, seis besantes de prata adamascada entre dobre-cruz e bordadura de oiro (Melo); o II de prata adamascada, seis arruelas de azul (Castro). T.: águia de vermelho. E. de prata, aberto, guarnecido de oiro, forrado de negro e correias do mesmo. P. e V. de prata e vermelho.



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(54) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família” – foi retirada desta obra a presente imagem.
Casou com D. ISABEL DE FIGUEIREDO, filha de Luís de Figueiredo, de Vila Nova junto dos coutos de Viseu, e de sua mulher D. Helena Fernandes de Lira; neta paterna de Gonçalo de Figueiredo e de sua mulher D. Maria Fernandes de Sequeira; bisneta de Martim Anes da Mota e de sua mulher D. Inês Gonçalves de Figueiredo, filha por sua vez de D. Gonçalo de Figueiredo, bispo de Viseu, que tinha sido casado.
Tiveram, pelo menos, um filho:


5.1 – António Fernandes Pais Cardoso. (segue no título “Quadros”, ponto 5, página 173) (55)






















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(55) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família” – foi retirada desta obra a genealogia do presente título.
Título

“QUADROS”


1 – ALONSO ÁLVARES DE QUADROS foi fidalgo castelhano e proprietário de uma das quatro alcaidarias-mores de Sevilha, pessoa de primeira qualidade no sangue.
Casou com N. N..
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


1.1 – Alonso Lourenço de Quadros. (segue)


2 – ALONSO LOURENÇO DE QUADROS fidalgo castelhano que passou a Portugal por homísio, quando governava o Reino o Infante D. Pedro, por ser ainda menor o seu sobrinho, El-Rei D. Afonso V; foi herdeiro e proprietário de uma das quatro alcaidarias-mores de Sevilha, como seu pai, e trazia as armas dos Quadros, como se via no livro do século XVIII de Luís da Gama Ribeiro Rangel de Quadros e Maia.
Casou com N. N..
Tiveram os seguintes filhos:


2.1 – Aires Gomes de Quadros “o Velho”;

2.2 – D. Brites de Quadros. (segue)


3 – D. BRITES DE QUADROS.
Casou com NUNO GIL BARRETO. (ver título “Barreto”, ponto 7.1, página 132)
Tiveram a seguinte filha:


3.1 – D. Catarina Gomes de Quadros. (segue)


4 – D. CATARINA GOMES DE QUADROS.
Casou com DIOGO HENRIQUES, filho de Henrique Dias Flamengo, que foi vassalo d’El-Rei D. Afonso V, que o aposentou e viveu em Aveiro, e de sua mulher D. Maria Juzarte.
Tiveram os seguintes filhos:


4.1 – Simão Henriques de Quadros, que casou com D. Joana Ferreira de Castelo Branco, filha de Aires Ferreira, fidalgo honrado de Coimbra e privado do Cardeal Rei D. Henrique; Aires Ferreira teve um irmão cónego em Évora; (c.g.)

4.2 – Manuel Henriques Correia de Quadros Barreto, 4º avô de D. Afonso de Menezes;

4.3 – D. Violante Henriques de Quadros; (segue)

4.4 – D. Brites Henriques de Quadros;

4.5 – D. Maria Henriques de Quadros mulher de Luís Martins de Aragão, 4ºs avós de Diogo de Sousa de Távora, do Porto, alcaide-mor do Lindoso; foi também casada com Henrique Leme de Azevedo, 3º avô de Martim de Távora de Castelo Branco, de Ois.

5 – D. VIOLANTE HENRIQUES DE QUADROS.
Casou com ANTÓNIO FERNANDES PAIS CARDOSO, que viveu no lugar do Quintal, freguesia de Castelões, concelho de Besteiros. (ver título “Gouveia Cardoso”, ponto 5.1, página 170)
Tiveram a seguinte filha:


5.1 – D. Violante Henriques de Quadros. (segue)


6 – D. VIOLANTE HENRIQUES DE QUADROS (usou o mesmo nome de sua mãe) viveu no lugar do Quintal.
Casou com o DR. ANTÓNIO MACHADO, morador no mesmo lugar.
Tiveram os seguintes filhos:


6.1 – D. Jerónima Machado de Quadros; (segue no título “Mascarenhas e Silveira”, ponto 2, página 187)

6.2 – D. Maria Machado de Quadros mulher de João Gomes de Miranda, filho de Manuel Loureiro e de D. Isabel Gomes de Miranda, de quem não teve filhos; casou segunda vez com Simião de Sequeira Couceiro, também sem geração. (56)






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(56) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família” – foi retirada desta obra a genealogia do presente título.




































Título

“CARVALHO E CARDOSO DE ALBERGARIA”


1 – PEDRO AFONSO DE CARVALHO (dos Carvalhos de Lamego).
Casou com D. BRITES CARDOSO.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


1.1 – Gaspar Dias Cardoso de Carvalho. (segue)


2 – GASPAR DIAS CARDOSO DE CARVALHO.
Casou com D. LEONOR ANES “a Gaga”.
Tiveram os seguintes filhos:


2.1 – Gaspar Dias Cardoso de Carvalho; (segue)

2.2 – D. Antónia Cardoso de Carvalho, que casou com Gabriel da Veiga;

2.3 – D. Maria Dias Cardoso de Carvalho, moradora na rua Direita, em Aveiro, que casou com N.N.;

2.4 – Miguel Dias Cardoso “o Gordo”. (s.m.n.)


3 – GASPAR DIAS CARDOSO DE CARVALHO, foi cavaleiro da casa do Infante D. ........ .
Casou com D. ANTÓNIA CARDOSO DE ALBERGARIA, irmã dos cavaleiros fidalgos António Cardoso de Albergaria, Gaspar Cardoso de Albergaria, Manuel Cardoso de Albergaria e André Cardoso de Albergaria.
Tiveram os seguintes filhos:


3.1 – D. Maria Cardoso de Albergaria, que casou, em primeiras núpcias, com Miguel dos Santos (c.g.), e, em segundas núpcias, com Pedro Gonçalves, juíz dos órfãos de Aveiro; (c.g.)

3.2 – D. Felipa Nunes Cardoso de Albergaria, que casou com Lansarote Ribeiro, filho de Manuel Ribeiro e de D. Maria Anes; (c.g.)

3.3 – André Dias Cardoso de Albergaria, que casou com D. Catarina Gomes Pais; (c.g.)

3.4 – Manuel Cardoso de Albergaria, cavaleiro fidalgo, que casou, em Cantanhede, com D. Catarina de Resende; (c.g.)

3.5 – Pedro Cardoso de Albergaria, freire; (s.m.n.)

3.6 – D. Francisca Cardoso de Albergaria, que casou, nas ilhas, com António Privado, natural daí; (c.g.)

3.7 – D. Leonor Cardoso de Albergaria. (segue)


4 – D. LEONOR CARDOSO DE ALBERGARIA.
Casou com AFONSO DE ARAÚJO, da rua Larga de Aveiro, filho de Henrique de Araújo e de D. Felipa Nunes.
Tiveram, pelo menos, a seguinte filha:
4.1 – D. Antónia de Araújo. (segue no título “Mascarenhas e Silveira”, ponto 3, página 188) (57)




































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(57) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família” – foi retirada desta obra a genealogia do presente título.




































Título

“LEÃO”


1 - JOÃO LOPES DAS MAIAS, gente nobre das vilas de Pedrogão e da Sertã.
Casou com N.N..
Tiveram, pelo menos, um filho:


1.1 – Fernão Luís Lopes. (segue)


2 – FERNÃO LUÍS LOPES.
Casou com N.N..
Tiveram, pelo menos, um filho:


2.1 – Fernão Lopes. (segue)


3 – FERNÃO LOPES.
Casou com D. LEONOR ÁLVARES.
Tiveram, pelo menos, um filho:


3.1 – Fernão Lopes. (segue)


4 – FERNÃO LOPES.
Casou com D. CATARINA DE FIGUEIREDO (ou Catarina Jorge de Figueiredo); residiram em Pedrógão. (58)
Tiveram, pelo menos, um filho:


4.1 – Julião de Figueiredo. (59) (segue)


5 – JULIÃO DE FIGUEIREDO, licenciado, natural de Pedrogão, fixou-se mais tarde em Aveiro, tendo sido auditor geral do Algarve (60), provedor e contador da Fazenda em Torre de Moncorvo e juíz de fora de Castelo Novo e Lamego; fidalgo com carta de brasão de armas passada a 30 de Julho de 1639 (apelidos: Lopes e Figueiredo).
Casou em Aveiro, na freguesia da Vera Cruz, a 20 de Junho de 1619, com D. ISABEL PINTO, filha de Bartolomeu Afonso Picado, “o Velho”, e de D. Isabel Dias (ou Isabel Dias Saraiva). (61)
Tiveram os seguintes filhos:


5.1 – D. Maria, baptizada a 26.05.1620;

5.2 – D. Isabel de Figueiredo de Leão; (segue)

5.3 – Bartolomeu, baptizado a 21.11.1632;

5.4 – D. Jacinta, baptizada a 08.02.1634.


__________

(58) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família – refere-se a Pedrogão Pequeno.
(59) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família” – menciona que o apelido é Figueiredo de Leão.
(60) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família”.
(61) A. D. A. V. R., livro paroquial da Vera Cruz/Aveiro, nº 15, fl. 57.
6 – D. ISABEL DE FIGUEIREDO DE LEÃO, baptizada a 17 de Maio de 1622.
Casou com o seu primo co-irmão MANUEL GOMES FAIA, bom cavaleiro da vila de Esgueira, governador de armas das companhias de ordenanças desta vila, que por relevantes serviços teve carta de brasão de armas, em Janeiro de 1651 (apelidos: Faias, Afonsos, Bastos e Feios; diferença: uma brica sanguínea e nela um crescente de prata) (62) (63); era filho de Bartolomeu Afonso Picado “o Novo”, e de D. Maria de Bastos, da casa do Seixal, em Aveiro; neto pelo lado paterno de Bartolomeu Afonso Picado “o Velho”, e de D. Isabel Dias Saraiva; neto pelo lado materno de António Pires Feio e de D. Margarida Rodrigues de Bastos.
Tiveram os seguintes filhos:



Casa do Seixal, em Aveiro (64)

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(62) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família”.
(63) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família”.
(64) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família” – imagem retirada desta obra.
6.1 – Julião de Figueiredo de Leão; (segue)

6.2 – Manuel Gomes Faia de Figueiredo; (s.m.n.)

6.3 – José de Figueiredo de Leão; (s.m.n.)

6.4 – D. Maria de Leão; (s.m.n.)

6.5 – D. Juliana Faia de Leão; (s.m.n.)

6.6 – D. Joana de Figueiredo Faia; (s.m.n.)

6.7 – D. Jacinta Faia de Leão, que casou com Nicolau Pereira Viz.


7 – JULIÃO DE FIGUEIREDO DE LEÃO, nasceu em Esgueira, onde foi baptizado a 23 de Setembro de 1653 pelo padre Mateus Dias Jerónimo, tendo por padrinhos: Miguel Saraiva, prior de Avelãs, e D. Joana, moradora na vila de Aveiro (65)
Casou em 4 de Setembro de 1692 na igreja paroquial de Nossa Senhora da Conceição, em Mogofores, Anadia, num acto celebrado pelo padre cura João António Machado, sendo dispensados em 3º grau de consanguinidade, com D. JÚLIA JOSEFA DE FIGUEIREDO (66), baptizada, nesta localidade, a 21 de Abril de 1674 pelo padre cura António Rodrigues, tendo por padrinho Belchior Correia, morador na vila de Aveiro; filha de João de Figueiredo e de D. Catarina Loba (67); neta pelo lado paterno de Domingos Dias Vilalobos e de D. Maria da Luz Saraiva; residentes em Verdemilho.


__________

(65) A. D. A. V. R., livro paroquial de Esgueira, nº 4, fl. 14 v.
(66) A. D. A. V. R., livro paroquial de Mogofores, casamento, Misto, nº 1, fl. 30.
(67) A. D. A. V. R., livro paroquial de Mogofores, nascimento, Misto, nº 1, fl. 26.

Capela da casa do Seixal, em Aveiro (68)



Brasão de armas existente na capela da casa do Seixal (69)

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(68) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família”- imagem retirada desta obra.
(69) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família” - imagem retirada desta obra.

Igreja da freguesia de S. Pedro de Aradas,
em Verdemilho (Aveiro) (70)


Tiveram os seguintes filhos:


7.1 – Fernando Luís Lopes de Leão, baptizado em Aradas a 22 de Dezembro de 1696 (71); casou com D. Leonor de Noronha, filha do licenciado Luís Rodrigues, natural de Aveiro, freguesia do Espírito Santo, e de D. Catarina de Noronha, natural de Eixo; (c.g.)


__________

(70) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família” – imegam retirada desta obra.
(71) A. D. A. V. R., livro paroquial de Aradas, baptismos e casamentos, nº 1, fl. 19 v.
7.2 – Matias de Figueiredo de Leão, que foi para a Índia;

7.3 – D. Angélica Figueiredo de Leão, que casou com André Pacheco Lima, moradores em Verdemilho;

7.4 – D. Maria Joana de Leão; (segue no título “Mascarenhas e Silveira”, ponto 5, página 190)

7.5 – D. Catarina Figueiredo de Leão, que casou com Francisco de Barros Pereira. (72)























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(72) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família” – foi reirada desta obra a genealogia do presente título.
































Título

“MASCARENHAS E SILVEIRA”


1 – MANUEL DE MASCARENHAS, senhor do paço de Barro e do morgado de Santo André, com capela e jazigo particular da parte da epístola, freguesia de S. Tiago do Vale de Besteiros.
Casou com D. BÁRBARA DE FIGUEIREDO, filha de Cristóvão de Figueiredo e de D. Ana Fernandes Mesquita.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


1.1 – António Mascarenhas de Figueiredo. (segue)


2 – ANTÓNIO MASCARENHAS DE FIGUEIREDO, senhor do paço de Barro e do morgado de Santo André.
Casou com D. JERÓNIMA MACHADO DE QUADROS. (ver título “Quadros”, ponto 6.1, página 173)
Tiveram os seguintes filhos:


2.1 – Manuel Mascarenhas de Figueiredo, sucedeu na casa dos seus pais e avós, seguiu as letras e foi juiz de fora de Penamacor e de Alafoens; casou com D. Maria Pereira Dessa, em 1630; (c.g.)

2.2 – Francisco Pacheco Mascarenhas, serviu na guerra da aclamação no posto de capitão de infantaria e de cavalos; governou as praças de Mourão e Campo Maior; foi mestre de campo de infantaria;

2.3 – Manuel Mascarenhas, que teve o mesmo nome do seu irmão mais velho;

2.4 – D. Maria de Quadros. (segue)


3 – D. MARIA DE QUADROS.
Casou, em Aveiro, com FRANCISCO DA SILVEIRA DESSA, filho de Pedro da Silveira Dessa, natural de Molelos, no Vale de Besteiros, e de sua mulher D. Antónia de Araújo Cardoso, filha de Afonso de Araújo, da rua Larga de Aveiro, e de sua mulher D. Leonor Cardoso de Albergaria, filha 7ª de Gaspar Dias Cardoso de Carvalho e de D. Antónia Cardoso de Albergaria (ver título “Carvalho e Cardoso de Albergaria”, ponto 4.1, página 177); Pedro da Silveira Dessa era filho de Filipe Malheiro e de sua mulher D. Apolónia da Silveira, moradores em Besteiros.
Tiveram os seguintes filhos:


3.1 – Francisco da Silveira Dessa foi proprietário do ofício de guarda-mor do sal da Alfandega de Aveiro; casou com D. Paula Maria de Mendoça Furtado; (c.g.)

3.2 – Vicente Mascarenhas; (segue)

3.3 – D. Francisca Cardoso; (s.m.n.)

3.4 – D. Maria Mascarenhas da Silveira; (s.m.n.)

3.5 – D. Joana da Silveira, que casou com António de Albuquerque, em Penalva.


4 – VICENTE DE MASCARENHAS.
Casou com D. MARIA DE LEMOS, da vila de Aveiro, filha de António de Azevedo (irmão de D. Julião de S. José, cónego de Santa Cruz, que fez quinta na Lavandeira, e de freire Francisco de Azevedo, prior de S. Domingos de Coimbra e de Aveiro e pregador), natural de Matosinhos, e de sua mulher D. Sebastiana de Lemos, da vila de Aveiro.
Tiveram os seguintes filhos:


4.1 – Francisco da Silveira Dessa, senhor da quinta da Lavandeira, que lhe deu seu tio; não casou, mas de D. Mayor de Mendoça da Silveira teve geração;

4.2 – Boaventura Mascarenhas, frade dominicano;

4.3 – D. Luís de S. Jerónimo Mascarenhas (da Silveira); (segue)

4.4 – António de Azevedo, sem estado;

4.5 – José Pereira Mascarenhas, que casou no Maranhão; (c.g.)

4.6 – D. Joana da Silveira, religiosa carmelita em Aveiro. (73)


5 – D. LUÍS DE S. JERÓNIMO MASCARENHAS (DA SILVEIRA), cónego de Santa Cruz; aparece como pároco em baptizados na freguesia de S. Pedro de Aradas (Aveiro), entre 30 de Junho de 1726 e 20 de Julho de 1733.

__________

(73) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de família” – foi retirada desta obra a genealogia do presente título, ponto 1 a 4.6, inclusivé.
De D. MARIA JOANA DE LEÃO (ver título “Leão”, ponto 7.4, página 185), natural de Verdemilho, freguesia de Aradas, e baptizada a 29 de Maio de 1704. (74)
Tive a seguinte filha perfilhada: (ver registo paroquial do casamento de seu neto)


5.1 – D. Joana Angélica da Silveira Ponce de Leão. (segue) (75)



Casa da quinta das Luzes, em Ovar (76)
__________

(74) A. D. A. V. R., livro paroquial de Aradas, nº 1, Misto, fl. 58 v.
(75) A ascendência desta senhora é, para Mário Pedro Gonçalves, a expressa nesta genealogia, uma vez que no nascimento de seu filho Damião, a 30.04.1781 e baptizado a 7 de Maio do mesmo ano, aparece como sendo filha de pai incógnito; porém, no casamento do dito filho, a 13.06.1804, já aparece como sendo filha de D. Luís de S. Jerónimo da Silveira (Mascarenhas, acrescenta o autor); sua mãe D. Maria Joana de Leão e D. Luís de S. Jerónimo Mascarenhas aparecem como padrinhos num baptizado realizado a 21.03.1731, na freguesia de Aradas/Aveiro. No “Almanaque” de 1913, publicado em Ovar, surge um artigo da autoria do padre Manuel Lírio sob o título “Galeria de Ovarenses Ilustres – João Semana – (1813/1913)” onde diz textualmente, a dado passo: (...) um dos seus ascendentes, mãe ou avó, refugiou-se aqui para escapar ao decreto de extremínio da família dos Marqueses de Távora e da dos Duques de Aveiro, promulgado por Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal. Tinha apelido de Ponces (ou Ponce ?) de Leão, que deixou para mais facilmente poder recatar-se sob o mais rigoroso e prudente incógnito. (...). Em boa verdade, aparece como sendo apenas “D. Joana de Leão”, para em 1804 ser designada por “Dona Angélica Ponce de Leão”. Afinal qual é a ascendência desta senhora ? A que Mário Pedro Gonçalves apurou ? Será que foi perfilhada pelo padre para encobrir algo ? Será descendente dos Távoras ou dos Duques de Aveiro, muito em especial do 7º Duque, D. Gabriel de Lencastre Ponce de Leão ?
(76) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família” – foi retirada desta obra a presente imagem.

Fonte das Luzes, em Ovar, actualmente do domínio público (77)


6 – D. JOANA ANGÉLICA DA SILVEIRA PONCE DE LEÃO.
Casou com MANUEL JOSÉ DA CUNHA, filho de Pedro de Oliveira Machado e de D. Teresa da Cunha, do lugar do Côvo, freguesia de Santa Maria de Oliveira, termo de Barcelos e arcebispado de Braga; residiam na quinta das Luzes, em Ovar, que era da família de D. Joana.
Tiveram os seguintes filhos:


6.1 – D. Maria Margarida da Silveira Ponce de Leão; nasceu em 05.05.1774, na quinta das Luzes, em Ovar, onde foi baptizada em 12 do mesmo mês e ano na igreja paroquial de S. Cristóvão;


__________

(77) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família” – foi retirada desta obra a presente imagem.
6.2 – D. Mariana da Silveira Ponce de Leão; nasceu em 3 de Agosto de 1775, na quinta das Luzes, em Ovar, onde foi baptizada em 20 do mesmo mês e ano na igreja paroquial de S. Cristóvão;

6.3 – Rodrigo Fortunato da Silveira de Leão; nasceu em 12 de Fevereiro de 1777, na quinta das Luzes, em Ovar, onde foi baptizado na igreja paroquial de S. Cristóvão;

6.4 – Damião José da Silveira de Leão. (segue)


7 – DAMIÃO JOSÉ DA SILVEIRA DE LEÃO, alferes de ordenanças de Ovar, em 1 de Maio de 1810 e tenente de milícias, nasceu na quinta das Luzes, em Ovar, a 30 de Abril de 1781, onde foi baptizado em 7 de Maio do mesmo ano na igreja paroquial de S. Cristóvão, pelo padre Francisco da Costa Mendes, tendo por padrinhos o juíz de fora, Dr. Francisco Nunes Telles e Menezes, da cidade do Porto, e José Manuel Barbosa da Cunha e Melo, por procuração de sua irmã D. Maria Clara Barbosa, da praça de Ovar. (78)
Casou em 13 de Junho de 1804, na igreja paroquial de S. Cristóvão de Ovar, num acto celebrado pelo reverendo João Dias Teques, com licença do reverendo vigário João de Sequeira Monterrozo (tendo por testemunhas: Francisco da Costa Barbosa e José António de Carvalho), com D. ANA ROSA DO PARAÍSO (79). (ver título “Muzaro”, ponto 3.1, página 206)
Tiveram, pelo menos, os seguintes filhos:


7.1 – João José da Silveira; (segue)

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(78) A. D. A. V. R., livro paroquial de Ovar, nº 29, baptismos, fl. 63.
(79) A. D. A. V. R., livro paroquial de Ovar, nº 86, casamentos, fl. 155.
7.2 – D. Maria Margarida da Silveira, que casou com o alferes José Justino Gomes Coelho.


8 – JOÃO JOSÉ DA SILVEIRA, médico cirurgião, nasceu a 20 de Agosto de 1813, na quinta das Luzes, em Ovar, e faleceu a 30 de Novembro de 1896 na sua casa de S. Pedro, no largo dos Combatentes da Grande Guerra (antigamente bairro de S. Pedro); começou a exercer clínica na freguesia de Arada (0var), na qual permaneceu durante oito anos e onde logrou a mais









Dr. João José da Silveira (80)

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(80) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família” – foi retirada desta obra a presente imagem.
subida gratidão e simpatia do povo; daí passou para médico municipal, onde foi colocado a 11 de Janeiro de 1852 e onde se conservou até à sua morte; foi a figura deste médico bondoso, amigo de contar anedotas e ajudar os pobres, que o escritor, Dr. Joaquim Guilherme Gomes Coelho “Júlio Dinis”, conheceu quando ele rondaria os 50 anos e o imortalizou com o personagem de “João Semana” no seu livro “As Pupilas do Senhor Reitor”.



Casa de S. Pedro, em Ovar (81)


Casou em 19 de Fevereiro de 1853 na igreja paroquial de São Cristóvão, em Ovar, num acto celebrado pelo padre Francisco Xavier Pereira da Cunha, com licença do reverendo vigário Joaquim de Sequeira Mello Monterroso (tendo por testemunhas: o padre Bernardo Simão Correia e Manuel Tomás

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(81) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família” – foi retirada desta obra a presente imagem.
Pereira de Mendonça, o sacristão), com D. LUÍSA LUDOVINA DA FONSECA E CUNHA, filha de Inácio Joaquim da Fonseca e de sua mulher D. Maria de Jesus de Oliveira e Cunha, da rua da Olaria, em Ovar; neta paterna de Joaquim de Oliveira da Fonseca e de sua mulher D. Joana Angélica de Almeida, da Vila da Feira; neta materna de António de Oliveira e de sua mulher D. Rosa Maria de Jesus, moradores no Campo dos Touros, em Braga. (82)
Tiveram os seguintes filhos:



D. Luisa Ludovina da Fonseca e Cunha (83)

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(82) A. D. A. V. R., livro paroquial de Ovar, nº 92, casamentos , fls. 191 e 191 v.
(83) Colecção do autor.

8.1 – D. Hermínia Augusta Fonseca da Silveira, que casou com António Augusto de Abreu, funcionário público; (c.g.)






















D. Hermínia Augusta Fonseca da Silveira (84)


8.2 – Manuel Maria Fonseca da Silveira, falecido no 2º ano de medicina;

8.3 – D. Hortênsia Fonseca da Silveira, solteira;

__________

(84) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família” – foi retirada desta obra a presente imagem.

D. Hortênsia Fonseca da Silveira (85)


8.4 – Isaac Júlio Fonseca da Silveira, farmacêutico, que casou com D. Rita Gomes da Silveira; foi um dos fundadores da Misericórdia e director, desde 13 de Novembro de 1910, da publicação “A Discussão” e, ainda, administrador do Concelho de Ovar (o último da monarquia e em 1915 na primeira república), tendo falecido, na quinta das Luzes, a 8 de Fevereiro de 1934; (c.g.)


__________

(85) Colecção do autor.

Isaac Júlio Fonseca da Silveira (86)



Jazigo, em Ovar (87)
__________

(86) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada deste trabalho em fase de conclusão a presente imagem.
(87) Colecção do autor.
8.5 – D. Joana Fonseca da Silveira; (s.m.n.)



D. Joana Fonseca da Silveira (88)


8.6 – D. Maria Mafalda Fonseca da Silveira, que nasceu em Ovar, a 1 de Abril de 1854. (segue no título “Camelo”, ponto 18, página 260)

8.7 – D. Maria Estefânia Fonseca da Silveira, que casou com José da Silva Carrelhas, irmão do jornalista Francisco Carrelhas; (c.g.)

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(88) Colecção do autor.

D. Maria Estefânia Fonseca da Silveira (89)














D. Maria Luísa Fonseca da Silveira (90)
__________

(89) Colecção do autor.
(90) Colecção do autor.
8.8 – D. Maria Luísa Fonseca da Silveira, solteira. (91)






























__________

(91) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foram retirados desta obra em fase de conclusão os pontos 5 a 8.8, inclusivé, do presente título.



































Título

“ASSUNÇÃO”


1 – ANTÓNIO LOPES.
Casou com D. MARIA VAZ, ambos de Figueiredo de Cima, freguesia de S. Paio do Pinheiro / Bemposta.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


1.1 – Manuel Lopes. (segue)


2 – MANUEL LOPES.
Casou em 28.02.1688 com D. ISABEL MARQUES (92), viúva. O casal residia na freguesia de S. Paio do Pinheiro / Bemposta.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


2.1 – Manuel Marques da Assunção. (segue)


3 – MANUEL MARQUES DA ASSUNÇÃO, da vila da Bemposta.
Casou com D. ANA FELICIA PINHEIRO DA SILVA, da Vila da Bemposta, filha de João Dias e de D. Josefa Teresa de Faria, da freguesia de Cocujães.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:

__________

(92) A. D. A. V. R. - livro paroquial da freguesia da Bemposta / Oliveira de Azeméis, casamentos, nº 5, fls. 5 e 5 v.
3.1 – José Justino da Assunção. (segue no título “Camelo”, ponto 15, página 257)




































Título

“MUZARO”


1 – ANTÓNIO RODRIGUES MUZARO.
Casou com D. JOANA LOPES, do Areal das Ribas, em Ovar.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


1.1 – Marcelino Rodrigues Muzaro. (segue)


2 – MARCELINO RODRIGUES MUZARO, alferes.
Casou com D. ROSA MARIA CLARA, filha de Miguel Rodrigues e de D. Jerónima Gomes, todos da rua dos Ferradores da Ruela, em Ovar.
Tiveram, pelo menos, os seguintes filhos:


2.1 – Francisco José Rodrigues Muzaro, que casou com D. Joaquina Rosa da Graça, de Ovar; (93)

2.2 – D. Rosa Maria Clara de Jesus. (segue)


3 – D. ROSA MARIA CLARA DE JESUS.
Casou com JOÃO BERNARDINO DA SILVA, filho de Manuel Ferreira e de D. Maria da Silva, todos da rua dos Ferradores da Ruela, em Ovar.

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(93) A. D. A. V. R., livro paroquial de Ovar, nº 86, casamentos, fl. 202 v.
Tiveram, pelo menos, a seguinte filha:


3.1 – D. Ana Rosa do Paraíso. (segue no título “Mascarenhas e Silveira”, ponto 7, página 192) (94)


























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(94) GONÇALVES, Mário Pedro, “Memorial de Família” – foi retirada desta obra a genealogia do presente título.
Título

“BANDEIRA”


1 – ANTÓNIO MARQUES GINETE.
Casou com D. VIOLANTE TAVARES, do lugar do Santo, Salreu.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


1.1 – Munual Joaquim Bandeira. (segue)


2 – MANUEL JOAQUIM BANDEIRA.
Casou, em primeiras núpcias, com D. Rosa Teresa. (s.m.n.)
Casou no estado civil de viúvo, em segundas núpcias, a 27.02.1781, com D. FRANCISCA CLARA JOAQUINA PIMENTEL (95), filha de Bento António e de D. Teodora Teresa da Conceição.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


2.1 – Joaquim António Bandeira. (segue)


3 – JOAQUIM ANTÓNIO BANDEIRA, nascido no lugar de Adou de Cima, Salreu.
Casou, em 19.05.1814, com D. MIQUELINA ROSA BANDEIRA PIN-

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(95) A. D. A. V. R. – livro paroquial de Salreu, nº 7, casamentos, fl. 28 v.
TO DE CARVALHO (96), filha de Alexandre Pinto de Carvalho e de D. Maria Rosa Bandeira de Figueiroa e Silva, do lugar de Campinos.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


3.1 – José Maria Bandeira. (segue)


4 – JOSÉ MARIA BANDEIRA, bacharel, residente no lugar do Cadaval.
Casou, em 03.10.1840, com D. MARIA ROSA BANDEIRA (97), filha de Ricardo José Bandeira e de D. Ana Joaquina Bandeira, todos de Campinos.
Tiveram, pelo menos, a seguinte filha:



D. Virgínia Augusta Bandeira (98)

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(96) A. D. A. V. R. – livro paroquial de Salreu, nº 7, casamentos, fl. 141 v.
(97) A. D. A. V. R. – livro paroquial de Salreu, , nº 15, casamentos, fl. 49 v.
(98) Colecção do autor.

4.1 – D. Virgínia Augusta Bandeira. (segue)


5 – D. VIRGINIA AUGUSTA BANDEIRA, de trinta anos de idade.
Casou, em 14.10.1876, com JOÃO DE OLIVEIRA “o Grulha” (99), de 29 anos de idade, regressado do Brasil, filho de Manuel de Oliveira e de D. Maria Rosa Teixeira, do lugar de Adou de Cima. O casal residiu em Salreu.
Tiveram, pelo menos, a seguinte filha:



João de Oliveira “o Grulha” (100)


5.1 – D. Maria dos Prazeres Oliveira. (segue no título “Camelo”, ponto 19, página 264)

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(99) A. D. A. V. R. – livro paroquial de Salreu, nº 19, fls. 3 e 3 v.
(100) Colecção do autor.


Casa de João Oliveira e esposa, em Salreu (101)


















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(101) Colecção do autor – a casa está completamente alterada – foto de 2008.
Título

“ALMEIDA”


1 – MIGUEL RODRIGUES DE ALMEIDA.
Casou com D. JOSEFINA MARIA DA PURIFICAÇÃO. (102)
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


1.1 – Manuel Rodrigues de Almeida. (segue)



Major Manuel Rodrigues de Almeida (103)
__________

(102) Colecção do autor – certificado de baptismo, Sé da Guarda – foi retirada deste documento a genealogia do ponto 1.
(103) Colecção do autor.
2 – MANUEL RODRIGUES DE ALMEIDA, alferes do exército, mais tarde major, natural de Mizarella, concelho da Guarda; nasceu a 07.04.1839. No desempenho das suas funções foi condecorado com a medalha de prata de comportamento exemplar em 1891. (104)



D. Filomena Marques de Figueiredo (105)


Casou a 16 de Dezembro de 1887 com D. FILOMENA MARQUES DE FIGUEIREDO, filha de Francisco José da Silva Figueiredo e de D. Maria José Marques de Figueiredo, proprietários da quinta da Ramela, on-
__________

(104) Colecção do autor – nota de assentos do exército – foi retirada deste documento a informação constante no ponto 2, referente ao oficial em causa.
(105) Colecção do autor.

Casa de D. Filomena Marques de Figueiredo,
junto ao jardim Municipal da Guarda (106)



Parte do casario da Quinta da Ramela, Guarda (107)



__________

(106) Colecção do autor.
(107) Colecção do autor.
de esteve escondido durante ailgum tempo El’Rei D. Miguel, aquando da guerra civil.
Tiveram os seguintes filhos:


2.1 – Fernando Figueiredo Rodrigues de Almeida, que nasceu em 20.12.1879, antes do casamento de seus pais;

2.2 – D. Etelvina Figueiredo Rodrigues de Almeida, que nasceu em 16.05.1881, antes do casamento de seus pais;

2.3 – D. Sofia Figueiredo Rodrigues de Almeida, que nasceu em 02.11.1882, antes do casamento de seus pais;

2.4 – D. Ernestina Figueiredo Rodrigues de Almeida, que nasceu em 22.04.1884, antes do casamento de seus pais;

2.5 – Fernando Figueiredo Rodrigues de Almeida, que nasceu em 25.08.1886, antes do casamento de seus pais;

2.6 – Mário Figueiredo Rodrigues de Almeida, que nasceu em 15.03.1888;

2.7 – Raul Figueiredo Rodrigues de Almeida. (segue no título “Camelo”, ponto 20, página 269) (108)




__________

(108) Colecção do autor – nota de assentos do exército – foi retirada deste documento a informação do presente título.
Título

“CAMELO”


1 – GONÇALO MARTINS DA CUNHA “o Camelo” (ver título “Cunha”, ponto 2.3, página 120), nasceu cerca de 1240; cerca de 1282 é nomeado por seu pai, tal como seus irmãos João, Lourenço e Fernão, como seu testamenteiro. Nas inquirições de 1288, e como seria de esperar, é referido a propósito dos julgados de Penafiel de Bastuço e de Faria: no primeiro tinha uma casa honrada, onde vivia e fazia honra desde o tempo d’El-Rei D. Sancho II, na freguesia de Sequeira; no segundo, tinha outra casa pela qual honrava toda a vila de Figueiró, na freguesia de Bagunte. Entretanto, e nesse mesmo ano de 1288 teve uma contenda com o cabido de Coimbra sobre a partição de alguns herdamentos situados no termo da Mealhada, a qual se resolveu por acordo entre as partes.
Casou com D. TERESA ANES DE PORTOCARREIRO. (ver título “Portocarreiro”, ponto 5.5, página 87)
Tiveram os seguintes filhos:


1.1 – Nuno Gonçalves Camelo; (segue)

1.2 – Fernão Gonçalves Camelo, cavaleiro que entre 1306 e 1312 teve contenda sobre a igreja de S. Miguel de Argivai, onde tinha o direito de padroado mas não a comedoria. Em 1321 assinou um compromisso com D. Margarida Pires de Portocarreiro, sobre a compra da quintã e herdamentos de Regalados. Em 1326 fez escambo com Mem Rodrigues de Vasconcelos, entregando a este a parte que tinha na quintã da Torre de Regalados e na quintã de Cervos, recebendo em troca metade do herdamento e honra de Revereda, na freguesia de S.ª M.ª de Salto. Casou com D. Constança Pires de Arganil; (c.g.)

1.3 – Rui Gonçalves Camelo, cavaleiro que em 1312 testemunhou o testamento do 2º. Conde de Barcelos. Nada mais se sabe a seu respeito;

1.4 – Lourenço Gonçalves Camelo; (s.m.n.)

1.5 – Mem Gonçalves Camelo, cavaleiro que em 1318 foi mandado citar pelo rei, a pedido de D. Aldonça Vasques, monja de Arouca, bem como todos os herdeiros de Vasco Martins Pimentel, para procederem a partilhas, o que Mem Gonçalves fez. Em 1324 confessou que devia dois marcos de prata a D. Margarida Pires de Portocarreiro, dando então por penhor um casal situado em Real. Casou com D. Inês Rodrigues Pimentel; (c.g.)

1.6 – D. Mor Gonçalves Camelo, que casou com Pero Martins Alcoforado.


2 – NUNO GONÇALVES CAMELO, nasceu cerca de 1260; cavaleiro que se encontra documentado a partir de 1281. Entretanto, a partir de 1304, encontra-se envolvido na conflituosa partilha de bens de Martim Afonso de Resende, a qual só viria a terminar em 1319 por sentença régia. Neste processo, como em outros, Nuno Gonçalves foi condenado algumas vezes, o que o terá levado a agastar-se com El-Rei D. Dinis. Com efeito, se ainda em 1317 acompanhava a corte, já em 1319 era apontado como um dos partidários do Infante herdeiro D. Afonso e, segundo o rol das queixas apresentadas por El-Rei D. Dinis contra o seu filho, Nuno Gonçalves dizia coisas contra si, publicamente, e o Infante apoiava-o, sendo ainda acusado de aconselhar D. Afonso contra o pai. Seja como for, o certo é que, em 1328, Nuno Gonçalves Camelo foi um dos quarenta fidalgos portugueses indicados por El-Rei D. Afonso IV para garantirem o cumprimento dos acordos então celebrados com D. Afonso VI de castela. Esta proximidade com El-Rei D. Afonso IV não impediu que, logo em 1325, o novo monarca o admoestasse pelas violências e abusos que cometia contra bens do cabido de Coimbra. Ainda vivia em 1328, data em que vendeu uma tulha, pela quantia de 34,5 libras, ao mosteiro de Souto.
Casou com D. INÊS MARTINS PIMENTEL.
Tiveram os seguintes filhos:


2.1 – Gonçalo Nunes Camelo; (segue)

2.2 – D. Mor Nunes Camelo, monja em Arouca que não teve grande fama, e que em 1327 foi beneficiada pelo testamento de sua tia, D. Margarida Pires de Portocarreiro, com o casal de Lamas. Em 1331 a abadessa D. Teresa de Freitas deu-lhe três dias para entregar a herdade de Sá, que indevidamente tomara de prazo.


3 – GONÇALO NUNES CAMELO, nasceu cerca de 1290; cavaleiro que em 1333, no mosteiro de Vila Nova do Bispo e acompanhado por Lourenço Anes, seu escudeiro, testemunhou um compromisso de dívida entre o escudeiro e o cavaleiro Martim Esteves de Sardoura. Em 1339, com os seus filhos, era infanção natural do mosteiro de Mancelos. Frequentou a Corte, e aí teve a confiança do monarca, pois que em 1336 lhe foi entregue o comando de uma frota de 20 galés, com a qual atacou a costa andaluza, sendo em 1355 vassalo da casa do Infante D. Pedro. Em 1340 D. Afonso IV confirmou-lhe a jurisdição da quintã e honra de Paço, em Guimarães, a qual herdara de seu pai.
Casou, em primeiras núpcias, com D. Beatriz Fernandes Cogominho, não tendo tido descendência.
Casou, em segundas núpcias, com D. ALDONÇA RODRIGUES PEREIRA. (ver título “Pereira”, ponto 5.5, página 95)
Tiveram os seguintes filhos:


3.1 – Vasco Gonçalves Camelo, 1º senhor de Baião, por mercê de D. João I, que nasceu cerca de 1310; (s.g.)

3.2 – Nuno Gonçalves Camelo, cónego em Braga;

3.3 – Guiomar Gonçalves Camelo, abadessa de Entre-os-Rios omitida pelos livros de linhagens, e que em 1343 recebeu de João Esteves Coelho a quintã de Argufe, no concelho de Barcelos;

3.4 – Álvaro Gonçalves Camelo. (segue) (124)


4 – ÁLVARO GONÇALVES CAMELO, 2º senhor de Baião, nasceu cerca de 1330. Viria a ser frei e prior do Crato e ainda marechal do Reino.
De N.N..
Teve os seguintes filhos:


4.1 – Álvaro Gonçalves Camelo; (segue)

4.2 – Fernão de Sousa Camelo, que nasceu cerca de 1360 e casou com D. Leonor Caldeira;


__________

(124) GONÇALVES, Mário Pedro, “Renascer” – foi retirada desta obra em fase de comclusão a genealogia dos pontos 1 a 3.4, inclusivé, do presente título, com excepção do ponto 3.1, que foi retirado do site “Geneall.net – 2008.
4.3 – Luís Álvares Camelo. (s.m.n.)


5 – ÁLVARO GONÇALVES CAMELO, 3º senhor de Baião, que nasceu cerca de 1350.
Casou com D. INÊS DE SOUSA (ver título “Chichorro”, ponto 4.2, página 156), que nasceu cerca de 1390.
Tiveram os seguintes filhos:


5.1 – Fernão de Sousa Camelo; (segue)

5.2 - João de Sousa Camelo, abade de Valadares, que nasceu cerca de 1385; (c.g.)

5.3 – Luís Álvares de Sousa, 4º senhor de Baião, que nasceu cerca de 1390 e casou com D. Filipa Coutinho;

5.4 – Álvaro Pereira Camelo, que nasceu cerca de 1391 e casou com D. Isabel Camelo Castelo-Branco; (c.g.)


6 – FERNÃO DE SOUSA CAMELO, senhor de Roças, que nasceu cerca de 1410; viveu no tempo d’El-rei D. Duarte e se achou no malogrado assalto a Tânger, onde faleceu a 19.01.1464.
Casou, em primeiras núpcias, com D. Joana Rodrigues Botelho, que nasceu cerca de 1380.
Tiveram o seguinte filho:


6.1 – João de Sousa;

Casou, em segundas núpcias, com D. Joana Maria de Sousa Alvim, que nasceu cerca de 1380..
Tiveram os seguintes filhos:


6.2 – Álvaro de Sousa, não casou; (c.g.)

6.3 – Fernão de Sousa, o da “Botelha”, senhor de Roças, que casou, em primeiras núpcias, com D. Inês de Lima, e, em segundas núpcias, com D. Mécia de Brito;

6.4 – D. Inês de Sousa, que casou com Pedro Lourenço de Távora, 3º senhor do Mogadouro; (c.g.)


Casou em 1461, em terceiras núpcias, com D. BRITES DE SOUSA (ver título “Chichorro”, ponto 5.6, página 157), que nasceu cerca de 1420.
Tiveram o seguinte filho:


6.5 – Gonçalo Camelo. (segue) (125) (126)


7 – GONÇALO CAMELO, teve ração inteira no mosteiro de Grijó e foi senhor da quinta de Vilar do Paraíso.


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(125) Geneall.net – foi retirada deste site a genealogia do ponto 4 a 6.5, exclusivé – 2009.
(126) O ponto 6.5 aparece no Nobiliário das Famílias de Portugal, de Manuel José da Costa Felgueiras Gaio, como sendo filho de Gonçalo Nunes Camelo. Porém, tal é impossível dada a diferença das datas de nascimento de ambos. Assim, entendeu-se colocado nesta sequência, tanto mais que essa obra foca que numa árvore de Pereiras colocavam como sendo filho (aqui como neto) de Álvaro Gonçalves Camelo e D. Inês de Sousa.
Casou, em primeiras núpcias, com D. MADALENA ÁLVARES ou D. ELVIRA GARCIA.
Tiveram os seguintes filhos:


7.1 – Fernão Camelo, senhor da quinta de Vilar do Paraíso, que seu familiar tinha instituído um vínculo, estando em Roma alcançou uma bula para se unirem ao vínculo os rendimentos e proventos da igreja de Vilar do Paraíso, no bispado do Porto, e que a igreja da quinta fosse paróquia.
Foi fidalgo da Casa Real e cavaleiro valoroso que melitou na Índia onde mereceu os soldos reais como consta de uma provisão do Rei D. João III, que diz assim: “mando dar a Fernão Camelo, fidalgo da minha casa, , dez mil reis este ano de 1532 e 389400 reis que lhe são devidos do seu soldo na Índia onde foi na armada de D. Garcia de Noronha, Lisboa 28 de Agosto de 1532”.
Está sepultado na dita igreja de S. P. de Vilar do Paraíso, na capela-mor da parte do Evangelho em uma sepultura dentro de um arco, tendo um letreiro que diz: “Aqui jaz o senhor Fernão Camelo que Santa Glória haja que esta casa fez, e dotou por Roma e sua filha D. Anta em serviço d’El-Rei morto em São Tomé 1546 e que tem por cima as armas dos Camelos”.
Morreu em São Tomé como foi dito e vieram seus ossos tresladados para a dita sepultura.
Foi casado com D. Maria de Castro, filha de D. João de Castro (não é o Vice-Rei da Índia, conforme alguns pretendem fazer crer), senhor de Resende e de Penela, e de sua mulher D. Isabel de Sousa, que está sepultada também na capela-mor da já citada igreja de Vilar do Paraíso, com um letreiro, tendo por cima um escudo com as armas dos Castros (treze arruelas); (com geração extinta)



Brasão de armas dos Camelos (127)



De prata, três vieiras de azul realçadas de oiro. Timbre:: pescoço e cabeça de camelo de sua cor. Elmo de prata, aberto, guarnecido de oiro. Paquife e Virol de prata e azul.


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(127) Desenho de Mário Pedro Gonçalves

Túmulos e brasões de Fernão Camelo e D. Maria
de Castro na igreja de Vilar do Paraíso (128)


7.2 – Nuno Camelo; (segue)

7.3 – Álvaro Anes Camelo, pároco de Vilar do Paraíso de que fala a bula;

7.4 – D. Genebra Camelo, que casou com Pedro Pessoa, fidalgo da
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(128) Colecção do autor.

Igreja de Vilar do Paraíso (129)



Casa dos senhores de Vilar do Paraíso anexa à igreja (130)

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(129) Colecção do autor.
(130) Colecção do autor – a casa foi totalmente reconstruída e moduficada.
Casa Real.


8 – NUNO CAMELO, senhor do morgado de Vilar do Paraíso, tendo obtido bula no ano de 1543, para comer os dízimos do morgadio.
Casou com D. ANA BRANDÃO.
Tiveram a seguinte filha:


8.1 – D. Joana Brandão Camelo. (segue)


9 – D. JOANA BRANDÃO CAMELO.
Casou com AIRES DE MIRANDA (ver título “Miranda”, ponto 6.2, página 165), que foi morto no Porto por Sebastião Pereira, por pouca razão.
Tiveram os seguintes filhos:


9.1 – Fernão Camelo de Miranda; (segue)

9.2 – Nuno Camelo; (s.g.)

9.3 – D. Clara de Miranda, freira em Stª. Clara do Porto.


10 – FERNÃO CAMELO DE MIRANDA, foi senhor de Vilar do Paraíso e senhor da casa de seus pais (os senhores de Vilar do Paraíso nomeavam um cura para aquela freguesia, viviam na residência em que deviam viver os abades, eram senhores do Passal, comiam os dízimos e sentavam-se na cadeira onde era norma sentarem-se os abades; o mosteiro de Grijó pagava-lhes foros, o que demonstra ser a casa mais antiga do que o mosteiro, pois davam a este terras de prazo).
Casou no Porto com D. MARIA DA FONSECA PINTO, filha de Zuzarte Leitão, do concelho de Benviver, e de sua mulher D. Maria Pinto.
Tiveram os seguintes filhos:

10.1 – Fernão Camelo de Miranda. (segue)

10.2 – D. Joana de Miranda, que casou com Tomé da Costa, senhor do morgado de Canelas.


11 – FERNÃO CAMELO DE MIRANDA, tirou por demanda à misericórdia de Lisboa o vínculo e padroado de Vilar do Paraíso e mudou o nome de Gonçalo Pinto de Miranda para o nome atrás referido. Por cíumes matou a sua primeira mulher, pelo que morreu na cadeia da Ramada do Porto.
Casou, em primeiras núpcias, com D. Brites Carvajales, filha de D. João Hinejoza Carvajales, capitão do castelo de S. João da Foz.
Tiveram o seguinte filho:


11.1 – Fernão Carvalhais, monge de S. Bento, para onde foi pelo desgosto de seu pai matar sua mãe;


Casou, em segundas núpcias, com D. BRITES DE MACEDO, filha de Aires Ferreira, da cidade de Bragança, ou André Sarmento Machado, sobrinho do Inquisidor Manuel Pimentel de Sousa.
Tiveram os seguintes filhos:


11.2 – Fernão Camelo de Miranda, foi senhor da casa de seu pai e casou com D. Mariana de Vasconcelos; (c.g.)

11.3 – D. João do Paraíso, frade;

11.4 – Amaro da Silva Camelo; (segue)

11.5 – D. Joana de Miranda Camelo, que casou em Vila Nova do Porto, na quinta das Devesas, com Manuel de Faria; (s.g.)

11.6 – Manuel Pereira Camelo de Miranda, casado com uma senhora Costa. (s.m.n.)


12 – AMARO DA SILVA CAMELO.
Casou, em primeiras núpcias, com D. Luísa de Miranda, filha de Tomé da Costa. (s.g.)
Casou, em segundas núpcias, com D. MARGARIDA, filha do licenciado Francisco Lopes Cordeiro.
Tiveram os seguintes filhos:


12.1 – Fernão Camelo da Silva, que casou com D. Maria Camelo, filha de Luís Camelo Falcão, juiz dos cavaleiros da ordem de Cristo, e de sua mulher D. Joana de Miranda e Castro; foi Luís Camelo Falcão procurador de Cortes pela cidade do Porto;

12.2 – João Pereira da Silva (Camelo), casou com D. Maria Camelo;

12.3 – D. Josefa, freira em Vila Nova do Porto;


12.4 – D. N.N., freira; (131)

12.5 – D. Sebastiana Teresa de Santa Rosa (Camelo). (segue)


13 – D. SEBASTIANA TERESA DE SANTA ROSA (CAMELO).
Casou com ESTEVÃO PINTO DA CRUZ. O casal residia no lugar de Arnelas, freguesia do Olival, Vila Nova de Gaia.
Tiveram os seguintes filhos:


13.1 – José, nascido a 20.11.1729; (132)

13.2 – D. Ana, nascida a 01.06.1731; (133)

13.3 – José Pinto Pereira da Silva (Camelo). (segue)


14 – JOSÉ PINTO PEREIRA DA SILVA (CAMELO), natural de Arnelas, nascido a 07.12.1733. (134)
Casou com D. JOANA JACINTA DA CONCEIÇÃO, da rua da Banharia, freguesia da Sé, cidade do Porto, filha de Eusébio da Costa Braga e de D. Vitória Maria, ambos da mesma rua. O casal residia na Vila da Feira.
Tiveram, pelo menos, a seguinte filha:



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(131) GAYO, Manuel José da Costa Felgueiras, “Nobiliário das Famílias de Portugal”, 3ª Edição, Braga, Edição de Carvalhos de Basto, 1992 – foi retirada desta obra os pontos 7 a 12.4, inclusivé, do presente título.
(132) A. D. PORT. – livro paroquial da freguesia do Olival / Vila Nova de Gaia, nº 2, misto, fl. 86.
(133) A. D. PORT. – livro paroquial da freguesia do Olival / Vila Nova de Gaia, nº 2, misto, fl. 90.
(134) A. D. PORT. – livro paroquial da freguesia do Olival / Vila Nova de Gaia, nº 2, misto, fls. 95 v e 96.
14.1 – D. Francisca Rosa de Viterbo (Camelo). (segue)


15 – D. FRANCISCA ROSA DE VITERBO (CAMELO), da Vila da Feira, nascida em 06.01.1765. (135)
Casou, em 24.06.1781, com JOSÉ JUSTINO DA ASSUNÇÃO (136), bacharel, natural da Vila da Bemposta. (ver título “Assunção”, ponto 3.1, página 204)
O casal residia na Vila da Feira.
Tiveram, pelo menos, os seguintes filhos:


15.1 – Tomás, que nasceu a 02.05.1782; (137)

15.2 – José, que nasceu a 26.06.1783; (138)

15.3 – Luís José Pinto Camelo; (segue)

15.4 – Eleutério, que nasceu a 05.06.1786; (139)

15.5 – D. Ana, que nasceu a 19.11.1787; (140)

15.6 – D. Quitéria, que nasceu a 18.03.1789. (141)



__________

(135) A. D. A. V. R. – livro paroquial da freguesia de S. Nicolau / Vila da Feira, nº 7, misto, fl. 55 v.
(136) A. D. A. V. R. – livro paroquial da freguesia de S. Nicolau / Vila da Feira, nº 8, misto, fl. 103.
(137) A. D. A. V. R. – livro paroquial da freguesia de S. Nicolau / Vila da Feira, nº 8, misto, fl. 14 v.
(138) A. D. A. V. R. – livro paroquial da freguesia de S. Nicolau / Vila da Feira, nº 8, misto, fl. 23.
(139) A. D. A. V. R. – livro paroquial da freguesia de S. Nicolau / Vila da Feira, nº 8, misto, fl. 50 v.
(140) A. D. A. V. R. – livro paroquial da freguesia de S. Nicolau / Vila da Feira, nº 8, misto, fl. 64 v.
(141) A. D. A. V. R. – livro paroquial da freguesia de S. Nicolau / Vila da Feira, nº 8, misto, fl. 81 v.
16 – LUÍS JOSÉ PINTO CAMELO, nasceu na freguesia de S. Nicolau / Vila da Feira, em 10.04.1785. (142)
Casou, em 01.06.1806, com D. JOANA PERPÉTUA CLÍMACO COELHO (143), nascida e moradora na freguesia de Santa Justa, cidade de Lisboa, filha de Roberto Gonçalves Coelho e de D. Ana Rita do Carmo.
Tiveram, pelo menos, o seguinte filho:


16.1 – Manuel José Pinto Camelo Coelho. (segue)



Igreja de Nossa Senhora dos Mártires, em Lisboa (144)


__________

(142) A. D. A. V. R. – livro paroquial da freguesia de S. Nicolau / Vila da Feira, nº 8, misto, fl. 38.
(143) A. D. L. I. B. – livro paroquial da freguesia dos Mártires / Lisboa, nº 3, casamentos, fl. 15 v.
(144) Colecção do autor. Igreja onde se realizou o casamento de Luís José Pinto Camelo.
17 – MANUEL JOSÉ PINTO CAMELO COELHO, natural de Lisboa e
residente em Vagos.
Casou, em 20.05.1858, com D. ANA DE OLIVEIRA (145), filha de Manuel de Oliveira e de D. Maria de Simões, ambos de Rio Tinto, freguesia de Sôsa, concelho de Vagos.
Tiveram, pelo menos, os seguintes filhos:


17.1 – Luís José Pinto Camelo Coelho; (segue)

17.2 – D. Raquel Augusta Pinto Camelo. (s.m.n.)



Luís José Pinto Camelo Coelho (146)

__________

(145) A. D. A. V. R. – livro paroquial da freguesia de Vagos, nº 58, casamentos, fl. 10 do segundo caderno.
(146) Colecção do autor.
18 – LUÍS JOSÉ PINTO CAMELO COELHO, escrivão de direito, natural de S. Tiago / Vagos, nascido a 20.09.1850. (147) (148)
Casou, em 17.12.1876, com D. MARIA MAFALDA FONSECA DA SILVEIRA (149) (ver título “Mascarenhas e Silveira”, ponto 8.6, página 199), que nasceu em Ovar a 01.04.1854. O casal residia em Ovar, na rua Alexandre Herculano,
Tiveram os seguintes filhos:



D. Maria Mafalda Fonseca da Silveira (150)


__________

(147) A. D. A. V. R. – livro paroquial da freguesia de Vagos, nº 17, baptismos, fl. 107.
(148) Conforme se pode constatar o nascimento é anterior ao casamento dos pais, sendo na altura do seu nascimento filho natural.
(149) A. D. A. V. R. – livro paroquial da freguesia de S. Cristóvão / Ovar. Nº 157, casamentos, fl. 65.
(150) Colecção do autor.

Casa na rua Alexandre Herculano (151)



D. Alcinda da Silveira Pinto Camelo (152)
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(151) Colecção do autor.
(152) Colecção do autor.
18.1 – D. Alcinda da Silveira Pinto Camelo, que casou com Delfim Braga; (c.g.)



Gustavo da Silveira Pinto Camelo (153)


18.2 – Gustavo da Silveira Pinto Camelo, nasceu a 17.10.1877 (154), em Ovar e faleceu em 1914 (155); (c.g.)

18.3 – João Carlos da Silveira Pinto Camelo; (segue)

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(153) Colecção do autor.
(154) A. D. A. V. R. – livro paroquial da freguesia de S. Cristóvão / Ovar, nº 138, baptismos, fl. 145 v, registo 294.
(155) O falecimento teve lugar no hospital dos alienados “Conde Ferreira”, onde esteve internado os últimos seis anos.
19 – JOÃO CARLOS DA SILVEIRA PINTO CAMELO, licenciado em farmácia, nasceu em Ovar a 23.12.1879 (156). Enquanto era construída a sua



Dr. João Carlos da Silveira Pinto Camelo (157)


residência e farmácia em Avanca, montou uma farmácia em Válega que foi da D. Maria Augusta e outra em Cacia que era a farmácia Carvalho, que há muitos anos tinha mudado de local e de nome, que era a farmácia Lusitana. Após a conclusão das obras instalou-se definitivamente em Avanca. Era nesta farmácia e no cruzeiro que lhe ficava em frente que se
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(156) A. D. A. V. R. – livro paroquial da freguesia de S. Cristóvão / Ovar, nº 140, nascimentos, fl. 169 v, registo 341.
(157) Colecção do autor.
reuniam os políticos da terra. Aqui foi organizada a Cooperativa de Avanca, o cemitério em 1921 e o cais da Ribeira do Mourão com a garantia do Dr. João Carlos Camelo (Presidente da Junta). Fundou conjuntamente com outros, entre os quais o seu amigo Dr. Egas Moniz, a Sociedade de Produtos Lácteos, mais tarde vendida à Nestlé, venda essa que foi uma mais valia para a terra, na medida em que continua a dar sustento a centenas de famílias da região.



Casa e farmácia “Camelo”, em Avanca (158)


Casou, em 01.07.1904, na igreja paroquial de Válega, com D. MARIA DOS PRAZERES OLIVEIRA (ver título “Bandeira”, ponto 5.1, página 209), de Salreu, que nasceu a 21.02.1880 (159) e faleceu no ano de 1964.

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(158) Colecção do autor.
(159) A. D. A. V. R. – livro paroquial da freguesia de Salreu, nº 25, baptismos, fls. 4 e 4 v.


D. Maria dos Prazeres Oliveira (160)


Tiveram os seguintes filhos:


19.1 – D. Aldina da Soledade Silveira Pinto Camelo; (segue)

19.2 – António Pinto Camelo, solteiro, natural de Avanca, nasceu a 13.03.1911 e faleceu por volta dos 28 anos; (s.g.)



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(160) Colecção do autor.

António Pinto Camelo (161)



João Luís Pinto Camelo (162)
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(161) Colecção do autor.
(162) Colecção do autor.
19.3 – João Luís Pinto Camelo, solteiro, natural de Avanca, nasceu a 14.09.1920 e faleceu com tuberculose em 1941; frequentou o colégio Júlio Diniz, em Ovar, e o dos Carvalhos, em Vila Nova de Gaia; (s.g.)

19.4 – D. Luciana Idilia Pinto Camelo, natural de Válega, nasceu a 13.12.1906 e faleceu a 26.10.1998, em Esmoriz; frquentou o colégio do Sagrado Coração de Maria, em Aveiro; casou com Manuel Joaquim Sá Ferreira, de Esmoriz, industrial; (c.g.)



D. Luciana Idilia Pinto Camelo (163)

__________

(163) Colecção do autor.
19.5 – D. Maria Eugénia Pinto Camelo, natural de Avanca, nasceu a 09.05.1918, tendo frequentado o colégio de Espinho; casou com Fernando Beirão Soares, contabilista da Nestlé, em Lisboa; (c.g.)



D. Maria Eugénia Pinto Camelo (164)


19.6 – D. Palmira Eduarda Pinto Camelo, natural de Avanca, nasceu a 23.02.1915, tendo frequentado o colégio de Espinho; casou com Maurício António Azevedo Machado dos Santos, funcionário da Nestlé, em Lisboa. (c.g.)


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(164) Colecção do autor.

D. Palmira Pinto Camelo (165)


20 – D. ALDINA DA SOLEDADE SILVEIRA PINTO CAMELO, natural de Válega, nasceu a 16.01.1906 e faleceu a 02.03.1994, na mesma localidade; tirou o bacharelato em farmácia; na situação de casada viveu na cidade da Guarda, tendo, após a morte de seu marido, regressado a Avanca, onde foi directora do laboratório da Nestlé.
Casou, em 03.10.1929, com o tenente do exército RAUL FIGEIREDO RODRIGUES DE ALMEIDA (ver título “Almeida”, ponto 2.7, página 214), mais tarde capitão, natural da Guarda, que nasceu a 19.02.1892 e faleceu a 29.08.1941. Como oficial, esteve na 1ª Grande Guerra em França de 26.09.1917 a 05.03.1919. No desempenho das suas funções profissionais
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(165) Colecção do autor.

D. Aldina da Soledade Pinto Camelo (166)


recebeu as seguintes condecorações e louvores: medalha comemorativa da campanha do exército português com a legenda “França 1917 – 1918”, medalha militar de prata da classe de comportamento exemplar, cruz de guerra de 4ª classe com direito ao uso do distintivo especial da cruz de guerra de 1ª classe, grau de cavaleiro da Ordem de Aviz com direito ao uso de distintivo especial e três louvores. Licenciou-se em farmácia e ciências fisicó-quimicas. (167)

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(166) Colecção do autor.
(167) Colecção do autor – folha de matrícula do exército – foi retirada deste documento a informação constante no ponto 8, referente ao oficial em causa.

Capitão Raul Figueiredo Rodrigues
de Almeida (168)


Tiveram os seguintes filhos:


20.1 – Mário Pinto Rodrigues de Almeida, coronel do exército, natural da Guarda, nascido a 20.02.1930. Frequentou o Colégio Militar e a Escola do Exército. No desempenho das suas funções profissionais obteve 14 louvores e as seguintes condecorações: meda-

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(168) Colecção do autor.

Coronel Mário Pinto Rodrigues
de Almeida (169)


lha comemorativa das expedições ao Estado da Índia, medalha de mérito militar de 3ª classe, medalha comemorativa das campanhas de Angola, medalha de mérito militar de 2ª classe, medalha de prata de comportamento exemplar, concessão ao uso de novo passadeiro na medalha comemorativa das campanhas das forças armadas portuguesas, medalha de ouro de comportamento exemplar, medalha
de mérito militar de 1ª classe, grau de comendador da Ordem Mili-
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(169) Colecção do autor.
tar de Avis e medalha D. Afonso Henriques, patrono do exército, de 2ª classe. Casou em 08.12.1956, com D. Maria Isabel Esteves Mira, natural de Évora, que leccionou no ensino particular; (s.g.) (170)

20.2 – D. Maria de Lurdes da Soledade Rodrigues de Almeida, professora do 2º ciclo, licenciada em contabilidade e gestão, natural da Guarda, nascida 13.05.1932; casou com o engº. electotécnico António Augusto Valente de Matos, natural de Avanca, tendo exercido o cargo de director dos Serviços Municipalizados de Santarém e posteriormente de director da E.D.P., na mesma locali-


Drª. Maria de Lurdes da Soledade Rodrigues
de Almeida (171)
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(170) Colecção do autor - folha de matrícula do exército – foi retirada deste documento a informação constante no ponto 8.1.
(171) Colecção do autor.
dade. Tiveram os seguintes filhos: António Pedro Rodrigues de Almeida Valente de Matos, engenheiro, casado com D. Maria Cecília Jacques Calderon, natural da Costa Rica (c.g.), e António Bruno Rodrigues de Almeida Valente Matos, bancário, casado com a D. Ana Cristina do Carmo Jorge, licenciada em socialogia. (c.g.)

20.3 – Raul Fernando Camelo Almeida. (segue)


21 – RAUL FERNANDO CAMELO ALMEIDA, o autor destas notas, natural de Vilar Formoso, nascido a 10.07.1940.
Frequentou vários estabelecimentos de ensino, incluíndo, entre outros, os Pupilos do Exército e as Escolas Comerciais e Industriais de Aveiro e Porto, acabando por concluir o curso comercial.
Cumpriu o serviço militar obrigatório como furriel e sargento miliciano em Angola, tendo obtido um louvor pelos bons serviços prestados e foi condecorado com a medalha de campanha.
Abraçou a profissão de vendedor do ramo automóvel, tendo, numa fase mais tardia, sido sócio-gerente conjuntamente com seu filho Fernando Manuel Carvalho Camelo Almeida das firmas Camelo Almeida – Comércio de Automóveis, Ldª e Ovarspeed – Comércio de Automóveis, Ldª, ambas em Ovar.
Na vertente associativa é sócio fundador da Associação Artística de Avanca, sócio dos Bombeiros Voluntários de Estarreja, sócio da Associação de Combatentes e sócio da Real Associação de Aveiro.
Em Assembleia Geral extraordinária, levada a efeito em Janeiro de 2008, foi eleito Presidente do Conselho Fiscal da Real Associação de Aveiro para o mandato intercalar 2008/2010. (172)

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(172) Livro de actas da Assembleia Geral da Real Associação de Aveiro.

Raul Fernando Camelo Almeida, em Marrocos, aos 50 anos (173)


Raul Fernando Camelo Almeida, aos 60 anos (174)
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(173) Colecção do autor.
(174) Colecção do autor.

Raul Fernando Camelo Almeida, aos 68 anos (175)

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(175) Colecção do autor.
Casou na igreja paroquial de Ovar, em 22.01.1967, com D. MARIA MANUELA DOS SANTOS CARVALHO (ver título “Carvalho”, ponto 2.2, página 223), natural de Ovar, nascida a 05.03.1945; exerceu a sua actividade profissional na empresa F. Ramada, S.A. como escriturária, tendo, após o seu casamento, ido para a Farmácia Camelo, onde acabou como técnica de farmácia.
Tiveram os seguintes filhos:



D. Maria Manuela dos Santos Carvalho
aos 55 anos (176)

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(176) Colecção do autor.
21.1 – Raul Mário Carvalho Camelo Almeida, natural de Ovar, e residente no Porto, nascido a 08.05.1968; fez o ensino secundário na Escola Júlio Dinis, em Ovar, estudou direito na Universidade Católica Portuguesa do Porto, tendo completado o 2º ano do mesmo curso; completou os cursos de língua e literatura francesa do Institut Français e de gestão global e industrial da AHK, tendo vários seminários e formação feita na área de gestão, relações internacionais e informática.



Raul Mário Carvalho Camelo Almeida (177)


Foi deputado na Assembleia da República na VIII legislatura e deputado Municipal na Assembleia Municipal de Ovar, ambos pelo CDS; é presidente da Comissão Política Distrital de Aveiro e vogal
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(177) Colecção do autor.
da Comissão Directiva Nacional do CDS; pertence ou pertenceu a diversas associações e comissões de carácter cívico e pertence à Conferência de S. Vicente de Paulo e às Equipas de Casais de Nossa Senhora; profissionalmente desempenha as funções de gestor de produto numa empresa multinacional de têxteis técnicos, em Ovar.
Casou na Foz do Douro, em 10.02.1990, com a D. Paula Alexandre de Pinho Ferreira Pinto (ver título “Ferreira Pinto”, ponto 3.3, pá-


Drª. Paula Alexandra de Pinho
Ferreira Pinto (178)


gina 232), nascida a 21.01.1969; fez o ensino secundário na Escola Garcia da Orta, no Porto, licenciou-se em Direito na Universidade Católica Portuguesa e pós-graduou-se em Ciências Religiosas e ensi-
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(178) Colecção do autor.
no especial; tem diversa formação feita em diferentes áreas do direito, do ensino e da deficiência; foi advogada, jurista e é actualmente professora do ensino secundário e administradora não executiva de diversas sociedades; faz parte de diversas associações de carácter cívico e humanitário, sendo também colaboradora e membra da Fundação SPES.
Têm a seguinte filha:


21.1.1 – Ana Francisca Ferreira Pinto Camelo de Almeida, nascida a 10.09.1990.



Ana Francisca Ferreira Pinto
Camelo Almeida (179)


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(179) Colecção do autor.
21.2 – Fernando Manuel Carvalho Camelo Almeida, natural e residente em Ovar, nascido a 30.10.1974.



Fernando Manuel Carvalho
Camelo Almeida (180)


Após completar em 1992 o ensino secundário começou a trabalhar como vendedor de automóveis na empresa Auto Mecânica José Gustavo, Ldª, em Estarreja; posteriormente foi sócio-gerente das empresas Camelo Almeida – Comércio de Automóveis, Ldª e Ovarspeed – Comércio de Automóveis, Ldª, conjuntamente com seu pai; de 2001 até 2003 assumiu funções como director-geral da em-
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(180) Colecção do autor.
presa Acelarauto – Comércio e Reparação de Automóveis, Ldª; em 2004 inicia funões como director comercial no Grupo Autoglobal, SA, onde se mantém.
Praticou basquetebol na Associação Desportiva Ovarense de 1984 a 1991.
Foi presidente da Juventude Centrista de Ovar em 1990, dirigente da Associação de Estudantes da Escola Secundária Júlio Dinis e da Escola Secundária José Macedo Fragateiro, ambas em Ovar, presidente da Comissão Política Concelhia do CDS de Ovar de 2000 a 2008, candidato a deputado à Assembleia da República pelo CDS e candidato a presidente da Câmara Municipal de Ovar pelo CDS em 2005.
Foi fundador e membro da direcção da Associação de Utentes dos Serviços de Saúde de Ovar, presidente da Assembleia Geral do Núcleo de Ovar do Sporting Club de Portugal e membro da direcção do Infantário da Escola Preparatória de Ovar de 2000 a 2007.
É membro do Conselho Fiscal do Infantário da Escola Preparatória de Ovar, do Rotary Club de Ovar, sendo actualmente responsável pelos Serviços à Comunidade, e do Conselho Fiscal da Fundação do Carnaval de Ovar desde 2006.
Sócio da Real Associação de Aveiro.
Casou, em primeiras núpcias, a 09.04.1993 com D. Maria Helena de Amorim Ferreira (ver título “Ferreira”, ponto 2.6, página 236), nascida em 20.11.1967; licenciada em letras pela Universidade de Aveiro é professora de português/francês na Escola EB23 António Dias Simões, tendo exercido várias funções ao longo da sua actividade como docente.
Têm o seguinte filho:


21.2.1 – João Luís de Amorim Ferreira Camelo Almeida, natural de Ovar, nascido a 08.11.1998.

Drª. Maria Helena de Amorim Ferreira (181)



João Luís de Amorim Ferreira Camelo Almeida (182)
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(181) Colecção do autor.
(182) Colecção do autor.
Casou, em segundas núpcias, a 19.07.2003 com D. Maria Gabriela Gomes Machado (ver título “Machado”, ponto 2.1, página 242), nascida a 01.03.1971; completou o ensino secundário em 1990, exercendo profissionalmente o cargo de técnica de farmácia; é membra da Casa da Amizade de Ovar e sócia da Real Associação de Aveiro.
Têm o seguinte filho:



D. Maria Gabriela Gomes Machado (183)

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(183) Colecção do autor.
21.2.2 – Fernando Manuel Gomes Machado Camelo Almeida, natural de Ovar, nascido a 08.05.2004.



Fernando Manuel Gomes Machado
Camelo Almeida (184)






- FIM -





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(184) Colecção do autor.
































AGRADECIMENTO










Quero deixar aqui o público registo do meu agradecimento ao meu primo Mário Pedro Gonçalves.
Sem o seu estímulo e incansável ajuda, este livro não teria sido possível. Com a sua paixão e saber das coisas da genealogia, o Mário Pedro instiga-nos e contagia-nos esta vontade de conhecimento, esta estimulante arte de registo da história familiar.
Espero que este livro consiga espelhar o entusiasmo do trabalho que realizámos juntos, as intermináveis e inerquecíveis conversas que, certamente continuarão.












































ÍNDICE


Prefácio Pág. 7

Introdução Pág. 9

Título “Reis de Portugal” Pág. 11
Título “Távora” Pág. 29
Título “Castro” Pág. 35
Título “Silva” Pág. 47
Título “Velho” Pág. 49
Título “Valadares” Pág. 53
Título “Riba de Vizela” Pág. 61
Título “Pinto” Pág. 65
Título “Vilalobos” Pág. 71
Título “Gravel-Gabere” Pág. 77
Título “Lanhoso” Pág. 79
Título “Portocarreiro” Pág. 81
Título “Pereira” Pág. 89
Título “Lumiares” Pág. 97
Título “Cogominho” Pág. 99
Título “Coelho” Pág. 107
Título “Bragança” Pág. 113
Título “Cunha” Pág. 115
Título “Alvarenga” Pág. 121
Título “Barreto” Pág. 125
Título “Meneses” Pág. 135
Título “Chacim” Pág. 143
Título “Bravo” Pág. 149
Título “Chichorro” Pág. 153
Título “Pessanha” Pág. 159
Título “Miranda” Pág. 161
Título “Gouveia Cardoso” Pág. 167
Título “Quadros” Pág. 171
Título “Carvalho e Cardoso de Albergaria” Pág. 175
Título “Leão” Pág. 179
Título “Mascarenhas e Silveira” Pág. 187
Título “Assunção” Pág. 203
Título “Muzaro” Pág. 205
Título “Bandeira” Pág. 207
Título “Almeida” Pág. 211
Título “Gomes” Pág. 215
Título “Carvalho” Pág. 219
Título “Conceição” Pág. 225
Título “Pinho” Pág. 227
Título “Azevedo” Pág. 229
Título “Ferreira Pinto” Pág. 231
Título “Ferreira” Pág. 235
Título “Amorim” Pág. 237
Título “Machado” Pág. 239
Título “Camelo” Pág. 243

Agradecimento Pág. 287

Índice Pág. 289








NOTAS